Unidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica (UEMC)
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- Abandono dos clientes admitidos no serviço de urgênciaPublication . Matos, Paula Bernardete Ramos de; Cunha, MadalenaEnquadramento: As taxas de abandono do serviço de urgência constituem, na atualidade, um indicador clínico de qualidade, pelo que o seu estudo se assume como pertinente. Objetivo: Avaliar o perfil dos clientes que abandonam o serviço de urgência. Metodologia: Estudo de análise quantitativa e de coorte retrospetivo, com uma amostra de 2599 clientes que abandonaram o Serviço de Urgência de um Hospital central da zona centro de Portugal, em 2018. O estudo insere-se no Projeto de investigação “Evidências para Não arriscar Vidas: do pré hospitalar ao serviço de urgência e à alta”, desenvolvido em parceria entre a Escola Superior de Saúde de Viseu e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, autorizado pelo Conselho de Administração e com parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da instituição selecionada como participante. Os dados foram recolhidos com base na informação administrativa, com registo numa grelha de recolha de dados. Resultados: Tendo em conta a totalidade da população que acorreu ao serviço de urgência geral em 2018, num total de 85596 clientes, constatou-se uma taxa de abandono do serviço de urgência de cerca de 3,04% (n=2599 em n=85596), sendo 3,20% do género masculino (n=1315 em n=41052) e 2,88% do género feminino (n=1284 em n=44544). O estudo patenteia que o perfil dos clientes que abandonaram o Serviço de Urgência tem como características ser 50,60% mulheres e 49,40% homens, possuir uma média de idades de 48,21 anos, com um predomínio dos pertencentes à faixa etária dos 36-65 anos (46,4%). O distrito de pertença é maioritariamente o de Viseu (91,2%), com 80,2% a pertencem ao Sistema Nacional de Saúde. A origem da maioria dos clientes foi o exterior (72,9%), tendo sido 39,6% classificados com a prioridade clínica de urgente (amarela) e 37,9% com prioridade pouco urgente (verde); 78,7% dos clientes foram avaliados pela triagem médica. A idade, o género e a origem do episódio de admissão no Serviço de Urgência são variáveis sociodemográficas com interferência estatisticamente significativa no tempo entre a triagem e o abandono do Serviço de Urgência, o tempo decorrido entre a primeira observação médica e o abandono do Serviço de Urgência. O mês e o dia de admissão no Serviço de Urgência revelaram-se como variáveis de contexto com relevância estatística no abandono do serviço de urgência por parte dos clientes nele admitidos. Registou-se também influência das variáveis clínicas no abandono do Serviço de Urgência, nomeadamente a prioridade clínica e a especialidade de primeira avaliação. Conclusão: Percentagem ligeiramente superior de clientes do género feminino, tendo a maioria 36- 65 anos de idade, representatividade dos oriundos do exterior, pertencentes ao Distrito de Viseu, afetos ao Sistema Nacional de Saúde, com classificação de prioridade clínica de urgente e avaliados pela triagem médica. Palavras-chave: Pessoa; Serviço de urgência; Abandono; Alta contra o parecer médico; Perfil.
- Acção da personalidade na saúde: contributos para a qualidade de vidaPublication . Martins, Maria da Conceição de AlmeidaEysenk (1950) desenvolveu um modelo estrutural da personalidade, com base em procedimentos estatísticos e no conceito de traço, segundo o qual a pessoa pode ser classificada de acordo com as duas dimensões seguintes: a dimensão neuroticismo/estabilidade e a dimensão extroversão/introversão. Estas dimensões são vulgarmente referidas pelas suas primeiras designações: neuroticismo e extroversão, respectivamente. O autor definiu também os termos “Tipo” e “traço” como: ”Tipo é um grupo de traços correlacionados e Traço é um grupo de actos correlacionados do comportamento ou tendência para a acção”. A partir destes aspectos, Eysenk definiu personalidade como “ a organização mais ou menos estável e persistente do carácter, temperamento, intelecto e físico do indivíduo, que permite o seu ajustamento único ao ambiente que o rodeia” (Eysenk, 1970).
