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Abstract(s)
Este trabalho teve por objetivo a avaliação da biomassa de Paulownia enquanto
combustível na forma peletizada, na perspetiva do desempenho energético e ambiental
duma caldeira doméstica. Os resultados foram comparados com péletes de Pinho
comerciais e certificados pela norma ENplus. A Paulownia é uma espécie de crescimento
rápido, originária da China e resistente numa gama alargada de condições climáticas. A
espécie utilizada foi a Cotevisa 2, que é uma espécie híbrida interespecífica e não invasora,
produzida em Espanha a partir de Paulownia elongata x Paulownia fortunei. O poder
calorífico da biomassa de Paulownia apresenta valores idênticos aos de outras espécies de
biomassa, como o Pinho, mas o seu teor reduzido de poluentes torna-a num alvo de estudo
de interesse.
Após o corte dos troncos de Paulownia em pedaços mais pequenos, procedeu-se à secagem
numa estufa solar e noutra elétrica, seguindo-se o destroçamento e, por fim, a peletização.
Foram efetuadas análises às amostras, no sentido de determinar o teor de humidade. Os
péletes produzidos apresentaram um valor médio de teor de humidade de 6,3% na base
húmida. Foram realizados ensaios de qualidade aos péletes para permitir uma comparação
com os péletes de Pinho.
Procedeu-se, então, à combustão dos péletes de Paulownia e de Pinho com os parâmetros
de operação indicados pelo fabricante da caldeira, em três cargas térmicas diferentes:
mínima, média e máxima. Foram obtidos os dados que permitiram calcular a rendimento
térmico e, simultaneamente, foram monitorizadas as emissões de poluentes em cada uma
das cargas. Verificou-se que o caudal mássico tem grande influência no rendimento da
caldeira, sendo este superior na Paulownia; no entanto, nenhuma das espécies cumpre o
requisito mínimo exigido pela norma de referência. Relativamente às emissões de CO, tanto
os péletes de Paulownia como os Pinho apresentaram uma tendência decrescente entre a
carga mínima e a máxima, embora menos acentuada na máxima no que diz respeito aos de
Paulownia. As emissões de NOx de Paulownia foram bastante superiores às de Pinho,
mostrando serem mais dependentes do teor de azoto da amostra e não tanto das
condições de operação da caldeira.
No sentido de melhorar o valor do rendimento térmico, refizeram-se ensaios com valores
inferiores de excesso de ar e, posteriormente, isolou-se, termicamente, a caldeira. Verificouse
um aumento muito significativo do rendimento em todas as cargas, neste caso,
respeitando a norma. O efeito isolado da redução do excesso de ar mostrou provocar um
aumento acentuado do valor de rendimento, acompanhado por uma redução de emissões
de CO; no entanto, após a aplicação do isolamento obteve-se um ligeiro aumento do
rendimento mas à custa de emissões elevadas de CO.
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Keywords
Biomassa de Paulownia Bioenergia Tecnologias de conversão Combustão Paletização