Sousa, Martim2011-02-182011-02-181999-101647-662Xhttp://hdl.handle.net/10400.19/947A chama fende a noite desde sempre. O gume feérico da palavra inscreve-se em eternidade e o escritor não perde o sonho, não se faz nuvem. Goethe abraça Joyce. Juntos seguem Shakespeare. Próximo, Pessoa espreita. Mas outros se agitam dignamente com lugar marcado e insubstituível. Di-lo o passo poemático em epígrafe, digo-o eu em tom assertivo. E isto tudo a propósito de Samuel Maia, médico-escritor nascido em Viseu, que, tendo conhecido outra visibilidade e uma incontestada representatividade, nomeadamente na década de vinte do nosso século, agora é obscuro domínio para o público avulso e até mesmo para os "profissionais da literatura". Contudo, nem sempre assim foi, sinal de que os modismos vão causando fluxos e refluxos do núcleo para as margens e destas para o centro. Em 1929, um artigo no parisiense <<Le Monde>> sobre os escritores mais importantes de Portugal perscreve o primado de Eugénio de Castro e de Augusto Gil, seguindo-se-lhes de imediato António Nobre, Aquilino, Samuel Maia, Lopes de Mendonça e Ferreira de Castro (FRANÇA: 129). Ou seja, o autor viseense goza então de uma incontestável centralidade.porBiografiaSamuel MaiaSamuel Maia: Do Prazer - Sabor do Vinho ao Calor da Literatura (seduções na obra do médico-escritor de Viseu)journal article