ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU
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Browsing ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE VISEU by advisor "Amaral, Maria Odete Pereira"
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- Os adolescentes e a sexualidade : do conhecimento à intervenção em saúde escolarPublication . Almeida, Cláudia Manuela Martins do Nascimento Ribeiro; Amaral, Maria Odete PereiraIntrodução: A sexualidade na adolescência é considerada um problema de saúde pública, reconhecendo-se a escola como um local privilegiado para a implementação de políticas públicas saudáveis, designadamente na área da sexualidade. Objetivo: avaliar o grau de conhecimentos dos adolescentes acerca da sexualidade ‘antes’ e ‘após’ a intervenção formativa. Metodologia: Realizámos um estudo transversal analítico. Aplicámos um questionário autopreenchido na sala de aula, constituído por variáveis sociodemográficas e Questionário de Conhecimentos sobre Sexualidade. A amostra final ficou constituída por 196 estudantes do 11º e 12º ano de escolaridade com uma idade média de 17,23±0,82 anos e a maioria raparigas (60,2%). Resultados: Antes da intervenção, a média de conhecimento foi de 19,112,93, sendo as áreas em que apresentaram menos conhecimentos a “Primeira relação sexual e preocupações sexuais”; “Contraceção e práticas sexuais seguras” e “Infeções sexualmente transmissíveis e VIH/SIDA”. Após a intervenção a média de conhecimentos foi de 22,441,77 e as dimensões que mantém menores médias foram “Primeira relação sexual e preocupações sexuais” e “Infeções sexualmente transmissíveis e VIH/SIDA”. Encontrámos diferenças significativas para a variável sexo e a dimensão “Primeira relação sexual e preocupações sexuais”; idade e a dimensão “Contraceção e práticas sexuais seguras”; habilitações literárias dos pais e a dimensão “Aconselhamento e atendimento em saúde sexual e reprodutiva”; ano de escolaridade e a dimensão “Infeções sexualmente transmissíveis e VIH/SIDA” e a área de estudo e a dimensão “Prevenção da gravidez”. Conclusão: Com a intervenção os conhecimentos dos adolescentes melhoraram. O conhecimento é um pré-requisito fundamental nos programas de prevenção dos comportamentos sexuais de risco. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária é essencial na equipa de saúde escolar, no desenvolvimento de competências cognitivas e sociais promovendo a literacia em saúde. Palavras-chave: Conhecimentos; Sexualidade; Adolescentes; Educação sexual; Promoção da Saúde Escolar
- Aplicação de crioterapia na redução do edema pós-traumático e ou pós-operatório nas fraturas do tornozeloPublication . Pais, Teresa Lúcia Pereira; Silva, Daniel Marques; Amaral, Maria Odete PereiraContexto: A redução do edema do pé e/ou tornozelo, em caso de fratura, é umas das prioridades dos profissionais de saúde, porque este condiciona a realização da cirurgia e/ou mobilização do tornozelo. A crioterapia é a técnica mais utilizada neste sentido, existin-do várias modalidades na sua aplicação. Contudo, não existe evidência de qual a mais efi-caz, ou se existem outras intervenções mais vantajosas. Objetivo: Avaliar a eficácia da crioterapia (intermitente e/ou contínua) aplicada isola-damente na redução do edema pós-traumático e/ou pós-operatório, em comparação com outras intervenções. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura seguindo os princípios propostos pelo Cochrane Handbook. A análise crítica, extração e síntese dos dados, foi rea-lizada por dois investigadores separadamente. Resultados: Incluíram-se três ensaios clínicos randomizados controlados, envolven-do um total de 142 participantes. A aplicação de compressão intermitente reduziu mais rapi-damente o edema do tornozelo do que a crioterapia intermitente, em dois estudos. No tercei-ro estudo não se verificou diferença estatisticamente significativa entre estas duas interven-ções. Conclusões: Não existe evidência suficiente que a eficácia da crioterapia na redu-ção do edema pós-traumático e/ou pós-operatório seja diferente consoante a modalidade da sua aplicação (contínua, intermitente) nem comparada com outras intervenções. São neces-sários mais estudos randomizados controlados, que usem intervenções e outcomes mais uniformes. Descritores: Edema; Crioterapia; Fratura do Tornozelo; Pós-operatório; Pós-traumático.
