Browsing by Author "Egas, Daniela Esteves Carvalho de"
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- Processo de transição para a vida pós-escolar de alunos com necessidades educativas especiaisPublication . Egas, Daniela Esteves Carvalho de; Felizardo, Sara; Lacerda, CarlaEste projeto de investigação pretende aferir de que forma as experiências pré-profissionalizantes (TVPE), previstas nos Planos Individuais de Transição (PIT`s) de cinco alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) de caráter permanente, poderão contribuir para a sua inclusão nos contextos de vida laboral e social. Considerando importante enquadrar a evolução da educação especial em termos históricos e concetuais, bem como as NEE num quadro legislativo e normativo, pretendemos igualmente compreender o processo de TVPE, tendo em atenção as dinâmicas familiar, parental e pessoal. Neste contexto, definimos os seguintes objetivos orientadores: i) conhecer a história compreensiva dos jovens com NEE, nas dimensões desenvolvimental, familiar e escolar; ii) analisar as perceções dos jovens e respetivos professores e pais/Encarregados de Educação (EE) sobre os conteúdos, estratégias e atividades de preparação dos jovens com NEE para uma futura inserção numa experiência pré-profissionalizante; iii) verificar o grau de envolvimento dos pais/EE no processo de TVPE dos seus educandos; iv) compreender a pertinência das estratégias educativas implicadas nos processos de TVPE, do ponto de vista dos próprios jovens com NEE, professores e pais/EE. O estudo que apresentamos enquadra-se no tipo de estudo de casos múltiplos, sendo que a amostra é constituída por 14 participantes, a saber: quatro professores (três Diretores de Turma e um docente de Educação Especial), cinco alunos em processo de TVPE e quatro pais/ EE. Para a recolha dos dados foram utilizados os instrumentos: análise documental, inquérito por entrevista semiestruturada, a observação naturalista e a escala de autoconceito - “Piers-Harris Children’s Self-Concept Scale”, de Piers e Hertzberg (2002). De acordo com os dados recolhidos, percebemos que os jovens não estão muito envolvidos nos contextos de sala de aula e de interação nos momentos lúdicos com os seus pares sem NEE, restringindo-se à sala de apoio, local seguro e de aprendizagem de competências específicas, bem como aos locais de estágio. Para além disso, percebemos que ao longo do processo inerente ao PIT os jovens e respetivas famílias não estiveram envolvidos nas opções de estágio, o que condicionou o sucesso pretendido pelo PIT. De um modo geral, os alunos gostaram deste primeiro contacto com o mercado de trabalho e do sentido de responsabilidade que desenvolveram, o que revela um marco essencial na vida pós-escolar. Em suma pretendemos que a realização deste projeto de investigação possa abrir novos trajetos de forma a combater algumas lacunas existentes ao longo deste processo que consideramos tão importante na construção de uma sociedade mais inclusiva. Compreender e sensibilizar serão fundamentais para a importância desta temática e de todo o processo envolvente.