Carvalho, AnaOliveira, JorgeGonçalves, FernandoWessel, Dulcineia FerreiraAlmeida, Paulo Russo2017-02-022017-02-022016-04Carvalho, A., Oliveira, J., Gonçalves, F., Wessel, D. F., & Russo, P. (2016, Abril). Caraterização polínica de méis da Beira Alta (Portugal). In IV Congreso Ibérico de Apicultura, Salamanca (España).http://hdl.handle.net/10400.19/4338A composição do mel é influenciada por fatores bióticos e abióticos envolventes ao apiário, como a quantidade e tipo de flora, as condições climáticas, o solo e o maneio do efetivo (Alqarni et al., 2014). A aposição da designação DOP (Denominação de Origem Protegida) pode representar uma valorização comercial acrescida dos méis em contexto nacional e internacional, sendo fundamental o conhecimento, além de outras, das características físico-químicas e polínicas (Maia et al., 2001). O trabalho apresentado faz parte de um projeto de caraterização físico-química (resultados não apresentados) e polínica de méis, como contributo para a certificação do mel da Beira Alta como produto DOP. Recolheram-se 27 amostras de méis produzidos pelos associados da Associação dos Apicultores da Beira Alta, no ano de 2014, nos concelhos de Viseu, Tondela, Carregal do Sal, Nelas, Penalva do Castelo, Satão, Aguiar da Beira, Mangualde, Sernancelhe e Fornos de Algodres, de acordo com o número de unidades epidemiológicas dentro de cada concelho. Para a caraterização polínica dos méis construiu-se uma palinoteca de referência da flora da região, sendo as preparações de pólen elaboradas de acordo com o método acetolítico de Erdtman (1960), modificado por Russo-Almeida (1992). A análise polínica quantitativa realizada de acordo com o método de Louveaux et al. (1978), revelou que 4 amostras de méis enquadraram-se na Classe I (<20 000 grãos de pólen por 10 g de mel) e as restantes 23 na Classe III (100 000 a 500 000 grãos de pólen por 10 g de mel). A análise polínica qualitativa foi realizada segundo o método de Louveaux et al. (1978), tendo sido contados mais de 1200 grãos de pólen por amostra de mel, de acordo com o critério de Vergeron (1964), tendo-se verificado que 14 dos méis analisados eram multiflorais (51,9%), 12 monoflorais de tília (44,4%) e 1 monofloral de urze (3,7%). O pólen de Eucalyptus sp. e de Castanea sativa esteve presente em 100% das amostras. Com estes primeiros resultados pretende-se contribuir para uma caracterização mais vasta da apicultura da Beira Alta e dos méis produzidos nesta região.porMelPólenCaracterísticas físico-químicasCaraterização polínica de méis da Beira Alta (Portugal)conference object