- Comportamentos aditivos em adolescentes : a realidade pré intervenção em saúde escolarPublication . Oliveira, Luís Filipe Teles Grilo de; Amaral, Maria Odete PereiraIntrodução: O presente relatório pretende explanar as atividades realizadas e as competências adquiridas durante o estágio na Unidade de Cuidados na Comunidade Pinheiro dos Abraços. Uma das atividades foi a realização da investigação sobre o consumo de substâncias e o jogo patológico em adolescentes, um problema atual e que exige novas abordagens com vista à redução da exposição. O meio escolar é um local privilegiado para a implementação de políticas públicas saudáveis com vista ao empoderamento desta comunidade. Objetivo: Determinar a prevalência do consumo de substâncias e adição ao jogo em adolescentes da Escola Profissional Eptoliva Pólo de Oliveira do Hospital do 3º ciclo e identificar fatores associados com o consumo de substâncias e jogo na referida amostra. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal analítico. Os dados foram recolhidos através de um questionário de autopreenchimento. A amostra é constituída por 133 estudantes do 10º ao 12º ano de escolaridade com uma idade média de 17,81±1,24 anos e a maioria do género masculino (65,9%). Resultados: A maioria dos adolescentes apresenta consumo de algum tipo de substância, sendo que as mais prevalentes são o consumo álcool (81,1%), seguido do tabaco com 53,1% e canábis (22,7%), existindo ainda uma percentagem de 4,5% de consumo de ansiolíticos. Constatou-se que 42,1% dos adolescentes jogam raspadinhas uma vez por semana e 10,4% jogam Totoloto/Euromilhões, 31,5% relataram que a quantia apostada/gasta a jogar num só dia foi entre 1€ e 10€; 7,5% têm um problema com as apostas a dinheiro ou com o jogo; 17,2% admitiram que jogaram ou apostaram mais do que pretendiam; 13,8% sentem-se culpados sobre a forma como jogam, 11,3% revelaram ser incapaz de parar de apostar a dinheiro ou de jogar. Não encontrámos variáveis sociodemográficas associadas com o consumo. Conclusão: Concluímos que a maioria dos adolescentes da amostra consome algum tipo de substância ou indica ter uma relação com algum tipo de jogo. Do diagnóstico efetuado, coincidente com a prática, a intervenção em saúde escolar nesta área é primordial para prevenção do consumo e promoção da saúde. Palavras-chave: Empoderamento; Cannabis; Adolescentes; Jogo; Enfermagem Comunitária.
- As crianças e os ecrãs : uma visão da saúde escolarPublication . Pais, Ana Patrícia de Almeida; Amaral, Maria Odete PereiraIntrodução: Segundo a Organização Mundial de Saúde para que as crianças cresçam com saúde devem sentar-se menos e brincar mais. O uso excessivo de ecrã em crianças acarreta problemas físicos e cognitivos, embora seja uma problemática em investigação. Objetivos: avaliar o tempo de ecrã em crianças do pré-escolar e 1º ciclo das escolas de Mangualde; identificar fatores associados à exposição ao tempo de ecrã na amostra referida e criar um Projeto de intervenção “As crianças e os ecrãs”. Métodos: Realizámos um estudo transversal analítico. A amostra foi de 353 encarregados de educação de crianças com uma média de idade de 7,44±1,90 anos e a maioria do género feminino. Os dados foram recolhidos através de um questionário. Resultados: Em média as crianças passam, durante a semana, 1:24h±1:46h em frente ao ecrã e ao fim de semana 3:12h±2:12h por dia em frente ao ecrã. Mais de metade das crianças com < 6 anos passa, durante a semana, tempo em excesso em frente aos ecrãs e ao fim de semana ¾ das crianças com ≥ 6 anos passa tempo em excesso ao recomendado em frente aos ecrãs. A televisão é a tecnologia em que as crianças gastam mais tempo em frente ao ecrã. Quase 75% das crianças < 6 anos passa menos de 7h/semana em atividade física no exterior e em crianças com mais de 6 anos a percentagem é de 91,4%. Não encontrámos diferenças significativas entre o tempo de ecrã e a variável antropométrica e sociodemográficas. Com a investigação e a identificação de necessidades de intervenção criámos o Projeto “As crianças e os ecrãs” e iniciada a implementação no Agrupamento de Escolas de Mangualde. Conclusões: Encontrámos um uso excessivo do ecrã pelas crianças, sobretudo ao fim de semana. O tempo de atividade física da criança no exterior é manifestamente insuficiente. É de extrema importância a atuação do enfermeiro especialista na redução do tempo de ecrã em crianças do pré-escolar e 1º ciclo. Palavras-Chave: criança; tempo de ecrã; enfermeiro; promoção da saúde
