Unidade de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria (UESMP)
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Browsing Unidade de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria (UESMP) by advisor "Cruz, Carla Maria Viegas e Melo"
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- Perturbações psicopatológicas no cuidador informal do doente mentalPublication . Correia, Isabel de Fátima Gomes; Cruz, Carla Maria Viegas e Melo; Duarte, João CarvalhoContextualização: Assume grande relevância para a prática profissional conhecer-se os fatores que interferem nas perturbações psicopatológicas do cuidador informal do doente mental, dado que esta é uma área pouco explorada. Como tal, objetivou-se: analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas do cuidador informal e as perturbações psicopatológicas do cuidador informal; analisar a relação entre a sobrecarga e a personalidade do cuidador informal com as perturbações psicopatológicas do cuidador informal; avaliar a influência das variáveis sociodemográficas do doente mental sobre as perturbações psicopatológicas no cuidador informal. Métodos: Realizou-se um estudo transversal, descritivo correlacional, de natureza quantitativa, no qual participaram 100 cuidadores informais de doentes mentais, dos quais a maioria é do sexo feminino, com idades mínimas de 20 anos e máximas de 80 anos. Para a mensuração das variáveis utilizaram-se instrumentos de medida, de reconhecida fiabilidade, aferidos e validados para a população portuguesa: Escala de Ansiedade, Depressão e Stresse (EADS-21), a Escala de Sobrecarga do Cuidador Informal e o Inventário de Personalidade de Eysenck (EPI). Resultados: Constatou-se a existência de diferenças estatisticamente significativas na relação entre a situação laboral com a sobrecarga do cuidador; houve influência do tempo que presta cuidados e a sobrecarga, nomeadamente em relação ao impacto na prestação de cuidados; o homem, regra geral, está muito mais dependente de prestação de cuidados que a mulher; inferiu-se que os cuidadores apresentam índices mais elevados de depressão ansiedade e stresse quando cuidam de pessoas dependentes do sexo masculino; os participantes com traços de neuroticismo são sobretudo os do sexo feminino; as mulheres apresentaram índices médios mais elevados condizentes com maiores níveis de estado depressivo, ansiedade stresse, do que os homens; os participantes com idade entre os 47 e os 57 anos foram os que apresentaram índices mais elevados de depressão, ansiedade e stresse; registaramse maiores níveis de depressão, ansiedade e stresse nos prestadores de cuidados que prestam cuidados às pessoas dependentes mais jovens. Conclusão: Cuidar do doente mental, conforme demonstram os resultados apresentados, tem repercussões negativas em termos de sobrecarga, stresse, ansiedade e depressão.
- Terapia de reminiscências : projecto de investigaçãoPublication . Marques, Adriana Isabel Sousa; Cruz, Carla Maria Viegas e MeloIntrodução: A Terapia de Reminiscências tem apresentado resultados notáveis enquanto estratégia terapêutica no tratamento de doenças do foro psiquiátrico, nomeadamente na depressão. Não existindo um protocolo na área das reminiscências no sector Feminino do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, E.P.E., propomos a realização de um projeto. Ao realizarmos um projeto nesta área é nosso objetivo principal implementar a Terapia de Reminiscências, como modalidade de intervenção psicoterapêutica, direcionada para os doentes com patologia mental internados no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental. Metodologia: O trabalho de projeto, através da pesquisa, análise e resolução de problemas reais do contexto de trabalho, promove uma prática fundamentada e baseada na evidência contribuindo, neste caso particular, para o aumento da qualidade dos cuidados. Para a implementação desta terapia, reunimos os componentes mais importantes da Terapia de Reminiscências, propostos por vários autores, e projetámo-los num único modelo. Ao longo do estudo procedemos à reflexão crítica sobre os estímulos, os modos, os contextos, os moderadores, as funções, os objetivos e os resultados desta psicoterapia. Listam-se aquelas que se consideram ser as principais limitações da Terapia de Reminiscências, nomeadamente a ausência de modelos estruturados de intervenção e delineamento experimental deficitário. Para preencher as lacunas referentes a estratégias intencionais de aplicação e avaliação da terapia, construímos um protocolo que orientará a sua aplicação no mencionado serviço hospitalar adotando o protocolo desenvolvido por Serrano (2005), adaptado por Gonçalves (2006), direcionado ao idoso com sintomatologia depressiva, através da estimulação da memoria autobiográfica. Iremos descrever a implementação do projeto no serviço, indagando, sobre as diferentes etapas: Diagnóstico de situação;Definição dos objetivos;Planeamento;Execução e Avaliação;Divulgação dos resultados. Conclusões: A implementação deste projeto visa a satisfação das necessidades identificadas, resolvendo ou minimizando problemas de saúde, otimizando a eficácia dos serviços prestados, com consequentes ganhos em saúde, através de estratégias como: a promoção da adaptação a transições de vida, da autoestima e da auto-percepção de saúde, do bem-estar e da satisfação de vida, estimulação cognitiva de doentes com demência e diminuição da sintomatologia depressiva. Palavras-chave: terapia de reminiscências, memória autobiográfica, projeto de intervenção.