Unidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica (UEMC)
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Browsing Unidade de Enfermagem Médico-Cirúrgica (UEMC) by advisor "Gonçalves, Amadeu Matos"
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- Determinantes de literacia em saúde mentalPublication . Vaz, Clara Madalena Ramos; Duarte, João Carvalho; Gonçalves, Amadeu MatosEnquadramento: A procura permanente de mais equidade social condições de saúde e qualidade de vida implica uma maior aposta na dotação da população de literacia em saúde mental. Objetivos: Determinar o nível de literacia em saúde mental nos profissionais da educação, saúde e segurança; identificar que variáveis sociodemográficas e socioprofissionais que interferem na literacia em saúde mental; averiguar a relação existente entre as crenças sobre a doença mental e a literacia em saúde mental nos referidos profissionais. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 136 agentes educativos, sendo 62,5% professores, 32,4% enfermeiros e 5,1% agentes policiais, maioritariamente do género feminino (70,6%), com uma idade média de 48,34 anos (±7,49 anos). Como instrumento de recolha de dados utilizou-se um questionário de caracterização sociodemográfica e socioprofissional, o Inventário de Crenças sobre a Doença Mental (Loureiro, Dias e Ferreira, 2009) e o Questionário de Literacia em Saúde Mental (LSMq) (Campos, Palha, Dias, Veiga & Duarte, 2012). Resultados: Os agentes educativos apresentam níveis mais elevados de crenças em relação ao reconhecimento da doença (M=4,69±0,64) e em relação à doença mental como condição médica (M=4,48±0,73), com menor índice médio na causa de estigma e discriminação (M=2,21±0,68). Índice médio de 4,21 (± 0,40) para os conhecimentos e estereótipos sobre problemas de saúde mental, 4.16 (±0,48) para a procura de ajuda e comportamentos e 4,29 (±0,47) para as estratégias de auto-ajuda. As mulheres apresentam maiores níveis de literacia em saúde mental em todos os fatores. Os agentes educativos com idade ≥55 anos expressam mais literacia em saúde mental, com exceção nas estratégias de auto-ajuda, onde pontuaram mais os agentes educativos com ≤44 anos de idade. Os participantes residentes em meio rural expressam mais literacia em saúde mental em todos os fatores. Os professores manifestam mais literacia em saúde mental no que se refere à procura de ajuda e comportamentos, sendo os enfermeiros os que manifestam mais literacia em saúde mental em relação aos conhecimentos e estereótipos sobre problemas de saúde mental, estratégias de autoajuda e no factor global. As variáveis preditoras de saúde mental foram o género, zona de residência, crenças no reconhecimento da doença e o grupo profissional. Os homens e os participantes residentes em meio urbano revelam mais literacia sobre os problemas de saúde mental e que quanto mais crenças têm os agentes educativos no reconhecimento da doença, maior é o nível de literacia ao nível dos conhecimentos e estereótipos sobre os problemas de saúde mental. Quanto mais crenças ao nível do reconhecimento da doença maior é a literacia em termos de procura de ajuda e comportamentos, bem como acerca das estratégias de auto-ajuda, revelando mais literacia em saúde mental global. Conclusões: Após a realização deste estudo chegou-se à conclusão que é necessário desenvolver ações de formação e/ou programas de educação para a saúde para que se possa dotar as comunidade de mais literacia em saúde mental, onde o enfermeiro tem um papel de destaque, como agente promotor de literacia em saúde mental.