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- A influência da utilização da música nas aulas de Educação Visual e Tecnológica como forma de alterar o comportamento dos alunosPublication . Brandão, Joana Margarete Marques Lopes; Gomes, António Ferreira, orient.; Souto e Melo, Ana, co-orient.Resumo Com esta investigação propusemo-nos estudar o efeito da música relaxante e da música estimulante na ocorrência de situações de indisciplina, manifestadas pelos nossos alunos, durante as aulas práticas da disciplina de Educação Visual e Tecnológica (EVT). Procurámos perceber se a manifestação de situações indisciplinadas, apresentadas pelos alunos ao longo das aulas em que não foram sujeitos à música, apresentou diferenças comparativamente às situações de indisciplina manifestas nas aulas que os alunos estiveram sob a influência da música. Assim, este trabalho de investigação teve como finalidade perceber se a audição de diferentes tipos de música, no decorrer das aulas práticas de EVT, diminui a ocorrência de situações de indisciplina, dentro da sala de aula. Para tal, procedemos à realização de um estudo de casos comparativo, implementado em duas turmas, mediante uma investigação-acção, através da qual os alunos foram sujeitos à audição de música de dois tipos distintos, denominados por relaxante e estimulante. Deste modo, tivemos como participantes na investigação cinquenta e um alunos, pertencentes a duas turmas das quais somos docentes. Esta investigação dividiu-se em três momentos, um primeiro em que as aulas se desenrolaram na ausência de música, um segundo em que os alunos ouviram música relaxante e um terceiro em que ouviram música estimulante. Ao longo destes três momentos, que decorreram sempre durante as aulas práticas, os comportamentos indisciplinados dos alunos foram observados e registados em grelha própria, tendo sido este, o primeiro instrumento de recolha de dados utilizado. Posteriormente, procedeu-se à entrevista focus group, de modo a complementar os dados obtidos através da observação directa, que deste modo foram enriquecidos através das perspectivas que os alunos apresentaram sobre a experiência pela qual passaram. Este estudo permitiu-nos inferir que a audição de música relaxante e estimulante, durante as aulas práticas de EVT, provocou a diminuição da ocorrência de situações de indisciplina apresentadas pelos alunos, assim como contribuiu para provocar nos alunos estados de relaxamento e descontracção, motivando-os para a realização das actividades propostas.
- Olhar dos Pais sobre o Estado Nutricional das Crianças Pré‐escolaresPublication . Aparício, Graça; Cunha, Madalena; Duarte, João; Pereira, AnabelaPortugal é um dos países europeus com maior prevalência de obesidade infantil, o que se traduz num problema de saúde crescente não só na geração actual, mas que se repercutirá na próxima, dada a grande probabilidade da doença transitar para a idade adulta. Estudos em diversos países têm revelado que os pais se mostram despreocupados e pouco conscientes do estado nutricional das crianças, dada a tendência para subestimarem o peso excessivo dos seus filhos. Ajudar os pais a reconhecerem que a obesidade nas crianças é um problema de saúde e a identificarem o verdadeiro estado nutricional dos seus filhos, pode ser o primeiro passo na promoção de um estilo de vida mais saudável. Com este artigo pretendeu-se identificar a percepção dos pais (mãe e pai) acerca do estado nutricional do filho em idade pré-escolar e analisar a sua relação com variáveis sóciodemográficas e clínicas.