- Cuidadores formais em tempo de pandemia Covid-19 : do fundamento à ação do enfermeiroPublication . Figueiredo, Helena Catarina dos Santos; Amaral, Maria Odete PereiraEnquadramento: Este relatório reflete o percurso durante a unidade curricular Estágio com Relatório Final, as atividades realizadas, designadamente uma investigação, para aquisição das competências na área de Enfermagem Comunitária, assim como o planeamento da intervenção na área da Enfermagem em Cuidados Integrados de Saúde e Apoio Social. A pandemia por Covid-19 afetou maioritariamente os idosos residentes em Estruturas Residenciais para Idosos, com 29% dos óbitos a registarem-se neste grupo. Os cuidadores formais, responsáveis pela prestação de cuidados diretos aos idosos, apresentam frequentemente baixos níveis de formação. Objetivo: Identificar características e dificuldades experienciadas pelos cuidadores formais de Estruturas Residenciais para Idosos em contexto de pandemia por Covid-19. Métodos: Realizou-se um estudo transversal analítico, entre março e julho de 2021, no concelho de Sátão. A amostra foi constituída por 97 cuidadores formais. Os dados foram recolhidos através de um questionário constituído por variáveis sociodemográficas, profissionais e formativas, Escala de Sobrecarga do Cuidador, Questionário de Vulnerabilidade ao Stress, Inventário sobre a Qualidade de Vida no Trabalho, Coronavirus Anxiety Scale e a Obsession with COVID-19 Scale. Resultados: Os resultados demonstram um perfil de cuidadores exclusivamente mulheres, 58,7% com habilitações literárias até ao 3º Ciclo do Ensino Básico, 56,7% sem formação na área da gerontologia/geriatria antes de trabalhar na instituição e 64,9% em que a instituição disponibilizava formação contínua. A maioria dos cuidadores perceciona uma sobrecarga ligeira, mais de um terço encontra-se numa situação de vulnerabilidade ao stress e 38,1% perceciona uma menor qualidade de vida no trabalho. A história de infeção prévia por coronavírus e a ausência de vacinação aumentam os níveis de ansiedade. Os cuidadores mais vulneráveis ao stress demonstram níveis de ansiedade mais elevados e percecionam menor QVT. Os cuidadores com melhor QVT tendem a evidenciar menor sobrecarga. Conclusões: É necessário intervir e desenvolver ações que favoreçam o bem-estar e QVT dos cuidadores formais, capacitando-os e promovendo a qualidade dos cuidados prestados, assumindo o Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária um papel fulcral neste processo. Palavras-Chave: Idoso, Cuidadores, Estruturas Residenciais para Idosos, Sobrecarga, Vulnerabilidade ao stress, Qualidade de Vida no Trabalho, Ansiedade, Obsessão, Covid-19
- Cultura de segurança do doente nos cuidados de saúde primários : ULS GuardaPublication . Marcelino, Lígia Maria Martins Monteiro dos Santos; Silva, Daniel Marques; Amaral, Maria Odete PereiraEnquadramento: A segurança do doente é a chave da qualidade dos cuidados, sem segurança não existe qualidade. As organizações de saúde devem, por isso, desenvolver uma cultura organizacional assente na segurança do doente. Objetivos: Caracterizar a cultura de segurança do doente nos cuidados de saúde primários da Unidade Local de Saúde da Guarda e identificar as áreas a melhorar. Métodos: Realizou-se um estudo transversal descritivo aplicando-se um questionário online constituído por duas partes: caracterização sociodemográfica e profissional e a escala de “Avaliação da cultura de segurança do doente em cuidados de saúde primários”. Numa população de 411 profissionais houve uma taxa de adesão de 16,8% tendo, esta