- Acidentes em idade pediátrica : estudo descritivoPublication . Rodrigues, Simone Maria; Ribeiro, Olivério de PaivaEnquadramento: A idade pediátrica é propícia à ocorrência de acidentes, as lesões continuam entre as principais causas de morte nesta faixa etária. Os profissionais de saúde encontram-se numa situação privilegiada para identificar as causas e por forma a promover medidas preventivas. Objetivos: Determinar a incidência dos acidentes, que no ano 2017 geraram uma solicitação de atendimento no Serviço de Urgência Pediátrico (SUP); Identificar os aspectos epidemiológicos dos acidentes em idade pediátrica, por forma a aportar uma vertente ao conhecimento global dos acidentes na região de Vila Real, com potencial utilidade e aplicabilidade na clínica assistencial; Contribuir para a promoção da segurança infantil e prevenção de acidentes em idade pediátrica. Metodologia: Uma investigação quantitativa, de analise descritiva, procurando dar-se uma visão da distribuição percentual dos acidentes registados. Os dados recolhidos, sobre o acidente ou lesão, foram obtidos através das aplicações SONHO, SClinico e Sistema de Triagem de Manchester, tendo sido exportados para o programa Excel, e analisados através do sistema informático estatístico SPSS. Os dados apresentados referem-se a todos os acidentes registados no Serviço de Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro – Unidade de Vila Real, no ano de 2017, tendo sido excluído o motivo de admissão Doença. Resultados: Verificar-se que 4,4% das admissões no SUP são referentes a acidentes, sendo a maioria do sexo masculino. Numa análise de causa dos acidentes, a queda é o principal motivo de admissão. O traumatismo crânio-encefálico é o fluxograma mais vezes utilizado pelo enfermeiro na Triagem de Manchester, sendo a cabeça o segmento corporal mais atingido. Globalmente os acidentes ocorrem maioritariamente no domicilio e na escola. Conclusão: Para a definição de prioridades de prevenção, é fundamental conhecer a epidemiologia, por forma a servir de base às ações e estratégias a implementar. As medidas de prevenção devem concentrar-se nos três níveis: primárias, secundária, terciária. Apesar das medidas implementadas, verifica-se que ainda é em casa e na escola onde o maior numero de acidentes ocorre. Deve haver o cuidado de garantir um ambiente seguro, onde a criança possa crescer e explorar o meio livremente.
- Adaptação à doença de Crohn : a influência do stresse e sentido de vida no bem-estar subjetivoPublication . Albuquerque, Sandra Cristina Almeida; Ribeiro, Olivério de Paiva; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A Doença de Crohn acomete especialmente a faixa etária dos 15 a 35 anos e 60 a 80 anos, e assume-se como uma patologia que afeta psicologicamente os doentes, podendo gerar stresse, ansiedade e depressão, resultando num negativo bem-estar subjetivo, com repercussões no sentido de vida. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e clínicas que interferem no bem-estar subjetivo da pessoa com Doença do Crohn; averiguar a relação entre o stresse e o sentido de vida com o bemestar subjetivo da pessoa com Doença do Crohn. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 99 doentes com Doença do Crohn do Hospital Dia de Gastroenterologia e das Consultas Externas dum Hospital Central. Para a recolha de dados usou-se o questionário de caracterização sociodemográfica e clínica, a Escala Positive And Negative Affect Shedule (PANAS), (Pais-Ribeiro e Galinha, 2005), Escala de Ansiedade Depressão e Stress (Pais-Ribeiro, Honrado e Leal, 2004) e a Escala de Satisfação de Sentido de Vida (Lencastre, Silva e Teixeira,2014). Resultados: A amostra é maioritariamente de mulheres (54,5%), média de idades (40,10 anos ±13,19). O tempo médio de diagnóstico da Doença é de 9,52 anos (± 8,402). Prevalecem os doentes que possuem a Doença há menos de 5 anos (35,4%) e há mais de 10 anos (35,4%). A maioria (74,7%), não possui doenças concomitantes (59,6% não fizeram cirurgias intestinais prévias, 75,8% teve necessidade de internamentos hospitalares, e 42,6% vão ao hospital entre 2-4 meses. As variáveis sociodemográficas sexo, habilitações literárias e situação profissional, e as variáveis clínicas tempo de diagnóstico da Doença, presença de doenças concomitantes e abstenção ao trabalho interferiram no bem-estar subjetivo dos doentes. As variáveis preditoras do bem-estar subjetivo foram o sexo, a idade, a ansiedade, o stresse, a depressão e o sentido de vida. Conclusões: Os resultados obtidos no presente estudo revelam que é importante dar-se especial atenção a estes agentes moderadores e à própria comorbilidade psicológica inerente à Doença de Crohn Palavras-chave: Doença de Crohn; Sentido de vida; Bem-estar subjetivo, Stresse.
