Browsing by Author "Figueiredo, Carla Manuela Ribeiro"
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- Prevalência das infeções associadas aos cuidados de saúde numa unidade de cuidados continuadosPublication . Figueiredo, Carla Manuela Ribeiro; Duarte, João CarvalhoIntrodução: As infeções associadas aos cuidados de saúde constituem um problema de saúde devido à elevada morbi-mortalidade e custos associados. As principais medidas de prevenção e controlo assentam no cumprimento das Precauções Básicas de Controlo de Infeção que são compostas por 10 itens que englobam: colocação de doentes, higiene das mãos, etiqueta respiratória, utilização de equipamento de proteção individual, descontaminação do equipamento clínico, controlo ambiental, manuseamento seguro da roupa, recolha segura de resíduos, práticas seguras na administração de injetáveis e exposição a agentes microbianos no local de trabalho. Objetivos: Com o primeiro estudo, objetiva-se conhecer o perfil sociodemográfico e clínico dos utentes de uma Unidade de Cuidados Continuados da zona centro do país, no espaço temporal de 2014-2017; Verificar qual a prevalência de infeções apresentadas pelos utentes de uma Unidade de Cuidados Continuados da zona centro do país desde 2014-2017. Com o estudo 2, procurou-se conhecer a perceção dos profissionais de saúde em torno das infeções associadas aos cuidados de saúde. Métodos: Triangulação metodológica que engloba um estudo de natureza quantitativa do tipo descritivo correlacional, analítico realizado numa amostra de 518 utentes da Unidade de Cuidados Continuados, cujos dados foram recolhidos a partir dos registos de enfermagem de cada utente, referentes ao período de janeiro de 2014 a dezembro de 2017, e outro de natureza qualitativa de características fenomenológicas realizado com uma amostra de 15 profissionais de saúde, sendo todos do género feminino. Resultados: Do estudo 1 verificou-se que o ano com registo de mais casos de infeções foi o de 2016, com 8 casos (61,5%) de infeções das vias respiratórias e 4 casos (30,8%) de infeções do trato urinário. No ano de 2015 há registo de 3 casos (42,9%) com infeções das vias respiratórias e 3 casos com infeções do trato urinário (42,9%). Os resultados obtidos no estudo 2 revelam que na categoria 1, referente à prevenção das IACS, a subcategoria mais referenciada foi a adoção de boas práticas (n=8). Na categoria 2, através da qual se procurou saber a razão apontada pelas profissionais de saúde acerca de porque ocorrem as IACS, a subcategoria mais referenciada foi o não cumprimento de boas práticas (n=13). Na categoria 3, relativa às principais medidas de controlo das IACS, as subcategorias mais mencionadas foram a higienização das mãos (n=13) e o uso de EPI’s (n=12). Na categoria 4, no âmbito do que representam as IACS na prática profissional, as subcategorias mais aludidas foram representar um perigo de apanhar doenças (utentes/funcionários) (n=5) e ter ou não boa qualidade na prestação de cuidados (n=3). Na categoria 5, que se refere ao momento em que as entrevistadas tiveram orientação sobre as medidas de prevenção das IACS, a maioria relatou a formação externa (n=11). Na categoria 6, que diz respeito à opinião das entrevistadas acerca do que devia ser mudado para estarem reunidas as condições para a prevenção das IACS, as subcategorias mais referenciadas foram a proposta de mais formação (n=5) e a não reutilização de sacos (transporte de roupa suja) (=5). Conclusão: Os resultados evidenciam o conhecimento dos profissionais de saúde sobre as IACS contribuirá para a adesão de boas práticas, o que requer uma tomada de consciência de todos os profissionais de saúde e também por parte dos órgãos de gestão, para que se implemente uma cultura de segurança do doente, sugerindo uma maior aposta na formação e sensibilização de todos os profissionais de saúde. Palavras-chave: Prevalência de infecções, Unidade de cuidados Continuados, Infeções associadas aos cuidados de saúde.