- Percepção e Satisfação Corporal em Adolescentes e a Relação com a sua Saúde OralPublication . Bica, Isabel; Cunha, Madalena; Costa, José dos Santos; Rodrigues, Vítor; Neves, Daniela; Albuquerque, Inês; Agostinho, Joana; Pereira, Sandra; Lima, TeresaIntrodução: A autopercepção e satisfação com a imagem corporal são factores preponderantes na autoaceitação dos adolescentes e entre os seus pares. Uma das muitas implicações da Saúde Oral na adolescência é, sem dúvida, a alteração da sua percepção corporal. Cada vez mais a melhoria da aparência se torna numa necessidade. As doenças orais têm consequências psicológicas, físicas e sociais na vida dos adolescentes. Os adolescentes, dependendo do seu sexo, valorizam de forma diferente a imagem corporal. Esta imagem é individual, subjectiva, dinâmica e sujeita às alterações referentes ao crescimento e desenvolvimento. Se o adolescente não se encontra satisfeito com a imagem, vai notar-se a repercussão na sua auto-estima. Um sorriso saudável favorece a auto estima, assumindo, assim, a saúde oral um importante relevo entre os factores que influenciam esse indicador. Neste contexto, este estudo tem como objectivo, avaliar a percepção e satisfação corporal em adolescentes e a relação com a sua saúde oral. Métodos: Estudo transversal e descritivo levado a cabo numa amostra de 323 adolescentes (idade média = 13.58 anos; Sd = 1.459), dos quais 55.42% eram rapazes e 44.58% raparigas. Material: Questionário sobre saúde oral, Escala de Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde Oral, (Slade & FriasBulhosa, 2003) e Escala de Evaluación de Insatisfacción Corporal en Adolescentes, (Grima, Landíver & Baile, 2003). Resultados: A maioria dos adolescentes tem alguma cárie (47.06%), 33.17% estão livres de cáries. A existência de cáries é maior nas raparigas (52.08%) que nos rapazes (43.02%). 86.07% dos adolescentes estão em situação de risco para o aparecimento de cáries, 13.93% apresentam risco baixo. O aparecimento de placa é visível a olho nú em 54.35% dos casos, (51.12% nos rapazes; 58.34% nas raparigas). Relativamente ao índice de Dentes Cariados, Perdidos ou Obturados (CPOD), A média foi 2.73 (SD=3.209) (a média das raparigas foi 3.18, e 2.36 nos rapazes). A maioria dos adolescentes (86.38%) considera que dentes saudáveis e bonitos são importantes para a imagem corporal; contudo, 12.07% dizem não atribuir importância a este factor. A QVRSO é boa para 60.06% dos adolescentes, fraca para 22.60% e 17.34% foi classificada como razoável, as raparigas estão mais satisfeitas (60.42%) que os rapazes (23.46%). A maioria dos adolescentes está bastante satisfeito com a própria imagem (82.04%), 2.79% está muito satisfeito e 15.17% não está satisfeito. As raparigas parecem mais satisfeitas com a sua imagem corporal (média = 89.88; SD = 23.533), que os rapazes (média = 77.446; SD = 13.418); (Rank Sun= 24539.50; U= 8429.500; Z= -5.344; p=.000). A satisfação corporal foi associada com a QVRSO, (r=.418; p=.000), mostrando que quanto melhor a QVRSO melhor a satisfação com a imagem corporal dos adolescentes. Conclusão: Os resultados sugerem que a Saúde Oral deveria ser promovida para que a satisfação com a imagem corporal e a QVRSO dos adolescentes melhorassem.
- Auto‐Conceito da Grávida – Factores AssociadosPublication . Silveira, Carla Sofia Pascoal; Ferreira, Manuela Maria da ConceiçãoA gravidez, sendo um momento privilegiado de transformações pessoais e sociais, muda inevitavelmente a vida de uma mulher, ao ponto de questionar a sua própria identidade e conceito pessoal, em todo o processo de adaptção a uma nova condição e papel. A forma como a grávida vivencia todas as mudanças e os acontecimentos significativos exige, em termos desenvolvimentais, um duplo esforço físico e psicológico, nem sempre fáceis de gerir, no sentido de prevenir desequilíbrios e perturbações emocionais. Realizou-se um estudo quantitativo, transversal, decritivo-correlacional e analítico, com o objectivo de analisar o auto-conceito da grávida, bem como a influência de variáveis socio-demográficas e obstétricas. Utilizou-se para o efeito um questionário destinado à caracterização da amostra e o Inventário Clínico de Auto-Conceito de Vaz Serra (1986), tendo sido inquiridas 219 grávidas. Do estudo conclui-se que o exercício da actividade profissional influencia a auto-eficácia da grávida, mas não as outras dimensões do auto-conceito; o estado civil influencia o auto-conceito da grávida, excepto a dimensão maturidade pscológica; a paridade influencia a dimensão impulsivide/actividade; a patologia obstétrica, a idade da grávida, o tempo de gestação e a aceitação por parte da mulher não influenciam o seu auto-conceito.