- Adesão à terapêutica na pessoa diabética tipo 2 : influência das variáveis sociodemográficas, clínicas e motivacionaisPublication . Abrantes, Luís Carlos Boto; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Portugal regista uma prevalência de 12,90 % para a diabetes mellitus tipo 2. A prevalência da diabetes mellitus tipo 2 está associado às rápidas mudanças culturais e sociais, ao envelhecimento da população, à crescente urbanização, às alterações alimentares, à redução da atividade física e a estilos de vida não saudável, bem como a outros padrões comportamentais. A motivação impulsiona a pessoa a agir de determinada forma. Considera-se que uma elevada motivação é um fator de predisposição para uma adesão eficaz. Objetivos: Os objetivos deste estudo são: (i) Determinar a prevalência da adesão à terapêutica da pessoa com diabetes mellitus tipo 2. (ii) Analisar a relação entre a motivação da pessoa com diabetes mellitus tipo 2 e consequentemente a sua adesão à terapêutica. (iii) Identificar as variáveis sociodemográficas e clinicas que influenciam a adesão à terapêutica da pessoa com diabetes tipo 2 quando mediadas pela motivação para a adesão à terapêutica. Métodos: Estudo do tipo observacional, transversal, descritivo-correlacional e explicativo, realizado numa amostra de 181 participantes. Para a recolha de dados foi usado um questionário de caracterização sociodemográfica, uma escala de motivação para o tratamento (EMT) que resulta de uma adaptação para a língua portuguesa do Treatment Self-regulation Questionnaire (TRSQ) realizada por Apóstolo, Viveiros, Nunes, Domingues (2007). E uma escala de adesão ao tratamento (MAT) de Morisky, Green e Levine (1986), traduzida, adaptada e validada para Portugal por Delgado e Lima (2001). Resultados: Constatámos que os participantes no estudo ingerem excessivamente hidratos de carbono e lípidos em relação ao recomendado. Existe um défice de acompanhamento em consultas de diabetologia. Os participantes apresentam em 91,20% dos casos complicações associadas á diabetes. Só realizam exercício físico 1 vez por semana o que é escasso. A amostra apresenta uma média de 175,64 mg/dl de glicémia capilar, o que nos indica valores acima dos padronizados. Os participantes encontram-se medicados em 96,10 % dos casos. A taxa de motivação é de 54,40% e a adesão à terapêutica acontece em 69,50 % dos casos. A prevalência da diabetes no estudo é de 65,58 %. A variável adesão é não preditora da motivação. A Escolaridade, existência de problemas saúde associados e o tempo de diabetes mediada pela motivação são as variáveis dependentes da adesão à terapêutica. Conclusões: As evidências encontradas neste estudo indicam que o grau de motivação influência a aderência ou não à terapêutica. A enfâse na tríade de tratamento é dado à medicação colocando em segundo plano a alimentação e o exercício físico. Neste sentido, atendendo às competências do enfermeiro especialista de enfermagem Médico-cirúrgica, seria de extrema importância atuar no sentido de promoção de hábitos saudáveis e ainda realçar perante os outros profissionais de saúde a importância dos determinantes do tratamento na diabetes mellitus tipo 2. Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2; Adesão; Motivação.
