Browsing by Author "Ferreira, Ana Cristina Pereira Lopes"
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- Qualidade do sono da pessoa portadora de fibromialgiaPublication . Ferreira, Ana Cristina Pereira Lopes; Nunes, Maria Madalena Jesus Cunha, orient.Enquadramento: A qualidade do sono é um fator influenciador da recuperação do organismo, sendo também fundamental para o bem-estar do indivíduo e para o funcionamento adequado do seu organismo. Daí se considerar que a presença de sono não restaurador assume um papel de relevo no conjunto das manifestações da fibromialgia, porquanto esta doença complexa se caracteriza por dores músculo-esqueléticas difusas, às quais se associam múltiplos sintomas, entre os quais se destacam o sono não reparador, fadiga e rigidez matinal. Objetivos: Avaliar a qualidade do sono da pessoa portadora de fibromialgia; Explicar em que medida as variáveis sócio demográficas, a dor e o impacto da fibromialgia afetam o sono da pessoa portadora de fibromialgia. Métodos: O estudo transversal de natureza observacional assenta numa lógica de análise descritivo – correlacional e foi realizado numa amostra probabilística por conveniência, constituída por 77 pessoas portadoras de fibromialgia acompanhadas na Unidade de Dor, na Consulta de Reumatologia ou na Medicina Física de Reabilitação do CHTV, EPE. O perfil médio revela doentes do sexo feminino (98.7%), com uma média de idades de 49 anos, casadas (90.9%), empregadas ou de baixa médica (59.7%), trabalhadoras não qualificadas (51.9%) e com prevalência do ensino básico (1º ciclo) e do ensino superior (26%). Para a mensuração das variáveis utilizou-se um instrumento de colheita de dados constituído por uma caracterização sócio demográfica e clínica, a Escala Visual Analógica da dor – EVA - (PORTUGAL, 2003), o Índice da Qualidade de Sono de Pittsburgh – PSQI - (BUELA-CASAL; SANCHEZ, 2002) e o Questionário do Impacto da Fibromialgia – FIQ-P (ROSADO et al., 2006). Resultados: Constatou-se que a má qualidade de sono se configura em 97.4% dos inquiridos. Das variáveis socio demográficas, apenas a situação laboral tem influência na latência do sono (p= 0.015), eficiência de sono habitual (p= 0.035) e qualidade de sono global (p=0.014). A intensidade da dor e o cansaço matinal revelaram-se preditivas da qualidade de sono, explicando 32% e 13.7% da sua variabilidade, respetivamente. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo referem que a situação laboral influencia a qualidade do sono e a intensidade da dor e o cansaço matinal são preditivas de má qualidade de sono. Medidas para a promoção da boa qualidade do sono nos portadores de fibromialgia devem dar prioridades às estratégias relacionadas com o debelar da dor e do impacto negativo da fibromialgia. Palavras-chave: qualidade do sono, dor e fibromialgia.