Unidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica (UEMC)
Permanent URI for this community
Browse
Browsing Unidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica (UEMC) by advisor "Albuquerque, Carlos Manuel Sousa"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Capacidade funcional em utentes com espondilite anquilosantePublication . Marques, Sónia Alexandra Lima; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: A Espondilite Anquilosante (EA), é uma doença inflamatória osteoarticular crónica e sistémica de etiologia desconhecida, que, clinicamente se carateriza por um acometimento progressivo das articulações sacroilíacas e esqueleto axial, resultando em imobilidade e rigidez articular. A perda progressiva da Capacidade Funcional aleada á marcada sintomatologia, levam a que o portador desta patologia, vá diminuindo a sua atividade física, se sinta mais fatigado, diminuindo consequentemente a sua qualidade de vida. Objectivo: Estabelecer quais os determinantes sociodemográficos/clínicos mais significativos da Capacidade Funcional dos utentes com Espondilite Anquilosante, numa lógica de produção de conhecimentos que facilite o desenho de programas de intervenção formativos e informativos que visem a promoção da qualidade de vida. Simultaneamente contribuir para a adaptação e validação cultural do Índice Funcional de Dougados. Método: Num estudo transversal, de natureza quantitativa, inquirimos uma amostra de 128 indivíduos com EA, residentes no território nacional, dos quais 72 indivíduos eram do sexo masculino e 56 indivíduos do sexo feminino, pertencentes às Associações Nacionais de Espondilite Anquilosante (ANEA) de Viseu, Ovar, Pombal e Lisboa, e também aos serviços de reumatologia e medicina física de reabilitação, dos Hospitais de Viseu, Braga e Aveiro. A informação foi obtida através de um instrumento de colheita de dados de auto preenchimento, o qual incorpora medidas de avaliação aferidas e validadas para a população portuguesa. Resultados: Constatou-se que o perfil sociodemográfico e profissional dos utentes com EA, revela ser, maioritariamente, do género masculino (56,2%), com cerca de 50 anos de idade, casado ou em união de facto (82,8%), a residir em meio urbano (57,0%), com o 1ºCiclo do ensino básico (28.1%) e com atividade profissional (61.7%), não tendo faltado ao trabalho no último ano (68,8%). Relativamente ao perfil clínico constatou-se que, quanto ao tempo de diagnóstico da EA, a média é de aproximadamente 15,40 anos e ao tempo de início dos sintomas de EA, o tempo médio aumenta para aproximadamente 20 anos. A maioria é seguida pelo Reumatologista (75,8%), para aliviar a sintomatologia, mais de metade da amostra recorre a anti-inflamatórios, (65,6%) e apenas cerca de cerca de 17.2% faz medicação biológica, cerca de 72,7% está inserido na Associação Nacional de Espondilite Anquilosante (ANEA) e mais de metade não tem familiares com EA (67,2%). Conclusões: Destacamos particularmente a importância da realização de campanhas de prevenção e sensibilização das pessoas sobre esta patologia, onde se responsabilize o portador de EA pela sua doença, de modo a evitar a sua evolução para maiores incapacidades funcionais. Com este estudo, propusemo-nos também dar um contributo para a adaptacão e validação cultural de um instrumento de medida, que avalia a Capacidade Funcional em doentes com EA, considerando os valores apresentados é possível disponibilizar um instrumento de medida da capacidade funcional em doentes com EA, com um contributo de adaptação á realidade portuguesa. Palavras-Chave: Espondilite Anquilosante; Capacidade Funcional; Índice Funcional de Dougados.