Sousa, Martim de Gouveia e2011-02-172011-02-172001-041647-662Xhttp://hdl.handle.net/10400.19/883O sertanejo João Guimarães Rosa, que é indubitavelmente um dos mais estimulantes escritores e romancistas de língua portuguesa, desde cedo compreendeu, como o confidenciou a Gunter Lorenz, que observar bem dentro o olho fundo do boi do sertão era olhar para a imensidão do mundo. E logo essa quimera localista se inscreveu na atopia congregadora, aí se insinuando o convite à diferença que promove a audácia de ver melhor, de ver mais longe e de ver da margem, desse modo se criando, à boa maneira de Boaventura de Sousa Santos, uma heterotopia, a que, por conveniência, chamarei também Pasárgada 2, porque me seduz desde logo a ressonância dessoutro formidável poeta brasileiro de nome Manuel Bandeira (Itinerário de Pasárgada , Testamento de Pasárgada e o cativante eco "Vou-me embora p' ra Pasárgada"), e não posso deixar de ficar rendido perante o refinamento arquitectónico do império dos Aqueménidas.porLíngua PortuguesaLiteraturaAnálise LiteráriaCarta ao meu corpo: localismo, utopia & atopia (Roteiro essencialista sobre a cultura viseense)journal article