Unidade de Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria (UESMP)
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- Adesão terapêutica numa mulher com depressão major: perspetiva da doentePublication . Figueiredo, Maria Lurdes Monteiro; Cruz, Carla Maria Viegas Melo, orient.Adesão Terapêutica numa Mulher com Depressão Major: Perspetiva da Doente. Introdução: A depressão encontra-se reconhecida no Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016: Resumo Executivo como um problema primordial de saúde pública; é a principal causa de incapacidades e a segunda causa de perda de anos de vida saudáveis entre as 107 doenças e problemas de saúde mais relevantes. A mulher sofre mais de depressão do que o homem numa proporção de 2:1, tendendo para a cronicidade em cerca de 20% dos casos, por ineficácia do tratamento ou fraca adesão à terapêutica, sendo a adoção de estratégias, crucial para minimizar este problema. Face a esta problemática da adesão à terapêutica, decidimos: Identificar fatores que influenciam o comportamento de adesão da doente ao regime terapêutico, conhecer a influência das estratégias usadas pelos profissionais de saúde no comportamento de adesão da doente ao regime terapêutico, conhecer a influência das estratégias utilizadas pela doente para aderir ao regime terapêutico. Metodologia: Ao desejarmos saber se “a mulher com depressão major adere ao regime terapêutico instituído”, optamos pela realização de um estudo qualitativo, fenomenológico e descritivo: estudo de caso, recorrendo-se a um questionário para caracterização sócio demográfica, à história clinica psiquiátrica e ao exame do estado mental, e entrevista semiestruturada, aplicados à participante do estudo. Resultados: Foram identificados fatores influenciadores do comportamento de adesão ao regime terapêutico: fatores económicos, sociais e culturais; fatores relacionados com os serviços e com os profissionais de saúde; fatores relacionados com o tratamento. As estratégias usadas pela doente: os memorandos, e pelo profissional de saúde: estratégias comportamentais e educacionais. Conclusões: A doente apresenta um comportamento de não adesão ao regime terapêutico instituído. Os fatores económicos, sociais e culturais, os fatores relacionados com os serviços de saúde e com os tratamentos, são preditores de não adesão. Os fatores relacionados com os profissionais de saúde são preditores de comportamento de adesão mas não perpetuadores desse mesmo comportamento. As estratégias usadas pela participante do estudo para aderir ao regime terapêutico são preditores de adesão mas, à semelhança dos fatores relacionados com os profissionais de saúde, também não são perpetuadoras desse comportamento. As estratégias usadas pelos profissionais de saúde, são preditoras de adesão ao regime terapêutico mas, à semelhança das usadas pela doente também não são perpetuadoras desse mesmo comportamento. Palavras-Chave: Depressão major, adesão terapêutica, mulher, fatores influenciadores e estratégias.
- Alcoolismo juvenilPublication . Cabral, Lidia do RosárioActualmente, o abuso do álcool tem alcançado proporções massivas, tanto em países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento, e está associado a uma série de consequências adversas, das quais o alcoolismo é apenas uma pequena parte, ainda que seja a de maior relevância do ponto de vista clínico. O problema do alcoolismo transformou-se sem dúvida, num dos fenómenos sociais mais generalizados das últimas décadas. Não há dúvida que “sans alcool, pas d’alcoolismo” (LEGRDIN cit in MELLO et al, 1988, p. 16), sendo portanto o tóxico “etanol” o agente da doença alcoólica. Todavia não podemos ignorar que existem factores individuais relacionados com o meio, que condicionam o consumo excessivo de álcool, levando ou não, à dependência, ao fim de algum tempo. Surge assim uma tríade Agente/Indivíduo/Meio que está na origem de todo este fenómeno de alcoolismo. CORREIA (2002) afirma que as bebidas destiladas ganham cada vez mais adeptos na camada jovem. Para compreender e reflectir acerca desta problemática, encontramo-nos motivados a partilhar algumas preocupações e tentar ser agentes de mudanças de comportamentos dos nossos jovens.
