Browsing by Author "Cardoso, Ana Filipa Matos"
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- Estado nutricional da criança : influência do comportamento alimentar e da cultura organizacional da famíliaPublication . Cardoso, Ana Filipa Matos; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEnquadramento: As famílias têm grande influência na saúde das crianças, constituem o seu primeiro ambiente de aprendizagem e possuem o potencial necessário para desenvolver estilos de vida saudáveis, nomeadamente no que respeita ao comportamento alimentar aprendido. As suas características sociodemográficas e o tipo de cultura e organização da família podem influenciar o desenvolvimento de excesso de peso, pelo que foi neste âmbito que surgiu a problemática em estudo. Objetivo: Analisar a influência das variáveis sociodemográficas da criança e parentais, do comportamento alimentar da criança e da cultura organizacional da família, no estado nutricional da criança. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, correlacional e transversal, de análise quantitativa realizado numa amostra de 1424 crianças de várias regiões de Portugal Continental, média idade (M=4,58; Dp=0,995) anos e respetivos pais. Para recolha de informação utilizou-se: a EDIEP, uma adaptação de Aparício Costa, (2012) do QFA de Rito, (2007), o Questionário do Comportamento Alimentar da Criança (ChildEatingBehaviourQuestionnaire [CEBQ]) de Wardle (2001), validado para a população portuguesa por Viana & Sinde (2008) e o Inventário da Cultura Organizacional da Família (Nave 2007). Foi efetuada avaliação antropométrica das crianças e a classificação do seu estado nutricional teve por base o referencial NCHS (CDC,2000). Resultados: Das crianças 60,2% eram normoponderais, com uma prevalência de excesso de peso de 34,3% (17,4 % obesidade e 16,9% pré-obesidade) e 5,5% tinham baixo peso. Pelos resultados obtidos podemos inferir que o estado nutricional é dependente da idade e sexo das crianças, com maior prevalência nas crianças de 5 anos e do sexo masculino, enquanto a relação com as variáveis sociodemográficas parentais, indicou que as crianças com obesidade pertencem a famílias com rendimento baixo, as crianças com peso normal residem com a mãe em zona urbana e com baixo-peso são filhas das mães mais jovens, enquanto nas crianças com obesidade o pai tem o 2º e 3º ciclo de escolaridade. A análise do Comportamento Alimentar da Criança e da Cultura Organizacional da Família revelaram que apenas quatro dos fatores do CEBQ se revelam preditores do IMC da criança, indicando que quanto maior a Resposta á Comida/ Prazer em Comer e Seletividade maior o IMC da criança e quanto maior a Subingestão Emocional e Resposta á Saciedade/Ingestão Lenta, menor o IMC. Conclusões: Face aos resultados, conclui-se que é pertinente ponderar estratégias de intervenção, sobretudo na consulta de vigilância de saúde infantil, num trabalho de parceria com as famílias, aumentando as suas competências em práticas alimentares saudáveis, visto estas serem uma referência na aprendizagem dos comportamentos das crianças, especificamente no que respeita à alimentação. Palavras chave: Estado nutricional da criança; comportamento alimentar; cultura organizacional da família; criança pré-escolar.