- Promoção da Saúde de Grávidas Adolescentes: Estudo prévio de identificação de necessidadesPublication . Brás, Cláudia; Pereira, AnabelaA gravidez na adolescência é vivida de distintas formas, dependendo da complexidade dos contextos familiares, sociais e culturais em que cada uma das grávidas se insere. O presente estudo tem como objectivos: identificar as necessidades das grávidas adolescentes e sensibilizá-las para tomarem consciência dos seus problemas e recursos disponíveis. Para a recolha de dados, utilizámos como instrumento de avaliação o questionário. Os participantes do estudo foram grávidas adolescentes, que fizeram vigilância pré-natal na Unidade de Intervenção Precoce da Maternidade Bissaya Barreto em Coimbra, com idades compreendidas entre os 15 e os 18 anos. Este estudo permitiu a identificação dos medos, dificuldades, necessidades e desejos das grávidas adolescentes. O contexto familiar, social e cultural onde se inserem as grávidas adolescentes do nosso estudo influencia directamente as experiências relatadas. Os cuidados dos profissionais de saúde devem ser adequados ás necessidades, expectativas e crenças de cada grávida adolescente
- Comportamentos Suicidários em Estudantes do Ensino Superior: Factores de Risco e de ProtecçãoPublication . Gonçalves, Amadeu Matos; Freitas, Paula Pinto de; Sequeira, Carlos Alberto da CruzNeste artigo abordam-se algumas questões relacionadas com os comportamentos suicidários em estudantes do Ensino Superior, tendo por base uma revisão sistemática da literatura. Neste contexto, faz-se o enquadramento conceptual dos comportamentos suicidários, clarificando os conceitos de Ideação suicida, Tentativa de suicídio, Para-suicídio e Suicídio. Partindo de alguns dados epidemiológicos disponíveis, faz-se uma reflexão sobre a dimensão desta problemática, possíveis causas dos comportamentos suicidários e dos factores mais recorrentemente associados ao risco de suicídio nos jovens. Procura-se realçar a importância do reconhecimento de possíveis indicadores de risco e de protecção nos domínios da promoção da saúde mental dos jovens e da prevenção do suicídio em meio académico.
- Uma análise ao incumprimento dos prazos de pagamento: O Impacto na economia Portuguesa de um Estado “mau pagador”Publication . Pinto, Sérgio Dias; Rodrigues, Luís Fernandes; Nunes, João AndradeNeste trabalho, testamos a ligação entre a frágil situação de liquidez das empresas portuguesas e de outras empresas europeias, com a prática de elevados prazos médios de pagamento por parte das autoridades públicas. Providenciamos a evidência empírica desta relação usando dados sobre os prazos médios de pagamento das entidades oficiais e as prestadoras de informação financeira dos vários países europeus, no período 2004-2010. Com este trabalho pretendemos demonstrar que estas práticas de elevados prazos médios de pagamentos das entidades públicas provocam graves disfunções financeiras no resto da economia. Tal pode ser observado analisando o número de incobráveis e insolvências e/ou inquéritos relativos às expectativas dos agentes económicos realizados durante o período em análise.
- Outra Forma de Olhar a Mãe Imigrante numa Situação de TransiçãoPublication . Coutinho, Emília; Parreira, Maria VitóriaA situação de transição que a mulher vivencia, a diversidade cultural, os direitos de acessibilidade reduzidos dos imigrantes ao sistema de saúde, entre outros, são situações que colocam quer utentes quer profissionais de saúde numa situação de vulnerabilidade nos cuidados. Neste contexto, delinearam-se os seguintes objectivos: Compreender os significados que emergem do processo de transição, na situação de maternidade; Compreender como a mulher imigrante perspectiva os cuidados face ao seu projecto de maternidade (gravidez, parto e puerpério); Desocultar crenças e valores inerentes à mãe imigrante numa situação de transição de vida; Identificar de que forma o processo de cuidados difere do sistema do seu país de origem. Estudo qualitativo, exploratório descritivo. Realizado a partir da seguinte questão de partida: Que significados emergem do processo de transição na mulher / mãe imigrante que vivencia um processo de maternidade? Os critérios de inclusão dos participantes foram: Residir em Portugal há pelo menos 3 meses; Ter vivenciado ou estar a vivenciar um processo de maternidade; Ter sido vigiada durante a gravidez no sistema de saúde português e aceitar participar no estudo. Amostra não probabilística, intencional (12 mães imigrantes). Amostragem determinada pelo princípio de saturação dos dados. Instrumento de colheita de dados: a entrevista semi-estruturada, com recurso a gravação áudio com obtenção prévia do consentimento informado. Análise dos dados efectuada por análise de conteúdo, feita codificação aberta, codificação axial e codificação selectiva, com ajuda do software NUD*IST 8.0 ® Emergiram 8 categorias: Comunicação difícil; existência de divergências no processo de cuidar; mitos e crenças divergentes; práticas culturais divergentes; informação desajustada; descriminação; acessibilidade dificultada às consultas; gratuitidade do sistema de saúde. As conclusões emergentes apontam para a inexistência, em Portugal, de rituais inerentes aos cuidados que conflituem com a sua cultura de origem. A maior barreira com que estes imigrantes se depararam foi a comunicação. Na cultura muçulmana, ressalta a especificidade da questão de género: o homem não deverá ser cuidador da mulher. Na perspectiva dos participantes, os cuidados de saúde tendem a ser culturalmente congruentes. Exemplo: no Uzbequistão os cuidados prestados não diferem dos do nosso país, à excepção da tecnologia utilizada que referem ser “superior”. Os resultados deste estudo têm implicações para a prática, na medida em que ao desocultar os significados sobre os cuidados, as crenças e valores, os profissionais de saúde adquirem conhecimentos específicos sobre a etnoculturalidade, o que lhes permite evitar atitudes negativas e comportamentos de etnocentrismo, ajudando assim a mulher/casal numa situação de transição para a parentalidade, já que a falta de respeito pela cultura pode originar um choque cultural.