- Ansiedade nos estudantes do ensino superior. Um Estudo com Estudantes do 4º Ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem da Escola Superior de Saúde de ViseuPublication . Cruz, Carla; Pinto, José; Almeida, Mariline; Aleluia, SoraiaIntrodução: A ansiedade é uma experiencia emocional em função da previsão de situações futuras ou em presença de situações consideradas como desagradáveis para o individuo. Ao longo do percurso académico o estudante é confrontado com situações geradoras de pressão psicológica e ansiedade. Como estudantes do Ensino Superior, decidimos avaliar o nível de Ansiedade dos estudantes do 4º ano do Curso de Licenciatura em Enfermagem e Identificar algumas variáveis que influenciam o comportamento ansioso. Material/Métodos: Inventário Clínico de Auto-Conceito (Vaz Serra, 1985); Inventário de Ansiedade Traço-Estado – IDATE (Spielberg et al, 1970), traduzido e validado por (Biaggio e Natalício, 1979). Estudo quantitativo, descritivo-correlacional, retrospectivo. A amostra é constituída por 107 estudantes, com idades compreendidas entre os 20 e 26 anos, do 4º ano da Escola Superior de Saúde de Viseu. Resultados: Os scores de IDATE variam entre 21 e 80 (χ = 41.7; s = 11.9) para a ansiedade - estado e entre 23 e 65 (χ = 40.8; s = 9.8 ) para a ansiedade – traço. O auto conceito associou-se com a Ansiedade (A-Estado: r= 0.375 p=0.000 e A-Traço: r=0.425 p=0.000) inferindo-se que quanto menor o auto conceito maior é a ansiedade. Considerou-se a existência de uma associação significativa entre ansiedade e apresentação oral de trabalhos; dias anteriores a frequência; dia da frequência e duração de ensinos clínicos. A associação entre expectativas futuras e ansiedade revelou-se significativa no que concerne: exercer a profissão logo após a finalização do curso; o curso possibilitar a realização profissional e por fim concretizar os objectivos a curto prazo. Conclusões: O estudo permitiu concluir que 52.3% dos estudantes de Enfermagem se encontram no nível II de ansiedade (moderado), tanto para a ansiedade – estado como para a ansiedade – traço e 27.1% no nível I (baixo) e possuem valores de auto-conceito, superiores á media (76.0).
- Ansiedade, depressão e stresse no familiar cuidador do doente mentalPublication . Santos, Carlos Manuel Nogueira Martins; Cabral, Lídia do RosárioEnquadramento: As atuais orientações políticas sobre a saúde, particularmente sobre a saúde mental vão no sentido de se manterem os doentes mentais na comunidade, enfatizando a necessidade do desenvolvimento dos suportes sociais naturais, onde se incluem as famílias, emergindo daqui o papel do familiar cuidador. Objetivos: Identificar variáveis sociodemográficas que influenciam a ansiedade, depressão e stresse do cuidador informal do doente mental; determinar a influência de variáveis de contexto familiar sobre a ansiedade, depressão e stresse do cuidador; analisar a relação entre o suporte social e sobrecarga do cuidador com a ansiedade, depressão e stresse do cuidador informal. Material e Métodos: Realizamos um estudo transversal, descritivo-correlacional, tendo, participado 104 cuidadores, a maioria do sexo feminino (62,5%), com idades entre 22 a 77 anos média de 52,03 anos. Utilizaram-se como instrumentos, a: Escala Apgar Familiar; Escala Satisfação com Suporte Social (ESSS); Escala Sobrecarga do Cuidador (ESC); Escalas Ansiedade, Depressão e Stresse (EADS-21). Resultados: Constatamos que o género feminino apresenta índices mais elevados (p<0.05) de ansiedade, depressão e stresse; os participantes com 1º, 2ºe 3º ciclos de escolaridade possuem mais ansiedade que os do ensino superior e secundário (p=0,001); cuidadores que vivem em meio rural apresentam maiores níveis de depressão (p=0,044) e stresse (p=0,041); os que percecionam famílias com disfunções acentuadas apresentam maiores níveis de depressão (p=0,001) e stresse (p=0,000); quanto maior a sobrecarga maiores os níveis de ansiedade (p=0,002), depressão e stresse (p=0,000). Conclusões: Face aos resultados é necessário desenvolver estratégias de intervenção local e comunitária para a promoção da saúde mental e prevenção da doença mental. Palavras- chave: Saúde Mental; Cuidador Informal; Ansiedade; Depressão; Stresse.
