Browsing by Author "Pinto, Bruna Raquel da Silva Alves Figueiredo"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Índice de gravidade da pessoa vítima de queda que recorre ao serviço de urgênciaPublication . Pinto, Bruna Raquel da Silva Alves Figueiredo; Cunha, Madalena; Coelho, MauroIntrodução: O conhecimento é o caminho para a prática de especialização em Enfermagem Médico- Cirúrgica, tendo em conta o desenvolvimento de competências comuns e específicas perante a pessoa em situação crítica. Este é o percurso para a prática de uma enfermagem especializada e avançada, sendo essencial para promover cuidados eficazes, seguros e de elevada qualidade. Os enfermeiros usam o pensamento crítico ao aplicar o conhecimento e a prática com base nas evidências, potenciando um processo de enfermagem competente. Foi neste âmbito que se realizaram os estágios em contexto de Cuidados Intensivos e em Contexto de Urgência, sendo estes dois espaços de desenvolvimento profissional e pessoal. Compreender o uso do conhecimento na prática quotidiana de enfermagem é importante para a melhoria da qualidade da assistência à saúde. Neste sentido, surge o estudo do “Índice de gravidade da pessoa vítima de queda que recorre ao serviço de urgência”. Objetivos: Caracterizar o contexto sociodemográfico da pessoa vítima de queda que recorre ao Serviço de Urgência; identificar as determinantes clínicas das pessoas vítimas de quedas que recorrem ao Serviço de Urgência; determinar o índice de gravidade da pessoa vítima de queda que recorre ao Serviço de Urgência; analisar a influência das características sociodemográficas, de contexto e clínicas no índice de gravidade da pessoa vítima de queda que recorre ao Serviço de Urgência. Métodos: A natureza do estudo é quantitativa, de coorte retrospetivo, descritivo e correlacional, com recolha de dados clínicos para identificar o índice de gravidade da pessoa vítima de queda que recorreu ao Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, durante 1 de janeiro a 31 dezembro de 2020, através do software Alert®, causa de admissão no secretariado “queda” e na consulta dos episódios de urgência. Obteve-se uma amostra de 679 pessoas vítimas de queda, maioritariamente feminina (54,1%), com uma idade média de 69,61 anos, com predomínio da faixa etária superior aos 80 anos (35,6%). A recolha de dados ocorreu entre 1 de setembro a 1 dezembro de 2021, com registo numa grelha elaborada ad hoc. Resultados: A maioria dos utentes foi levada para o Serviço de Urgência na ambulância (63,1%), com um claro predomínio dos que foram transportados de maca (83,6%). O fluxograma de triagem prevalecente foi a queda (46,7%), com o discriminador de dor severa (61,1%), triados com prioridade laranja (98,4%), com área clínica urgente (81,1%) e especialidades de ortopedia (43,4%) e cirurgia (46,3%) em maior representatividade. Em relação ao diagnóstico de admissão, prevalecem as fraturas do fémur (19,0%), outros traumas e fraturas não especificadas (17,4%) e traumatismo cranioencefálico e traumas faciais (13,8%). Domínio das fraturas de ossos longos (34%), seguindo-se outros traumas (22,1%). O Índice de Gravidade corresponde a um score mínimo de 3,51 e um máximo de 7,84, com uma média centrada nos 7,34. As variáveis sociodemográficas não interferiram estatisticamente no Índice de Gravidade e as variáveis clínicas com interferência estatística foram a prioridade e a área clínica. Os utentes com prioridade laranja, com área clínica de pequena cirurgia e cuja especialidade foi a ortopedia apresentaram um Índice de Gravidade mais elevado. Conclusão: As variáveis preditoras do Índice de Gravidade foram a idade, a frequência cardíaca, a dor, o Índice de reatividade de Glasgow, PaCO2, hemoglobina e bicarbonatos, a tensão arterial sistólica, pH e PaO2. A idade, a frequência cardíaca, a dor, o Índice de reatividade de Glasgow, a PaCO2, a hemoglobina e bicarbonatos estabelecem com o Índice de Gravidade uma relação indireta, enquanto a tensão arterial sistólica, o pH e PaO2 estabelecem uma relação direta. Assim, constatouse que à medida que aumenta o Índice de Gravidade melhor é a sobrevida das vítimas de queda atendidas no Serviço de Urgência. Palavras-chave: Queda; Serviço de Urgência; Índice de gravidade; Enfermagem.