- Adesão ao regime terapêutico da pessoa com insuficiência cardíacaPublication . Correia, António Filipe Sousa e Silva; Dias, António MadureiraIntrodução: A Insuficiência Cardíaca (IC) representa um problema grave de saúde pública que afeta globalmente mais de 20 milhões de pessoas (Jaarsma et al., 2009). A prevalência da IC tem vindo a aumentar nos últimos anos, sendo particularmente sentida na população mais idosa. Esta tendência parece que se irá manter no futuro devido ao aumento da esperança média de vida e dos fatores de risco para esta doença. Portugal não escapa a esta realidade, apresentando valores semelhantes aos vividos no resto do mundo. Estudos têm demonstrado que o internamento da pessoa com IC geralmente está associado a práticas insuficientes de autocuidado, que decorrem de uma gestão ineficaz do regime terapêutico (Jaarsma et al., 2003; Britz & Dunn, 2009); e que conduzem a desequilíbrios na condição de saúde que estão na origem dos episódios de recursos ao serviço de urgência e internamentos (Britz e Dunn, 2009). Estes contribuem para um elevado consumo de recursos hospitalares, e aumento da despesa na saúde. Desta forma, é fundamental o desenvolvimento de competências de autocuidado nas pessoas com IC para o controlo, tratamento da doença, e para a gestão eficaz do regime terapêutico. Objetivos: Determinar a prevalência da adesão à terapêutica farmacológica e do autocuidado na pessoa com IC, e relacioná-las com diversas variáveis, tais como: sociodemográficas, clínicas, farmacológicas, apoio familiar, estilos de vida e crenças acerca da medicação. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, descritiva correlacional, analítico e transversal, realizado com 103 doentes com IC, acompanhados em consulta médica de seguimento num hospital da zona centro do país. A recolha de dados foi efetuada através de um questionário a que integrava dados sociodemográficos e clínicos, bem como as seguintes escalas: Apgar Familiar, Escala Europeia de Autocuidado na IC, Crenças acerca dos Fármacos e Medida de Adesão aos Tratamentos. Resultados: Numa amostra de 103 participantes observou-se uma média de idade de 71,48 ± 11,38 anos, 61,2% (n= 63) eram do género masculino, 70,9% (n=73) viviam “com companheiro”, 89,3% tinham escolaridade “até ao “4º ano”, 63,1% (n= 63) residiam em “área rural”, 88,3% (n= 91) eram profissionalmente “inativos”, 70,9% (n= 73) auferiam um rendimento inferior a um “ordenado mínimo” e 68,0% (n= 70) referiram “não ter condições económicas para cumprir medicação e consultas”. A prevalência da adesão farmacológica foi superior à adesão do “autocuidado adequado” (54,4% vs 43,7%). As pessoas com IC que aderiram à medicação foram aquelas tinham uma família “altamente funcional”, por outro lado as que, possuíam uma família “altamente funcional”, tiveram 4 ou mais fatores de risco e com estilos de vida saudáveis apresentaram um adequado autocuidado. Conclusão: Os resultados deste trabalho corroboram com a investigação nacional e internacional, confirmando a baixa prevalência na adesão ao tratamento farmacológico e ao autocuidado adequado da pessoa com IC. Os resultados são consistentes com a investigação nacional e internacional, confirmando a baixa prevalência na adesão ao regime terapêutico. Alguns fatores clínicos, estilos de vida e sociofamiliares revelaram-se preditores da adesão. Todavia, não se confirmou a relação entre as variáveis sociodemográficas, clínicas e crenças e a adesão ao regime terapêutico da pessoa com IC. Palavras-chave: Adesão, Autocuidado, Determinantes de Adesão, Insuficiência Cardíaca.
- Adesão ao regime terapêutico da pessoa com patologia cardíaca : Perceção do próprio e da famíliaPublication . Oliveira, Helena Cristina Soares; Duarte, João Carvalhoterapêutico e pode ser influenciada por vários fatores ligados à doença, ao tratamento, à própria pessoa, às condições socioeconómicas, ao apoio social e até à relação com os profissionais de saúde. A patologia cardíaca é uma das doenças que exige bastante empenho dos seus portadores, no sentido de procederem a um conjunto de alterações na sua vida diária, para controlar a progressão da doença e prevenir consequências nefastas. Objetivos: Determinar a prevalência da adesão ao regime terapêutico da pessoa com patologia cardíaca, identificar os fatores que a influenciam, analisar a influência do apoio social, conhecer a perceção da família em relação ao nível de adesão terapêutica e fatores que a influenciam. Métodos: Triangulação metodológica que engloba um estudo de natureza quantitativa do tipo descritivo correlacional, analítico realizado numa amostra não probabilística por conveniência com 110 participantes e outro de natureza qualitativa de características fenomenológicas realizado com uma amostra de 8 familiares de doentes. Resultados: No estudo um registou-se que a percentagem de adesão farmacológica é 51,8%. Em relação às medidas de adesão não farmacológica registou-se que 92,7% não são fumadores mas a ingestão de bebidas alcoólicas ocorre em 51,8% dos participantes. A prática de exercício físico e a alimentação saudável são dois estilos de vida adotados por uma percentagem da amostra inferior a 40%. No estudo 2, a percepção dos familiares indica que na adesão farmacológica, prática de exercício físico e a alimentação saudável rondam os 50%. O consumo de álcool é assumido por 62,5% enquanto o tabagismo está presente em 12,5%. Conclusão: Os resultados evidenciam a pouca influência exercida pelos fatores sociodemográficos nomeadamente género e idade. Em relação à adesão não farmacológica ainda há muito a fazer no que diz respeito às alterações de estilos de vida. Cabe aos profissionais de saúde incutir nos doentes o sentido de responsabilidade pelo seu autocuidado e pela participação ativa no processo de tratamento da doença. Palavras-chave: adesão ao regime terapêutico, fatores de adesão, patologia cardíaca.
