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- Adaptação ao curso, perspetivas de desenvolvimento de carreira durante o curso e satisfação profissional atualPublication . Pereira, Andressa Maria Cartaxo; Silva, Daniel MarquesEnquadramento: É expectável que estudantes satisfeitos com o curso venham a ter gosto e uma boa aceitação da profissão. Durante o curso de enfermagem, alguns estudantes já têm uma percepção do que é ser enfermeiro. Esta percepção é construída e influenciada por diversos factores, quer na teoria quer nos estágios em contato com a realidade profissional onde tomam consciência dos diferentes papeis que o enfermeiro desenvolve. A realidade no exercício da profissão pode não corresponder ao esperado e mais cedo ou mais tarde influenciar a (in)satisfação com a profissão. Objetivos: Avaliar a influência da satisfação com o curso, da adaptação ao curso e das perspectivas profissionais durante o curso de enfermagem, na satisfação actual com a profissão; identificar algumas variáveis sociodemográficas e profissionais que a influenciam a satisfação profissional atual dos enfermeiros. Material e métodos: Estudo transversal, exploratório descritivo e correlacional, com uma abordagem quantitativa. Aplicamos um questionário numa amostra de 62 enfermeiros de Maceió, Alagoas, Brasil. Resultados: A maioria são género feminino, com média de 38,39 anos, trabalha em hospitais, têm mais de um emprego e 71% trabalham mais de 42h/semana. A maioria dos enfermeiros ficou satisfeito com o curso (98,4%) e tiveram uma boa adaptação (71%) e referiram ter uma boa perspetiva de realização profissional durante o curso (98,4%). Encontramos 74,2% de enfermeiros satisfeitos com a profissão e 25,8% estão insatisfeitos por questões relacionadas com o salário (98,4%), sobrecarga de trabalho (67,7%) e não valorização e progressão na carreira (64,5%). Globalmente são as mulheres, o grupo etário de ≥ 42 anos, os que têm mais tempo de exercício profissional e maior carga horária semanal que apresentam valores de menor satisfação. Os que apresentaram melhor adaptação ao curso e os que manifestaram melhor satisfação com o curso são os que se encontram mais satisfeitos com a profissão. Verificamos contudo que a relação entre a satisfação profissional global atual e as variáveis adaptação ao curso e a variável satisfação com o curso não são estatisticamente significativas. Conclusões: Os enfermeiros tiveram uma boa adaptação e ficaram satisfeitos com o curso e tinham boas perspectivas de realização profissional. A maioria está satisfeita com a profissão. A satisfação com o curso e a adaptação ao curso influenciam a satisfação profissional mas de forma não estatisticamente significativa. As dimensões de maior satisfação foram a natureza do trabalho, a responsabilidade e o relacionamento com os colegas e chefia. Palavras chave: Estudantes; adaptação ao curso; enfermeiros; satisfação profissional.