amostra, contribuído para a validação da escala supracitada para a população portuguesa, num estudo realizado pela Direção Geral da Saúde. A maioria da amostra desempenhava funções em Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (68%) tendo sido a classe etária dos 46 aos 55 anos a mais participativa (35%).Para o tratamento estatístico recorreu-se ao SPSS® Versão 23. Resultados: Distinguiram-se seis áreas com necessidade de melhoria sendo as mais emergentes: “pressão e ritmo de trabalho” (20%) e “apoio pela gestão de topo” (28%). As dimensões “gestão e troca de informação” com 84% e “qualidade e segurança do doente” com 77%representaramas áreas fortes da cultura de segurança do doente. Também a avaliação geral sobre a qualidade e a segurança do doente manifestam necessidade de melhoria. Conclusões: Os resultados e a taxa de adesão denunciaram a necessidade de desenvolvimento de ações promotoras de uma cultura de segurança do doente. Palavras chave: Segurança do doente; cultura; cuidados de saúde primários
- Da avaliação familiar aos registos de enfermagem : A realidade de uma unidade local de saúdePublication . Galvão, Ana Rita Oliveira; Amaral, Maria Odete PereiraEnquadramento: A inclusão das famílias no processo de cuidados tornou-se uma prioridade, exigindo dos enfermeiros competências especializadas para realizar avaliações familiares precisas e implementar intervenções que suprimam as necessidades das famílias. Para garantir a continuidade dos cuidados, é necessário que os enfermeiros registem no processo familiar, todas as informações relevantes sobre a unidade familiar. Objetivos: Avaliar as atitudes dos enfermeiros face às famílias, conhecer a sua prática no âmbito da enfermagem de saúde familiar e a importância atribuída a essa prática e identificar a realização de registos em enfermagem de saúde familiar. Métodos: Estudo transversal analítico, com uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 64 enfermeiros a exercer funções em Unidades de Cuidados de Saúde Primários de uma Unidade Local de Saúde, sendo a maioria do género feminino (97,1%) e com uma média de idades de 49,03±8,515 anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário online, com questões sociodemográficas e profissionais, a escala “A Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem – Atitudes dos Enfermeiros”, a escala “Perceção dos Enfermeiros da Enfermagem com Famílias” e questões sobre os registos de enfermagem. Resultados: Os enfermeiros que constituem a amostra apresentam como grau académico licenciatura (76,6%) e 31,3% detêm o título profissional de enfermeiro especialista. Têm em média 25 anos de experiência profissional e 21 anos de prática em contexto de cuidados de saúde primários e a maioria não tem formação na área de enfermagem de saúde familiar (67,2%). Demonstram atitudes de suporte em relação às famílias, contudo atribuem maior importância à enfermagem de saúde familiar do que na realidade a integram na sua prática diária. A maioria dos enfermeiros não realiza a totalidade dos registos sobre a família no SClínico (59,4%). Conclusões: Embora reconheçam a importância de integrar a família nos cuidados de enfermagem, ainda há desafios a ultrapassar para que os enfermeiros de família da Unidade Local de Saúde adotem uma prática de cuidados com foco na família. O contributo da enfermagem de saúde familiar é indiscutível porque impulsiona a que o foco dos cuidados seja a unidade familiar e em particular todos os seus membros, favorecendo o envolvimento e a harmonia familiar. Palavras-chave: Família; Enfermagem de Saúde Familiar; Atitudes; Avaliação familiar; Registos;
