Silva, Daniel MarquesDuarte, João CarvalhoMartins, Helena Gomes2018-08-312018-08-312018-07-162017-11http://hdl.handle.net/10400.19/5055Enquadramento: Os profissionais de saúde dos serviços de urgência são alvo de incidentes de violência tornando-se este facto uma preocupação atual de várias entidades e organizações. Os serviços de urgência propiciam situações de elevado stress para os doentes e acompanhantes, bem como para os profissionais de saúde, criando situações de violência e de insegurança. A violência no local de trabalho para além de gerar transtornos físicos e psicológicos leva a ausências ao trabalho e à diminuição do empenho dos profissionais, diminuindo o seu rendimento. Objetivos: Identificar e caraterizar a violência percecionada pelos profissionais de saúde em serviços de urgência; Descrever a relação das variáveis sociodemográficas e de contexto com a violência nos serviços de urgência; Identificar as consequências resultantes da violência nos profissionais de saúde Métodos: Estudo transversal, de natureza descritiva, numa amostra de 263 profissionais de saúde da região do Algarve sendo 65,8% do sexo feminino e 34,2% do masculino. A recolha de dados foi efetuada em novembro de 2017 por questionário autoaplicado com dados de caracterização sociodemográfica dos profissionais de saúde e do agressor e com questões relacionadas com a caracterização da violência e consequências nos profissionais de saúde. Resultados: Verificamos que 64,3% dos profissionais são vítimas de violência e 66,1% destes não notificam os episódios de violência. O tipo de violência mais frequente foi a verbal (94,1%), seguido da violência física (34,9%). Dentro do serviço de urgência o local mais frequente da violência foi na triagem e na decisão clínica e o principal agressor reportado foi o utente (81,1%) e o familiar (54,4%). A violência ocorre maioritariamente no turno das 16-24h (60,4%) e a maioria dos agressores (80,5%) são do sexo masculino, sem aparentarem doença mental e sem estarem etilizados (40,8%). O tipo de dano mais frequente foi a perturbação emocional, assinalada por (86,4%) dos profissionais, e as consequências mais referidas foram a irritabilidade assinalada por (39,6%) e o desinteresse pela profissão em (23,7%). A maioria dos profissionais não notificou a ocorrência de violência (67,5%). Conclusões: A violência contra os profissionais de saúde no serviço de urgência é uma realidade e traz consequências para os mesmos. Esta realidade será mais visível se os profissionais notificarem os episódios pelos sistemas instalados. Emerge a necessidade de promover o registo das ocorrências de violência e de implementar estratégias de prevenção do fenómeno e de criar fluxogramas para lidar com cada tipo de violência. Palavras-chave – Violência no local trabalho; Profissional de saúde; Enfermeiros; Serviço de Urgência.Abstract Background: Health professionals of emergency service are a target of violence incidents, becoming a current concern of various entities and organizations. Emergency services provide situations of high stress for patients, caregivers, as well as health professionals, creating situations of violence and insecurity. Violence in the workplace, besides generating physical and psychological disorders, leads to absences from work and a reduction in the commitment of professionals, thus reducing their income. Objectives: Identify and characterize the violence perceived by health professionals in emergency services; Describe the relation of sociodemographic and context variables with the violence in emergency services; Identify the consequences of violence to health professionals. Methods: A descriptive cross-sectional study was carried out on a sample of 263 health professionals from the Algarve region, 65.8% female and 34.2% male. Data collection was performed in November 2017 through a self-administered questionnaire with socio-demographic characterization data of health professionals and the aggressor and with questions related to the characterization of violence and consequences to health professionals. Results: We found that 64.3% of professionals are victims of violence, from which 66.1% do not report episodes of violence. The most frequent type of violence was verbal (94.1%), followed by physical violence (34.9%). The most frequent places of aggression in emergency service was the clinical decision-making and screening. The main reported aggressor was the patient (81.1%) and the relatives (54.4%). Violence occurs mainly in the shift from 16-24h (60.4%) and most of the aggressors (80.5%) are male, without mental illness or stylized (40.8%). The most frequent type of damage was the emotional disturbance, indicated by 86.4% of the professionals. Any consequences were reported by 42% of professionals, and the most frequent reported consequences were irritability (39.6%) and disinterest in the profession (23.7%). Most health professionals do not notify the occurrence of violence (67,5%) Conclusions: Violence against health professionals in the emergency service is a reality, carrying consequences to them. This reality will be more visible if the professionals notify the episodes through the installed systems. Thus, emerges the need to promote the registration of violence occurrences, to implement strategies to prevent the phenomenon and to create flow charts to deal with each type of violence. Keywords - Workplace violence; Health professional; Nurses; Emergency department.porEnfermeirosPessoal de saúdeServiço de urgência hospitalarViolência no trabalhoEmergency service, hospitalHealth personnelNursesWorkplace violenceViolência contra os profissionais de saúde nos serviços de urgênciamaster thesis201966476