- Adesão ao tratamento medicamentoso da pessoa portadora de insuficiência renal crónica em hemodiálisePublication . Sousa, Maria Elisabete Pereira; Ribeiro, Olivério Paiva, orient.A “Adesão ao Tratamento Medicamentoso da Pessoa portadora de Insuficiência Renal Crónica em Hemodiálise” é um trabalho realizado no âmbito da Unidade Curricular Relatório Final, do Curso de Mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola Superior de Saúde de Viseu, tendo como objetivos identificar o nível de adesão ao tratamento medicamentoso e analisar a influencia das variáveis sociodemográficas, sociofamiliares, clínicas, comportamentais e das crenças acerca dos medicamentos. Uma elevada adesão terapêutica contribui para uma menor taxa de hospitalização, com consequente redução dos custos em saúde e minimização do impacto da doença no seio da vida familiar da pessoa, sendo fundamental para o sucesso da terapêutica no contexto de qualquer doença crónica, com é o caso da Insuficiência Renal Crónica. Estudo, quantitativo, descritivo-correlacional de natureza transversal. Amostra não probabilística por conveniência, constituída por 220 doentes IRC em tratamento hemodialítico no Distrito de Viseu. Foi utilizado um questionário, com um conjunto de variáveis em estudo, incluindo a “Escala de crenças acerca dos medicamentos”, “Escala de Apgar Familiar”, “Escala de Apoio Social” e “Escala de Medida de Adesão ao Tratamento”. Verificou-se que 60% dos inquiridos são do sexo masculino e 40% do sexo feminino, com uma média de idades de 66,60 anos. A maioria são casados ou encontram-se em união de facto (68,2%), possui o ensino primário (54,5%) e encontra-se em situação laboral não ativa(95,5%), com 66,8% dos sujeitos a auferir um rendimento mensal inferior a 485€. Quanto ao nível de adesão ao tratamento medicamentoso, verificou-se que 47,3% dos inquiridos, evidenciam um bom nível de adesão terapêutica e 11,8% um nível de adesão razoável. Com um baixo nível obtivemos 40,9% da amostra. Pela aplicação do teste Kruskal-Wallis obtivemos dados estatisticamente altamente significativos relativamente à influência do cumprimento das recomendações de dieta e hidratação e a adesão terapêutica medicamentosa (kw=15,792; p=0,000). Pela aplicação do teste U de Mann-Whitney, verificamos a existência de relação estatisticamente bastante significativa entre a percepção de efeitos indesejados com a medicação e a adesão terapêutica medicamentosa, (u=3709,00; p=0,001). Através da aplicação da regressão múltipla e do coeficiente de correlação de Pearson, constatou-se a existência de correlações negativas estatisticamente significativas entre a adesão terapêutica medicamentosa e o número diário de comprimidos (r=-0,145; p=0,016), ou seja, quanto maior o número diário de comprimidos, menor é a adesão terapêutica. Relativamente aos fatores da escala de crenças, constatou-se que quanto maiores as crenças acerca dos medicamentos, menor é a adesão terapêutica medicamentosa (r=-0,225; p=0,000) com diferenças estatísticas altamente significativas. Obtivemos correlações positivas, estatisticamente bastante significativas, entre a adesão terapêutica medicamentosa e o apoio informativo percepcionado (r=0,190; p=0,002). Concluindo, verifica-se a necessidade de simplificar o regime terapêutico instituído, desmistificar algumas crenças acerca dos medicamentos e reforçar a informação acerca da terapêutica. Palavras-chave: Insuficiência Renal Crónica; Hemodiálise; Adesão ao Tratamento Medicamentoso.