- Are Consumers Aware of Sustainability Aspects Related to Edible Insects? Results from a Study Involving 14 CountriesPublication . Guiné, Raquel P. F.; Florença, Sofia De Guiné E; Anjos, Ofélia; Boustani, Nada M.; Chuck-Hernández, Cristina; Sarić, Marijana Matek; Ferreira, Manuela; Costa, Cristina Amaro Da; Bartkiene, Elena; Cardoso, Ana Paula; Tarcea, Monica; Correia, Paula; Campos, Sofia; Papageorgiou, Maria; Camino, Daniel Abarquero; Korzeniowska, Malgorzata; Černelič-Bizjak, Maša; Kruma, Zanda; Damarli, Emel; Ferreira, Vanessa; Djekic, IlijaIn recent years, edible insects have been suggested as an alternative food that is more sustainable compared with other sources of animal protein. However, knowledge about the sustainability aspects associated with this source of food may play a role in convincing consumers to adopt insects as part of their diet. In this context, the present study investigated the level of knowledge about the sustainability of edible insects in a group of people originating from 14 countries, with some naturally entomophagous and others not. To measure the knowledge, 11 items were selected and the scores obtained were tested with statistical tools (t-test for independent samples, analysis of variance—ANOVA) to search for differences according to sociodemographic and socioeconomic characteristics, geographical origin, and consumption habits of edible insects. The obtained results showed that, in general, knowledge is moderate, with the values of the average scores for the 11 items investigated ranging from 0.23 ± 0.99 to 0.66 ± 1.02, on a scale ranging from –2 (=very low knowledge) to 2 (=very high knowledge). The highest scores were found for items relating to the lower use of animal feed and lower emission of greenhouse gases required for the production of insects compared with beef. When investigating the differences between groups of participants, significant differences were generally found, revealing a trend for higher knowledge among males and young adults, for participants residing in urban areas and in countries such as Spain, Mexico, and Poland, and for participants with higher education levels and higher incomes. When testing the influence of consumption variables on the level of knowledge, the results showed a higher knowledge for participants who had already consumed insects or are willing to consume them. Finally, it was observed that higher knowledge was found for participants whose motivation to consume insects related to curiosity, a wish to preserve the planet, the gastronomic characteristics of insects, and their nutritional value. In conclusion, these results clearly indicate a very marked influence of a number of variables on the knowledge about the sustainability of edible insects, and this may be helpful to delineate strategies to effectively raise knowledge and eventually increase the willingness to consider insects as a more sustainable alternative to partially replace other protein foods, even in countries where this is a not a traditional practice.
- As atitudes dos enfermeiros perante o doente alcóolicoPublication . Almeida, Elisa Conceição; Cruz, Carla Maria Viegas Melo, orient.INTRODUÇÃO: O alcoolismo é considerado um grave problema de saúde pública em todo mundo e Portugal não é exceção, afetando tanto o individuo, como a sua família e a sociedade em geral. As atitudes do enfermeiro perante o doente alcoólico, são elementos importantes e preditivos do tipo de cuidados prestados. OBJECTIVOS: Compreender as atitudes dos enfermeiros perante o doente alcoólico; descrever a perceção e opinião dos enfermeiros em relação ao doente alcoólico e compreender como os enfermeiros desenvolvem o seu trabalhar e se relaciona com o doente alcoólico. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo quantitativo, descritivo-correlacional, transversal e exploratório, envolvendo uma amostra de 15 enfermeiros CSP (Centro de Saúde de Mirandela I), com idade média 42 anos e desvio padrão7,2 e 8 enfermeiros dos Cuidados Secundários (Serviço B3, internamento dos doentes agudos, Hospital de Magalhães Lemos), com idade média 30 anos e desvio padrão3,8. Colheita de dados efetuada através de questionário parte I: descrição dos fatores sócio-demográficos e profissionais e parte II: avaliação das atitudes (adaptado da “Escala de Atitudes Frente ao Álcool, Alcoolismo e Alcoólico”; VARGAS e LUIS 2008). RESULTADOS: 85,7% os enfermeiros dos cuidados de saúde secundários deram respostas de atitudes positivas, 87,5% responderam ter experiencia profissional com alcoólicos e 75% têm formação em alcoologia. CONCLUSÕES: os enfermeiros dos cuidados de saúde secundários, demonstram atitudes mais positivas perante o doente alcoólico; têm mais formação em alcoologia e maior experiencia com doentes alcoólicos, comparados com os enfermeiros dos CSP. PALAVRAS-CHAVE: Doente Alcoólico; Enfermeiros; Atitudes.