- Adesão ao regime Terapêutico na Doença Crónica: Revisão da LiteraturaPublication . Dias, António Madureira; Cunha, Madalena; Santos, Alexandra Margarida Marques dos; Neves, Ana Patrícia Gandra; Pinto, Andreia Filipa Coimbra; Silva, Andreia Sofia Anjos; Castro, Sónia ArmindoNa actualidade, uma percentagem significativa da população mundial depara-se com a necessidade de tomar medicação e de adoptar medidas para controlar e tratar, tanto as patologias agudas como as crónicas. Os doentes portadores de patologia crónica são os que menos aderem à terapêutica. Estima-se que, nos países desenvolvidos, apenas 50% dos doentes crónicos cumprem o tratamento acordado com o profissional de saúde, condicionando a economia, o bem-estar e a qualidade de vida da sociedade. A compreensão deste fenómeno implica tomar conhecimento dos vários modelos conceptuais existentes, bem como analisar os seus pressupostos teóricos. É de capital interesse conhecer os factores que influenciam a adesão, percebendo a associação estabelecida entre variáveis internas e externas ao doente, assim como as variáveis relacionais. Desta forma, poder-se-ão delinear estratégias que promovam a adesão ao regime terapêutico, quer a nível educacional, quer comportamental, ou conjugando as duas dimensões. Na avaliação da adesão terapêutica poder-se-á recorrer a métodos directos e indirectos, sendo os directos mais fidedignos, mas menos utilizados devido ao seu elevado custo.
- Motivação para o Aleitamento Materno: Variáveis IntervenientesPublication . Ferreira, Manuela; Nelas, Paula; Duarte, JoãoEnquadramento: A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza o aleitamento Materno (AM) exclusivo até aos 6 meses e, a partir desta idade, a introdução oportuna de alimentos complementares adequados e seguros em termos nutricionais, enquanto se continua a amamentar durante um período de dois anos ou mais que, no puerpério, o estado emocional da mãe e outras condições psicológicas, incluindo a própria personalidade pode levá- la a desistir do aleitamento materno, e/ou a sentir-se pouco motivada para amamentar. Objectivos: Assim, o objectivo do nosso estudo é analisar a relação entre os traços de personalidade e a motivação para o AM nas puérperas Metodo: O estudo realizado é de natureza quantitativa, não experimental, transversal e descritivo. Foi aplicado um questionário a 144 puérperas, no dia da alta médica (após 48horas), constituído pela caracterização sócio – demográfica e obstétrica, e por duas escalas, a Escala de Motivação para Amamentação (EMA) de Nelas, Ferreira & Duarte. (2008), para avaliar a motivação para a amamentar e a Escala de Avaliação de Sintomas (SCL-90) de Degoratis (1977), para avaliar os traços de personalidade materna. Resultados: Os resultados sugerem que são as mulheres mais velhas (70,8%), com maior grau de escolaridade (50%) e que já tiveram experiências anteriores agradáveis (61,8%), que se encontram mais motivadas para o aleitamento materno (AM). Relativamente à nossa variável independente, a hostilidade é o traço de personalidade materna que possui maior valor preditor na dimensão cognitiva (p=0,063), psicossocial (p=0,184) e motivação total (p=0,088); na dimensão fisiológica é a somatização (p=0,115). Conclusão: Este estudo sugere-nos que o traço de personalidade que influencia a motivação para o AM foi a hostilidade com valores preditores superiores.