- Desafios do enfermeiro de família no cuidar de famílias imigrantesPublication . Alves, Ana Beatriz Pais Loureiro; Amaral, Maria Odete PereiraIntrodução: A crescente diversidade cultural coloca novos desafios ao exercício profissional do Enfermeiro de Família, particularmente no cuidado a famílias imigrantes. Estas famílias enfrentam múltiplas barreiras no acesso e utilização dos serviços de saúde, o que exige dos Enfermeiros uma resposta culturalmente competente, sensível e centrada no indivíduo e família. Objetivo: Mapear a evidência científica sobre os desafios do Enfermeiro de Família no cuidar de famílias imigrantes, em contexto de Cuidados de Saúde Primários. Metodologia: Scoping review realizada conforme as recomendações do Joanna Briggs Institute. Pesquisa realizada nas bases de dados PubMed, CINAHL Complete, Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive, MEDLINE Complete, B-On, Web of Science e no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal. Os estudos identificados foram organizados no Rayyan®. Foram incluídos estudos publicados em português, espanhol e inglês e sem limite temporal. Dos 1383 estudos elegíveis, 13 foram incluídos na revisão. Resultados: Da análise dos estudos emergiram dois temas: barreiras aos cuidados de Enfermagem transcultural (barreira linguística; barreira cultural, religiosa e social; abordagem etnocêntrica dos Enfermeiros; desconhecimento da legislação associada ao acesso aos cuidados de saúde pelos Enfermeiros; baixa competência cultural dos Enfermeiros e falta de recursos humanos e materiais) e fatores facilitadores aos cuidados de Enfermagem transcultural (competências de comunicação; relação interpessoal Enfermeiro-família; práticas de Enfermagem orientadas para a família; desenvolvimento de competências culturais em Enfermagem; visão positiva da imigração; documentar os cuidados prestados em sistemas informatizados e presença de instituições de saúde culturalmente recetivas). Conclusão: A prestação de cuidados culturalmente competentes a famílias imigrantes representa um desafio crescente para o Enfermeiro de Família. É essencial investir na formação contínua em Enfermagem transcultural e na criação de ambientes de cuidados inclusivos e culturalmente sensíveis. Palavras-chave: Emigrantes e Imigrantes; Família; Enfermagem Familiar; Enfermagem Transcultural; Cuidados de Saúde Primários.
- Dificuldades do cuidador informal no cuidar da pessoa dependentePublication . Matos, Nuno Alexandre Marques de; Amaral, Maria Odete Pereira; André, Susana Maria Fernandes SerranoIntrodução: Atualmente, as alterações demográficas e epidemiológicas vivenciadas em Portugal tornou-o um pais envelhecido conduzindo à necessidade de cuidar das pessoas dependentes. Surge o cuidador da pessoa dependente que, na maioria dos casos, quer por razões de afinidade, quer por razões económicas é desempenhado pelos indivíduos que se encontram na rede mais próxima da pessoa dependente denominados de cuidadores informais. Assim, este estudo tem como objetivos identificar as dificuldades percecionadas pelos cuidadores informais de pessoas dependentes; identificar as variáveis sociodemográficas e de contexto de prestação de cuidados associadas às dificuldades sentidas pelos cuidadores informais e avaliar a influência do grau de dependência dos indivíduos com as dificuldades sentidas pelos cuidadores informais. Método: Realizou-se um estudo transversal e analítico. A amostra ficou constituída por 77 cuidadores informais, sendo a maioria do género feminino (88,3%), com idades compreendidas entre os 22 e os 96 anos (uma média de 57,03±13,52 anos), 84,4% dos cuidadores eram casados / união de facto; 70,1% viviam no meio rural; a maioria possuía habilitações literárias ≤ 1º ciclo (36,4 %) e ≥ 10º ano de escolaridade; pertenciam a um agregado familiar constituído por duas pessoas, habitando com o cônjuge ou companheiro (84,4%). Recorreu-se ao questionário como instrumento de colheita de dados. O questionário era constituído por variáveis sociodemográficas e de contexto de prestação de cuidados referentes ao cuidador informal e à pessoa dependente, pela Escala Carers Assessmente of Dificultys Index (CADI) para identificar as necessidades do cuidador informal e pelo Índice de Barthel para identificar o grau de dependência. Resultados: Os cuidadores informais manifestaram como dificuldades as identificadas pelo CADI, problemas relacionais, reações à prestação