Fonseca, SusanaAmante, Maria JoãoPedro, Luana Pimenta da Silva São2025-04-022025-04-022025-03-052025http://hdl.handle.net/10400.19/9306As crianças e jovens em acolhimento residencial, experienciam situações controversas e complexas durante o seu percurso de vida, que prejudicam o seu desenvolvimento emocional. Na fase em que os jovens atingem uma idade compatível com a transição para a vida adulta, por não terem tido um percurso de vida estável, é fulcral que estejam capacitados de competências específicas de autonomia para que quando saírem da casa de acolhimento, se sintam seguros e capazes de viver uma vida independente. Em Portugal, verifica-se uma escassez de programas elaborados para intervir com as crianças e os/as jovens acolhidos/as durante o processo de autonomia. Verificada esta problemática, este estudo foi elaborado no sentido de conhecer os motivos que levam os/as jovens acolhidos/as a cessar a medida de acolhimento, entre os 16 e 21 anos, para entender o que pode ser melhorado durante o acolhimento e o processo de transição para a vida adulta, uma vez que um trabalho para a autonomia dos/as mesmos/as que não seja individualizado e completo, pode prejudicar o processo após a saída da casa de acolhimento residencial. Assim sendo, os resultados mostram que os jovens que decidiram cessar a medida de acolhimento antes dos 21 anos, são influenciados por um conjunto diverso de fatores, tendo sido os mais mencionados situações de perigo e falta de apoio da equipa técnica. Foi possível entender que o ambiente vivido na casa de acolhimento, bem como as relações interpessoais estabelecidas com os profissionais das equipas técnicas e educativas e com os/as restantes jovens acolhidos/as, acarretam um peso significativo na decisão de cessar ou prorrogar a medida de acolhimento.Children and young people in residential care experience controversial and complex situations throughout their lives, which hinder their emotional development. At the stage when young people reach an age compatible with the transition to adulthood, because they have not had a stable life, it is crucial that they are equipped with specific autonomy skills, so that when they leave foster care, they feel safe and able to live an independent life. In Portugal, there is a lack of programs designed to intervene with children and young people in foster care during the process of becoming independent. Having seen this problem, this study was designed to find out the reasons why young people between the ages of 16 and 21 who are in foster care end their foster care placement, in order to understand what can be improved during the placement and the process of transition to adulthood, given that work on their autonomy that is not individualized and complete can be detrimental to the process after they leave residential care. As such, the results show that young people who decide to leave foster care before the age of 21 are influenced by a diverse set of factors, the most frequently mentioned being situations of danger and a lack of support from the technical team. It was possible to understand that the environment experienced in the foster home, as well as the interpersonal relationships established with the professionals in the technical and educational teams and with the other young people in care, carry a significant weight in the decision to end or extend the foster care measure.porAcolhimento residencialAutonomia de vidaCessação da medidaJovens em riscoResidential careLife autonomyLeaving careYouth at riskJovens em Acolhimento Residencial: Fatores Determinantes para a Cessação da Medidamaster thesis203931246