- Eletrocardiograma no pré-hospitalar : importância para a identificação precoce de enfarte agudo do miocárdioPublication . Seabra, Catarina Sofia Pereira Vasconcelos; Pereira, Carlos Manuel Figueiredo; Dias, António MadureiraEnquadramento – Várias guidelines recomendam que a rapidez na avaliação e orientação dos doentes que se apresentam com dor torácica melhora o seu prognóstico e fixam como tempo alvo do primeiro contacto médico ao ECG 10 minutos. O EAMCSST é uma patologia com grande mortalidade e morbilidade em que a terapêutica é mais eficaz se for instituída o mais precocemente após o início dos sintomas, sendo o tempo alvo desde o primeiro contacto médico até ao tratamento de reperfusão, até 30 minutos. Objetivos – Verificar qual a importância da realização do ECG no pré-hospitalar para a identificação precoce de EAMCSST. Métodos – Foi realizada uma revisão sistemática da literatura sobre a importância da realização do ECG no pré-hospitalar para a identificação precoce de EAMCSST. Efetuou-se uma pesquisa na PUBMED, The Cochrane Library, Scielo e Google Académico de estudos publicados entre 1 de janeiro de 2009 a abril de 2015, partindo dos critérios de inclusão previamente definidos, os estudos selecionados foram posteriormente avaliados. Através da aplicação da “Grelha para avaliação crítica de um artigo descrevendo um ensaio clínico prospetivo, aleatorizado e controlado” (Bugalho & Carneiro, 2004; Carneiro, 2008) aos estudos incluídos, verificou-se que só dois dos estudos poderiam ser considerados de qualidade, tendo obtido uma classificação final igual ou superior a 75%. Esta apreciação foi validada aquando da avaliação do risco de viés através do instrumento do Cochrane Handbook. Resultados: O presente trabalho permitiu verificar que é atribuída importância à realização do ECG no pré-hospitalar para a identificação precoce de EAMCSST, resultando na ativação precoce da equipa de hemodinâmica, o que se institui como uma estratégia importante para a redução do tempo decorrido entre a entrada no hospital até ao tratamento definitivo, com evidências de impacte na redução da mortalidade. Conclusão: Os resultados apontam para o facto de a realização do ECG no pré-hospitalar conduzir a um diagnóstico e tratamento mais precoce no EAMCSST. Palavras-chave: Enfarte Agudo do Miocárdio, Enfarte Agudo do Miocárdio com Supra-ST, ECG, Pré-Hospitalar.
- Lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho em enfermeiros : prevalência e fatores determinantesPublication . Cordeiro, Ana Rita Góis; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: O enfermeiro especialista em reabilitação é o profissional que, devido às suas competências e conhecimentos, poderá conceber planos, prescrever intervenções e evitar incapacidades resultantes das lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho (LMELT) junto dos seus pares. Assim, o presente estudo centrou-se em caracterizar a prevalência de ocorrência de LMELT nos enfermeiros, de acordo com a sua natureza institucional de prestação de cuidados, e ainda analisar quais os determinantes associados à prevalência de LMELT na classe de enfermagem, por forma a dar fundamento à intervenção multifacetada do enfermeiro especialista em reabilitação. Métodos: Conceptualizamos um estudo de natureza quantitativa, de tipologia transversal e descritivo-correlacional, com recurso a uma amostra não probabilistica, por conveniência, constituida por 180 enfermeiros, 73,3% sexo feminino, 67% casados e com média de idades de 37,42 anos (dp=8,84). Como instrumento de colheita de dados utilizou-se um questionário de autopreenchimento, com a incorporação de uma ficha de caracterização sociodemográfica, familiar, laboral, comportamental e clínica e um referencial de mensuração da perceção do risco ocorrência de LMELT com base na adaptação do Questionário Nórdico Músculo- Esquelético (QNM). Resultados: A prevalência das LMELT nos enfermeiros não apresenta diferenças estatísticas significativas relativamente à natureza institucional. Contudo o número de problemas músculo-esqueléticos é superior nos enfermeiros que exercem funções no público, em comparação com os que exercem funções no privado, com diferenças significativas para os problemas experienciados nos últimos 12 meses, 3,6 (dp=2,21) vs. 2,54 (dp= 2,26). Similarmente não se verificam associações significativas entre as variáveis em estudo e o desenvolvimento da LMELT. Todavia verifica-se uma proporção superior de LMELT nos indivíduos do sexo feminino, com idades superiores a 35 anos, casados ou em união de fato, com o grau de licenciatura e com familiares a cargo, com aumento do IMC e antecedentes de saúde, a contrato de trabalho, com tempos profissionais superiores a 5 anos, horário fixo e carga horária superior a 35 horas. Contudo, quem apresenta conhecimento da perceção do risco de desenvolvimento de LMELT e uso de equipamentos nos serviços como tábuas transferência, entre outros, apresenta proporções menores da LMELT. Conclusão: Estes resultados apontam para a necessidade de desenvolver novas estratégias na prevenção de LMELT, onde a intervenção do enfermeiro de reabilitação em articulação com as equipas muldisciplinares deve ser fundamental. Palavras-chave: lesões; trabalho; enfermeiros; prevalência; risco; natureza institucional.