Carvalho, Ana BrancaAntunes, SandraRibeiro, Andreia Pereira2019-04-092019-04-092018-07-03http://hdl.handle.net/10400.19/5471O terceiro setor, que abrange uma série e complexa estrutura de organizações sociais surge pela incapacidade do Estado dar resposta aos problemas e desafios constantes da sociedade. Deste modo, o Estado tem vindo a delegar e transferir competências e responsabilidades pelo desenvolvimento de ações e das políticas públicas sociais a estas organizações, que embora sob a sua alçada, enquanto organismo regulador e financiador, se veem obrigadas a adotarem práticas e modelos estratégicos de gestão e a reestruturarem-se para fazer face aos efeitos da globalização. A Gestão de Recursos Humanos (GRH) tem vindo a evoluir e a incorporar novas preocupações, nomeadamente acerca de como pensar estrategicamente a gestão de pessoas. Esta, aliada à gestão estratégica das organizações sociais, é fator estratégico, decisivo e fulcral, pela natureza social e humana que impera nos serviços e na cultura, sendo das áreas mais difíceis de gerir. No sentido de consolidar a gestão e as práticas de GRH, e perante a descentralização do Estado, as organizações sociais têm necessidade de criar procedimentos de autorregulação e códigos de conduta que se assumem como estratégia reguladora, colmatando o desajuste em relação às atuais necessidades, à falta e à ambiguidade da legislação criada pelo próprio Estado. Perante o exposto, esta investigação, sustentada num estudo de caso, tem como intuito compreender de que forma são percebidas as práticas de GRH na relação que estabelecem com a necessidade de autorregulação numa dessas organizações – o Centro Social e Paroquial de Chãs (CSPC), já que é uma área tão peculiar quanto necessária nas organizações sociais. Para tal, recorreu-se a técnicas de recolha de dados como a entrevista, o inquérito por questionário, a observação participante e a análise documental. Dos resultados obtidos destacou-se a evidência da relação existente entre a implementação de práticas de GRH e a necessidade de autorregulação; observou-se que a perceção obtida perante as práticas de GRH, face à necessidade de autorregulação, varia segundo os diversos níveis hierárquicos, e que, apesar de deficitários e rudimentares, existem documentos de autorregulação no CSPC que sustentam, facilitam e regulam as práticas de GRH. Face ao diagnóstico realizado na instituição em estudo, e tendo em conta toda a temática, foi apresentada uma proposta de Manual de Acolhimento e Integração dos Colaboradores, com o intuito de enriquecer estrategicamente o CSPC.The tertiary sector that covers a series and complex structure of social organizations arises from the inability of the State to respond to the constant problems and challenges of society. In this way, the State has been delegating and transferring competences and responsibilities for the development of social actions and public policies to these organizations, which, although under the authority of the State, as a regulatory and funding organization, are forced to adopt strategic practices and models to restructure themselves to face the globalization effects. Human Resource Management (HRM) has been evolving and incorporating new concerns such as strategically thinking about people management. This, together with the strategic management of social organizations, is a strategic, decisive and crucial factor for the social and human nature that prevails in services and culture, being the most difficult areas to manage. In order to consolidate the management and practices of HRM and the decentralization of the State, social organizations need to create self-regulation procedures, codes of conduct that are assumed as a regulatory strategy, often filling the gap of current needs, lack and legislation’s ambiguity created by the State itself. As per above, this research supported by a case study was intended to understand how the HRM practices are understood in the relationship they establish with the need for self-regulation in one of those organizations – the Centro Social e Paroquial de Chãs (CSPC), since it is such a peculiar and necessary area in social organizations. Data collection techniques such as interview, questionnaire survey, observation and documentary analysis were used for this purpose. From the results obtained, the evidence of the relationship between the implementation of GRH practices and the need for self-regulation was highlighted; it was also observed that the perception obtained before the practices of HRM versus the self-regulation need differs from the hierarchical levels and that, despite the lack of "precarious", there are selfregulation documents in the CSPC that support, facilitate and regulate HRM practices. According the whole characterization of the institution under study, and taking into account the whole thematic, a proposal of Manual of Reception and Integration of Employees with the intention of strategically enriching the CSPC was presented.porOrganizações sociaisGestão de Recursos HumanosAutorregulaçãosocial organizationshuman resource managementself regulationGestão de Recursos Humanos: a necessidade de autoregulação nas organizaçõesmaster thesis202155838