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Instituto Politécnico de Viseu

Scientific Repository

 

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Recent Submissions

Empatia e bem-estar
Publication . Ferreira, Manuela; Margarida Campos, Sofia; Santos, Eduardo José Ferreira; Pereira, Andreia
Enquadramento: A empatia é um fenómeno multidimensional que integra aspetos cognitivos e afetivos. Consiste na capacidade de compreender a experiência dos outros e comunicar, ou seja, é como uma resposta emocional dirigida entre um indivíduo e outro, através da qual ambos são capazes de sentir a mesma emoção. É o resultado psicológico do intercâmbio de uma experiência entre dois indivíduos através da disposição funcional de uma forma absoluta, resultando numa preocupação evolutiva em relação à situação dos outros, o que se traduzirá em bem-estar psicológico. Objetivos: Descrever os níveis de empatia em estudantes do ensino superior; apurar se as variáveis sociodemográficas estão associadas à perceção da empatia; analisar a relação entre a perceção de bemestar psicológico e a empatia. Método: Estudo quantitativo, descritivo-correlacional, de tipologia transversal, com recurso a uma amostra não probabilística de 538 estudantes do ensino superior. O instrumento de recolha de dados, de autopreenchimento on-line, integrou um questionário sociodemográfico, a Escala de Medida de Manifestação de BemEstar Psicológico e o Índice de Reatividade Interpessoal. Resultados: Verificou-se que, em relação ao bem-estar psicológico percebido, a pontuação mais elevada foi na sociabilidade (M=3,83±,80) e no equilíbrio (M=3,59±,82). O género está estatisticamente relacionado com a empatia dos estudantes, particularmente na preocupação empática (p=,001) e na fantasia (p=,001). Os estudantes do género feminino pontuaram mais em todos os fatores que constituem a empatia, principalmente ao nível da preocupação empática. A regularidade com que os estudantes estudam interfere na tomada de perspetiva (p=,008) e na preocupação empática (p=,001), onde pontuaram mais os estudantes que estudam diariamente. O desconforto pessoal, a tomada de perspetiva, o género e a preocupação empática são variáveis preditoras do bem-estar psicológico, explicando 19% da variação. Conclusões: A empatia e bem-estar nos estudantes do ensino superior traduz-se em mais sociabilidade e equilíbrio, ao nível do bem-estar psicológico. As variáveis preditoras de bem-estar foram a tomada de perspetiva e a preocupação empática. A tomada de perspetiva e a preocupação empática estabelecem uma relação direta com o bem-estar, enquanto o desconforto pessoal e a fantasia estabelecem uma relação inversa.
Perceção dos enfermeiros sobre a presença dos pais durante a prestação de cuidados invasivos à criança
Publication . Leite, Rafaela Catarina Teixeira; Bica, Isabel
Introdução: Este relatório integra a experiência prática e teórica desenvolvida ao longo do Mestrado em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, contemplando três contextos clínicos diferenciados: neonatologia, internamento cirúrgico e cuidados intensivos pediátricos; e uma componente de investigação centrada na perceção dos enfermeiros sobre a presença dos pais durante a prestação de cuidados invasivos à criança. Objetivos: Descrever os contextos da prática clínica e as atividades realizadas nos estágios, refletir criticamente sobre o contributo dessas experiências no desenvolvimento de competências comuns e específicas do enfermeiro especialista em Saúde Infantil e Pediátrica, e identificar as perceções dos enfermeiros relativamente à presença parental em procedimentos invasivos. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo qualitativo, de caráter descritivo e exploratório, baseado na realização de um grupo focal com seis enfermeiros. A análise de conteúdo, segundo Bardin, permitiu identificar quatro categorias principais: a presença dos pais durante a prestação de cuidados invasivos, os elementos condicionantes dessa presença, os benefícios percecionados e as estratégias de apoio que favorecem a sua inclusão no processo de cuidar. Resultados: Embora existam condicionantes organizacionais e emocionais, a presença dos pais pode representar um benefício para a criança e para a própria prática de enfermagem, desde que acompanhada por estratégias adequadas de suporte. Conclusão: A uniformização de práticas, a formação contínua dos profissionais, a adaptação estrutural e cultural dos contextos de cuidados e a adequação dos rácios de enfermeiros constituem recomendações fundamentais para promover um cuidado mais humanizado, colaborativo e centrado na família. Palavras-chave: procedimentos invasivos, enfermagem pediátrica, pais, cuidados de enfermagem, cuidado da criança
Fatores que influenciam o retorno à sexualidade no pós-parto : Uma revisão scoping
Publication . Santos, Ana Sofia Guerra dos; Nelas, Paula Alexandra de Andrade Batista; Santos, Eduardo José Ferreira dos