- Attachment patterns and suicidal behaviours on higher education studentsPublication . Gonçalves, Amadeu; Duarte, João; Sequeira, Carlos; Cabral, Lídia; Freitas, PaulaIntroduction: Every individual has a necessity to establish affective relationships throughout life in order to feel comfort and support. This need is called attachment and allows the human being to explore the world, acquiring knowledge about himself and everyone else(1) There are several changes that occur on students’ lives when enrolling and attending university, a period that is known to include a set of situational and academic transitions which might lead to mental health problems, and thus making students more vulnerable and more prone to develop suicidal behaviours. Objectives: To determine the prevalence of suicidal ideation on higher education students and to assess its relationship with attachment patterns. Methods: Quantitative, descriptive and correlational study, applied on a sample of 1074 students from a Portuguese higher education institution. Data collection was possible through an online platform that included a survey with questions regarding sociodemographical and academic profiling, the Portuguese version of the Adult Attachment Scale (EVA)(2) and the Suicidal Ideation Questionnaire(3) Results: Students’ age varies between the 17 and 49 ( = 23,9 years old ± 6,107 Sd), the vast majority (64.7%) are females. Results show that the presence/severity of suicidal thoughts is low ( = 13.84; ± 20.29 Sd) on a scale from 0 to 180 and cut-off point > 41 for values that suggest potential suicidal risk, and based on that, 84 students were identified (7,8%). We verified significant relationships between suicidal ideation and anxiety and attachment (r=0.314 p=0.000). Conclusions: Although there is not a high prevalence of suicidal ideation on students, we found 84 students in our sample (7,8%) that reveal a potential risk for suicide. The results also show that young students with safe attachment patterns display less suicidal ideation. Safe attachment patterns are essential on interpersonal and social relationships and play an important role during the academic period. We cannot be indifferent towards this issue due to its individual, familiar and social repercussions. Every higher education institution should then establish student support offices and develop mental health promotion programs as well as suicide prevention campaigns.
- Auto-regulação e consumo de álcool em adolescentes do distrito de ViseuPublication . Valente, Gonçalo André Almeida; Cabral, Lídia Rosário, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A adolescência caracteriza-se por ser uma etapa do ciclo vital onde o desejo de experimentação e de exploração de novas sensações conduz muitos adolescentes à iniciação no consumo de álcool, com consequências nefastas para a saúde do jovem. O comportamento auto-regulado em saúde compreende o controlo das necessidades mais imediatas (controlo de impulsos) e a mobilização de pensamentos, sentimentos e comportamentos para objectivos de saúde a longo prazo. Objectivos: Analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas, de contexto escolar, estilos de vida, envolvimento e expectativas face ao álcool e variáveis psicológicas (autoestima e autoconceito) com as competências de auto-regulação em adolescentes do ensino secundário do distrito de Viseu. Métodos: Recorreu-se a um modelo de investigação quantitativo, transversal, analítico, descritiva e correlacional. Participaram 971 estudantes do ensino secundário público e cooperativo. O protocolo de avaliação inclui o questionário sociodemográfico, a Escala de Envolvimento com o Álcool para Adolescentes de Mayer & Filstead (1979) adaptada por Fonte & Alves (1999), o Questionário Reduzido de Auto-regulação (Carey, Neal & Collins, 2004 adaptado por Castillo & Dias, 2009), o Questionário de Expectativas face ao Álcool para Adolescentes (Pilatti, Godoy & Brussino, 2010), a Escala de Auto-Estima de Rosenberg (Romano, Negreiro & Martins, 2007), o Inventário Clínico do Autoconceito (Vaz Serra, 1984) e dados sociodemográficos, escolares e estilos de vida. Resultados: Os estudantes com idades compreendidas entre os 14 – 21 anos, na sua maioria rapazes (50,80%), com idade igual ou inferior a 16 anos (43,40%), residentes em meio rural (66,40%), em coabitação com os pais (77,30%) e inseridos em agregados familiares com um rendimento médio mensal médio alto ou alto (56,70%). Revelaram-se bebedores habituais sem problemas (75,30%), com elevadas expectativas face ao álcool (45,10%), boa auto-estima (47,40%) e com um bom autoconceito (45,30%). A autoregulação (total) foi influenciada pelo envolvimento com o álcool, expectativas face ao álcool, auto-estima negativa e duas das dimensões do autoconceito (maturidade psicológica e impulsividade/actividade). Conclusão: O desenvolvimento de competências de auto-regulação revela-se um investimento em saúde uma vez que, o adolescente com um comportamento auto-regulado assume estilos de vida mais saudáveis, revelando um menor envolvimento com o álcool. Palavras-chave: Adolescência, Álcool, Auto-regulação, Expectativas face ao Álcool, Autoestima e Autoconceito.
- Benefícios do programa de mentoria para a população estudantil do Instituto Politécnico de ViseuPublication . Marques Dos Santos, Paula; Coelho, Inês; Lopes, Mariana; Rodrigues, Mariana; Alves, Ana Berta; Campos, Sofia; Coutinho, EmíliaO presente trabalho de investigação, subordinado ao tema “Benefícios do Programa de Mentoria para a População Estudantil do Instituto Politécnico de Viseu”, tem como finalidade contribuir para melhorar as práticas inclusivas nessa instituição de ensino superior (IES). A implementação dos princípios da educa-ção inclusiva no ensino superior é um desafio à própria instituição, professores e estudantes, o que pode ser concretizado na implementação de Programas de Mentoria.
- Burnout nos enfermeiros da Unidade de Desabituação de CoimbraPublication . Correia, Vasco Manuel Cunha; Cruz, Carla Maria Viegas Melo, orient.As profissões que implicam a prestação de cuidados a pessoas em situação de fragilidade física e emocional, exigem um investimento emocional elevado por parte dos profissionais. Este fato faz com que o burnout seja alvo de destaque nas profissões que implicam o estabelecimento da Relação de Ajuda, sendo um importante indicador da saúde mental dos profissionais. Na enfermagem o burnout pode surgir como consequência da relação enfermeiro/utente. Neste sentido, foi nosso objetivo avaliar os níveis de burnout dos enfermeiros da Unidade de Desabituação de Coimbra (UDC) do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), Instituto Público (IP), assim como avaliar a sua relação com as características sociodemográficas, profissionais e individuais. Com este propósito foram aplicados questionários a todos os enfermeiros da UDC do IDT, IP. O instrumento de medida utilizado para avaliar o burnout foi o Copenhagen Burnout Inventory (CBI), composto por três subescalas que avaliam o burnout pessoal, o burnout relacionado com o trabalho e o burnout relacionado com o cliente, validado para a população portuguesa por Fonte (2011). A amostra compreende oito enfermeiros com uma média de idade de 33 anos. Os resultados sugerem que os enfermeiros da UDC apresentam níveis elevados de burnout, sendo que é ao nível do burnout relacionado com o cliente que estes valores são mais manifestos. Relativamente à relação do burnout com as variáveis sociodemográficas, profissionais e individuais não se verificou evidência estatisticamente significativa. Estes resultados têm implicações ao nível da compreensão do fenómeno burnout pois sugerem que é ao nível da relação enfermeiro/utente que se verificam níveis mais elevados de burnout. Estes resultados salientam a necessidade de se estabelecer relações de confiança e parceria com os utentes e aumentar o insight sobre os próprios problemas\dificuldades dos enfermeiros, juntamente com a capacidade de encontrar novas vias de resolução de forma a promover a saúde mental destes profissionais. Palavras-chave: Burnout; Enfermeiros; Saúde Mental.