Pato, LúciaFigueiredo, Vitor2017-01-302017-01-302016Pato, L. & Figueiredo, V. (2016). Cultura, património & ruralidade: o caso do teatro regional de Montemuro – Portugal. In Madureira, L., Marta-Costa, A.A., Sacramento, O., Silva, P.G., Campos, S., Mucha, T., & Koehnen, T. (Eds.), "Livro de resumos: XI Colóquio Ibérico de Estudos Rurais " (pp. 192). Vila Real. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.978-989-704-109-9http://hdl.handle.net/10400.19/4202O Teatro Regional de Montemuro nasceu na década de noventa fruto de uma iniciativa do Instituto de Assuntos Culturais, que mercê da observação de fortes dinâmicas culturais, reuniu artistas locais, nacionais e internacionais, na pequena aldeia de Campo Benfeito (freguesia de Mezio) na serra do Montemuro. O primeiro espetáculo a nível profissional – o lobo Wolf – teve uma dimensão já internacional, acabando por despoletar o interesse de outras instituições e do próprio Estado Português. Passados cerca de vinte e cinco anos da sua fundação, o projeto cresceu, afirmou-se, sendo atualmente uma figura incontornável da história da pequena aldeia e uma marca do concelho, da região de Montemuro e mesmo do país. Hoje conta com seis pessoas ao serviço a tempo inteiro, maioritariamente todas da aldeia, mas há muitas mais que são contratadas pontualmente para ajudar nos diferentes espetáculos que se vão fazendo pelo país fora e não só. Um dos espetáculos mais conhecidos é o festival internacional Altitudes (já com dezasseis edições) que durante uma semana em agosto reúne diversas companhias nacionais e internacionais, assim como também centenas de pessoas e turistas que se dirigem à pequena aldeia de Mezio para participarem no festival. O que distingue todavia este projeto de tantas outras iniciativas culturais é o facto dos protagonistas tentarem construir as histórias baseadas na realidade do mundo rural e nas particularidades das tradições e história local. Daí que para além de toda a pesquisa por detrás de cada espetáculo, as ligações dos atores e atrizes à aldeia, às suas gentes e à realidade rural local sejam muito estreitas. Complementarmente sublinham-se as ligações estabelecidas com outras entidades económicas locais, de que é exemplo a cooperativa de artesanato local – Capuchinhas do Montemuro. São aliás as capuchinhas que fazem todos os figurinos utilizados nos espetáculos. As parcerias com outras estruturas fora da aldeia são também de enfatizar e sem elas provavelmente o projeto não era sustentável. Baseada numa análise qualitativa o objetivo deste trabalho é pois o de explorar o contributo desta iniciativa no desenvolvimento rural e para a revitalização da aldeia. Foca-se igualmente a importância das redes no desenvolvimento e sustentabilidade deste projeto.porCulturaPatrimónioRuralMontemuroCultura, Património & RuralidadeO caso do Teatro Regional de Montemuro – Portugalother