de cuidaos, exigências de ordem física, restrições na vida social, deficiente apoio familiar, deficiente apoio profissional e os problemas financeiros. Verificou-se que 32,5% dos indivíduos eram totalmente dependentes, 27,2% independentes ou com dependência ligeira, 22,1% com dependência severa e 18,2% com dependência moderada, totalizando 72,8% dos indivíduos da amostra com dependência moderada a elevada. As variáveis sociodemográficas que se associaram com as dificuldades percecionadas pelo cuidador foram a idade (p=0,042), o estado civil (p=0,029) e as habilitações literárias do cuidador (p=0,041). Em relação às variáveis de contexto de prestação de cuidados verificaram-se resultados estatisticamente significativos para as variáveis: tempo de prestação de cuidados, distância de prestação de cuidados, existência de apoios sociais, existência de apoio de outras pessoas e grau de dependência. No que concerne ao grau de dependência percebeu-se que tem influencia na perceção da dificuldades relacionadas com as exigências de ordem física. Conclusões: Os cuidadores informais percecionaram algumas dificuldades fruto do cuidar a pessoa dependente. Estas dificuldades através de um acompanhamento estruturado e planeado permitindo a capacitação dos cuidadores podiam ser mitigadas. É, portanto, imperativo o papel do Enfermeiro, designadamente do Enfermeiro Especialista em Saúde Comunitária no desenvolvimento de programas e projetos de intervenção, com vista à capacitação e empowerment das comunidades com o objetivo de promover cuidados de saúde mais abrangentes e promotores da otimização de recursos.
- O enfermeiro de família e a multiculturalidade : Desafios das famílias imigrantes no acesso aos cuidados de saúde primáriosPublication . Pais, Joana Borges; Amaral, Maria Odete PereiraIntrodução: O presente relatório tem como propósito apresentar as atividades realizadas e as competências adquiridas durante o estágio na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Juiz de Fora. Dado o elevado número de famílias imigrantes registadas em Portugal e na Unidade onde realizei estágio, tornou-se pertinente explorar as dificuldades que estas enfrentam no acesso e na utilização dos cuidados de saúde primários. Objetivo: Mapear a evidência científica disponível sobre os desafios das famílias imigrantes no acesso aos cuidados de saúde primários. Metodologia: Scoping review realizada com base nas recomendações metodológicas do Joanna Briggs Institute seguindo as diretrizes PRISMA-ScR. A pesquisa foi efetuada nas bases de dados PubMed, CINAHL Complete, Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive, MEDLINE Complete, B-On, Web of Science e Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, em novembro de 2024. Do total de 3415 estudos identificados, 29 preencheram os critérios de inclusão, dos quais 9 foram incluídos na revisão. Resultados: Emergiram duas áreas temáticas: (i) Barreiras no Acesso aos Cuidados de Saúde Primários, com seis subtemas, Barreiras Linguísticas e Culturais, Barreiras Socioeconómicas, Barreiras Relacionadas com o Sistema de Saúde, Barreiras Geográficas e Estruturais, Barreiras Psicossociais e Emocionais e Barreiras Específicas para Grupos Vulneráveis, transversais à maioria dos estudos; (ii) Facilitadores do Acesso aos Cuidados de Saúde Primários que possui quatro subtemas, Estratégias Pessoais e Comunitárias, Medidas Institucionais e Políticas, Características do Serviço de Saúde e Infraestrutura e Acessibilidade. Conclusão: Os resultados revelam uma interseção complexa de barreiras que limitam o acesso das famílias imigrantes aos cuidados de saúde primários, mas também indicam facilitadores que podem atenuar essas dificuldades. Estes dados reforçam a necessidade de estratégias que promovam cuidados culturalmente sensíveis, garantindo um acesso mais equitativo e eficaz aos serviços de saúde. Palavras-chave: Emigrantes e Imigrantes; Família; Acessibilidade aos serviços de saúde; Cuidados de saúde primários
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