- Adesão dos enfermeiros às precauções básicas do controlo de infeção num hospital no centro do país : estudo transversalPublication . Rocha, Joana Romeiro de Sousa; Dias, António MadureiraIntrodução: A prática especializada em enfermagem Médico-Cirúrgica contribui para o desenvolvimento de competências do enfermeiro perante a pessoa em situação crítica. A IACS, é uma complicação comum nos serviços de saúde que resulta em morbimortalidade significativas, aumento do tempo de internamento e custos em saúde. As PBCI são um conjunto de boas práticas desenvolvidas e padronizadas, que devem ser implementadas objetivando a prevenção e transmissão cruzada de infeções. A adesão dos enfermeiros às PBCI influencia a qualidade dos cuidados prestados, através da prevenção e controlo de IACS, garantindo a segurança dos doentes e dos profissionais. Objetivos: Determinar a Adesão dos Enfermeiros às PBCI; identificar o nível de conhecimento dos Enfermeiros sobre as PBCI e descrever os níveis de recursos em PBCI de um hospital da região centro do país. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo transversal, com recolha de dados numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 72 Enfermeiros de um Hospital da zona centro do País, com recurso a um questionário adaptado da escala de observação das PBCI da DGS. Resultados: Os resultados do nosso estudo, evidenciam que o nível de adesão dos enfermeiros às PBCI é bom/adequado, quanto ao nível de conhecimento dos enfermeiros sobre as PBCI é médio e relativamente aos recursos estes estão disponíveis. Conclusão: As precauções básicas de controlo da infeção são diretrizes básicas para reduzir o risco de transmissão de microrganismos e proteger os profissionais de saúde de doenças infeciosas, através de recomendações de práticas seguras de controlo de infeção nas instituições de saúde. A adesão a estas medidas, por parte dos enfermeiros, traduz-se na prestação de cuidados de saúde de qualidade e em segurança tanto para o profissional de saúde como para o doente. Neste contexto, o presente estudo permitiu demonstrar que o nível de adesão às PBCI entre enfermeiros num hospital da zona centro do país é adequado. Palavras-chave: Infeção, Prevenção, Precauções Básicas Controlo Infeção, Enfermeiros, Adesão.
- Adesão e determinantes da utilização adequada dos equipamentos de proteção individual pelos profissionais de saúdePublication . Conceição, Odete Maria Matos da; Ribeiro, Olivério de PaivaEnquadramento: As infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) são consideradas um dos eventos adversos mais frequente nos países desenvolvidos. Em Portugal, a taxa de infeção hospitalar é de 10,6%, estando acima da média europeia (6,1%). Estudos declaram que aproximadamente 30% das infeções são evitáveis. Para prevenção de infeção é comprovada a utilização dos EPI´s. No entanto, é verifica-se a resistência dos profissionais quanto ao uso bem como a utilização adequada de algumas destas medidas como os EPI´s. Objetivos: Determinar a adesão à utilização dos EPI´s e a sua adequação pelos profissionais de saúde; e identificar os determinantes para utilização correta dos EPI´s (variáveis sociodemográficas, profissionais e variáveis do contexto da prática). Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo, descrito-correlacional e transversal. A amostra foi constituída por 156 profissionais de saúde do Centro Hospitalar do Baixo Vouga. Como instrumento foi utilizado um questionário construído para estudo, a partir das normas da DGS. Resultados: Averiguámos que a adesão à utilização adequada dos EPI´s é de 25.3%. Os participantes com mais conhecimentos demonstram uma melhor adequação do uso da bata/avental e da proteção ocular (62,3%). Existe relação entre a formação e a adesão ao uso adequado dos EPI´s somente na dimensão "bata/avental". Os assistentes operacionais são os que mais usam as luvas de maneira adequada (62,1%) e a bata/avental (50%), sendo a categoria médica com menor percentagem para utilização adequada da bata (6,5%). O grupo menos experiente demonstrou uma fraca utilização das mascara/respirador. Os serviços de medicina exibem uma boa utilização de luvas (46,9%) relativamente aos serviços cirúrgicos Conclusões: A adesão total á boa utilização dos EPI e para cada EPI representa somente um quarto da amostra podendo ser insuficiente para prevenção e controlo de infeção. Palavras-chaves: Infeção Hospitalar, IACS, EPI´s, Enfermagem, controlo e prevenção da infeção.