Introdução: A saúde sexual das mulheres é uma das áreas em que o enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna e obstétrica deve ter uma intervenção especializada no sentido de potenciar níveis de saúde sexual e ginecológica na mulher. A sexualidade no pósparto parece ser um tema ainda pouco premente na discussão entre puérperas e estes profissionais, levando a que muitas se sintam nesta adaptação à sua nova realidade, sozinhas e sem apoio diferenciado/ especializado, sendo essencial capacitar os enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica para uma transição para a parentalidade mais saudável olhando de forma holística para a mulher neste período. Objetivos: Este relatório apresenta dois objetivos últimos: Analisar criticamente as atividades desenvolvidas durante os ensinos clínicos e o desenvolvimento de competências essenciais para a obtenção do título de Mestre e Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; Mapear a evidência científica existente relativa aos fatores, percecionados pelas mulheres, que influenciam o retorno à sua sexualidade e à sua vida sexual ativa após o parto. Metodologia: Relativamente aos 5 estágios desenvolvidos, foi realizada uma análise criticoreflexiva das atividades realizadas e das competências comuns e especificas do enfermeiro especialista adquiridas e desenvolvidas em cada um deles. Em relação à componente de investigação, realizou-se uma revisão scoping de acordo com o método da Joanna Briggs Institute, com pesquisa nas bases de dados científicas: MEDLINE, a CINAHL, a Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive, Academic Search Complete e a PubMed. Esta pesquisa foi realizada a 27 de novembro de 2024, em português, inglês, espanhol e francês, sem limite temporal, sendo incluídos 12 artigos científicos, após aplicação dos critérios de inclusão definidos. Resultados: Os estágios desenvolvidos foram essenciais para a obtenção de competências quer comuns, quer especificas do enfermeiro especialista de saúde materna e obstétrica. Da Scoping Review realizada emergem 5 fatores major que influenciam o retorno à sexualidade no pósparto, sendo eles a disfunção sexual, o não se sentirem prontas (física e emocionalmente), a realização da quarentena ou ida à consulta pós-parto, a redefinição de papeis quer da própria mulher quer do casal e a amamentação. Conseguimos ainda perceber que existem alguns fatores que levam ao retorno mais precoce, como a multiparidade, menores níveis de literacia, mulheres mais jovens e a existência de períneo integro após o parto. O tipo de parto não demonstra ter influência no retorno à atividade sexual no pós-parto. Conclusão: Após os estágios foram cumpridos o número mínimo de experiências exigidas para a obtenção do título de Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, assim como foram adquiridas as competências inerentes ao mesmo. Com a investigação desenvolvida conclui-se que existem inúmeros fatores que influenciam, maioritariamente, negativamente o retorno ao pós-parto. A sexualidade no pós-parto é um tema considerado tabu pelas mulheres e não é discutido com os profissionais de saúde que os acompanham. Os EEESMO devem empoderar as mulheres nesta fase de maior vulnerabilidade e dotá-las de conhecimento para que possam ter uma experiência positiva do pós-parto. Palavras-Chave: Mulher; Sexualidade; Fatores; Pós-parto; Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica
Desafios e estratégias na comunicação de más notícias pelos enfermeiros em unidades de cuidados intensivos pediátricos : Rapid review
Publication . Costa, Mariana Moreira; Bica, Isabel
Enquadramento: O presente relatório aborda os desafios e estratégias na comunicação de más notícias pelos enfermeiros em UCIP´s. O profissional ao transmitir uma má notícia pode sentirse desconfortável e vivenciar sentimentos como raiva, tristeza, culpa e incompetência. Assim, é crucial conhecer os desafios e as estratégias dos enfermeiros para comunicar más notícias em UCIP’s. Objetivos: Refletir sobre as experiências vivenciadas durante os estágios, tendo por base evidência científica e a aquisição de competências do EEESIP; identificar na evidência científica os desafios e as estratégias dos enfermeiros na comunicação de más notícias em UCIP’s. Metodologia: Descritivo-reflexiva centrada no percurso formativo em contexto de estágio. Foi realizada uma Revisão Rápida da Literatura, com critérios de inclusão definidos: estudos publicados entre 2020 e 2025, nos idiomas português, inglês e espanhol, realizados em unidades de cuidados intensivos pediátricos e neonatais. A pesquisa ocorreu nas bases de dados PubMed e B- ON. Resultados: Foram incluídos quatro artigos que evidenciam que os desafios sentidos incluem a ausência de protocolos e a falta de treino. As estratégias sugeridas passam pelo treino organizacional em comunicação e ter profissionais dedicados à área da comunicação. Conclusão: Este estudo permitiu identificar os principais desafios sentidos pelos enfermeiros na comunicação de más notícias. Verificaram-se também estratégias facilitadoras, como a formação específica, o apoio especializado e o uso de recursos visuais, evidenciando a importância de fortalecer as competências comunicacionais no contexto dos cuidados intensivos pediátricos. Palavras-Chave: Unidade de cuidados intensivos pediátricos; Prática avançada de enfermagem; Comunicação em saúde; Barreiras de comunicação; Regulação emocional.