Bica, IsabelCunha, MadalenaAndrade, AnaDias, AntónioRibeiro, OlivérioEstudantes 24º CLE, ESSV, IPV2017-05-082017-05-082016-07Bica, I., Cunha, M., Andrade, A., Dias, A., & Ribeiro, O. (2016). O doente em situação paliativa: Implicações da funcionalidade familiar na satisfação dos familiares face aos cuidados de saúde. Servir, 59(4), 31-35.0871-2379http://hdl.handle.net/10400.19/4582INTRODUÇÃO Ter um familiar doente, sobretudo em cuidados paliativos, constitui-se numa situação de crise no sistema familiar, (...) pois, a situação de doença é sentida pelos familiares como uma ameaça em virtude da imprevisibilidade dos acontecimentos e das necessidades de mudança (Pereira & Lopes, 2012). OBJETIVO Identificar as variáveis socioeconómicas que interferem na satisfação dos familiares de doentes em situação paliativa; Analisar o efeito da funcionalidade familiar na satisfação dos familiares de doentes em situação paliativa. MÉTODOS Estudo quantitativo, descritivo e transversal, numa amostra não probabilística por conveniência de 150 familiares de doentes em situação paliativa, em Unidades de Cuidados Paliativos na zona centro de Portugal, com idades entre os 16 e 81 anos e média de 37.17. Instrumentos: Escala de Apgar Familiar (Agostinho e Rebelo, 1988); escala FAMCARE Kristjanson (1993), tradução por Almeida (2012). O estudo de fiabilidade da FAMCARE obteve valores de consistência interna (Alpha Cronbach) de 0.964. (DP=1.279). RESULTADOS A funcionalidade familiar é melhor entre os homens (M=81.50±16.725 DP). Sem significância estatística (Z=-0.786; p=0.432). No global, 25.3% dos familiares mostraram estar muito satisfeitos, 47.3% moderadamente satisfeitos e 27.3% pouco satisfeitos, com os cuidados de saúde prestados ao seu familiar. No sexo masculino o nível de satisfação é mais elevado (OM=77.21) em oposição às mulheres (OM=74.28), sem diferença estatística (Z=-0.291; p=0.771) .Os familiares com idade ≥ 44 anos estão mais satisfeitos em relação à disponibilidade de informação e os participantes com um rendimento familiar mensal superior a quatro vezes o ordenado mínimo estão mais satisfeitos com a informação, disponibilidade e cuidados físicos. Os familiares com melhor funcionalidade familiar evidenciam um nível de satisfação com os cuidados mais elevado. A idade e a funcionalidade familiar apresentaram-se como preditoras para todas as dimensões da satisfação. CONCLUSÕES Maior idade e melhor funcionalidade familiar associaram-se a maior satisfação com os cuidados prestados, inferindo-se que estas variáveis devem ser consideradas quando planeamos assistência diferenciada a dispensar aos familiares da pessoa com necessidades paliativas.porFamíliaCuidados paliativosSatisfação familiarO doente em situação paliativa : implicações da funcionalidade familiar na satisfação dos familiares face aos cuidados de saúdeThe patient in palliative situation : implications of family functionality in meeting the family face to health carejournal article