Browsing by Author "Vale, Ana Catarina"
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- Sementes de vida: Crenças e rituais na jornada da maternidadePublication . Vale, Ana Catarina; Assis, Cátia; Quintão, Cláudia; Mariana, Marta; Campos, Sofia; Ferreira, ManuelaA cultura desempenha um papel relevante quando se trata da transição da mulher para a experiência da maternidade. Muitos fatores podem contribuir para a experiência da gravidez, parto e pós-parto, incluindo a segurança percecionada, a participação no parto, a experiência da dor, o apoio familiar, os cuidados materno-obstétricos, a experiência de partos anteriores, a analgesia intraparto, o conhecimento da mulher grávida sobre a fisiologia do trabalho de parto e nascimento e o seu envolvimento nas tomadas de decisão (Vieira et al., 2020). Como afirmam Coutinho et al. (2022, p.2) “ser culturalmente competente é um desafio para as instituições de saúde e respetivos profissionais de saúde”. Considerar a mulher e família como elementos centrais do cuidado permite uma abordagem personalizada, sensível, respeitadora das necessidades culturais e sociais, integradora de crenças, valores e práticas culturais, promovendo um ambiente acolhedor, respeitador e seguro para uma transição para a parentalidade de forma tranquila. O desafio será encontrar o equilíbrio entre o respeito pelas tradições culturais e a promoção de práticas baseadas em evidência científica, garantindo assim um melhor cuidado de mães e bebés. Com o conhecimento e abertura para inclusão de novas práticas no cuidado é possível oferecer cuidados individualizados, que garantam conforto e significado, que respeitem escolhas e que ao mesmo tempo garantam o bem-estar e segurança na vivência de uma mulher, mãe, bebé e família, para uma transição para a parentalidade harmoniosa. O conhecimento antropológico enriquece a prática da enfermagem materno-obstétrica, por oferecer uma perspetiva holística e culturalmente sensível do cuidado, permitindo ao enfermeiro especialista de enfermagem de saúde materna e obstétrica compreender as necessidades, intenções, gerir expectativas, respeitar escolhas, promover um cuidado de saúde efetivo, personalizado, digno, seguro, respeitador e de qualidade, resultando em bem estar, conforto, em menos complicações, maior satisfação, segurança e maiores ganhos de saúde para os intervenientes, nomeadamente, mulher/mãe, bebé e respetiva família.