Browsing by Author "Amaral, Ana Sofia da Silva Veloso"
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- Vivência de mulheres submetidas a histerectomiaPublication . Amaral, Ana Sofia da Silva Veloso; Coutinho, Emília de CarvalhoEnquadramento: A histerectomia é uma cirurgia irreversível, que resulta na alteração da integridade corporal da mulher, resultando em diferentes vivências e expectativas. Objetivo: Compreender as vivências de mulheres submetidas a histerectomia. Metodologia: Estudo qualitativo, com recurso ao método fenomenológico-hermenêutico, e enfoque transversal, tendo como instrumento de recolha de dados a entrevista semiestruturada, realizada numa amostra de 10 mulheres submetidas a histerectomia que se encontravam inscritas numa UCSP do ACES Douro Sul. O estudo foi aprovado pela Comissão de ética da ARS Norte. Resultados: Emergiram oito categorias de significado. Atitudes da mulher face à condição de histerectomia, Atitudes dos enfermeiros consideradas pelas mulheres como cuidados individualizados, Atitudes dos profissionais de saúde consideradas pelas mulheres como negligentes, Desconfortos manifestados pelas mulheres após a histerectomia, Expectativas da mulher face à histerectomia, Fatores que interferem na vivência da sexualidade, Motivos apresentados pelas mulheres para a histerectomia, Sentimentos vivenciados face à histerectomia. Das expectativas da mulher face à histerectomia destacam-se em deixar de ter problemas, manter uma atitude de esperança, melhorar e voltar a ser a mulher que era. Dos fatores que interferem na vivência da sexualidade realçam-se: ausência de prazer no ato sexual, compreensão por parte do companheiro, maior desejo sexual, manter a atividade sexual, menor desejo sexual, sentir-se menos mulher e sentir-se usada pelo companheiro. Quanto aos motivos apresentados pelas mulheres para a histerectomia sobressaem: anemia, cancro, dor, hemorragias, prolapso uterino, quistos nos ovários, risco de cancro, sofrimento e tumores. As mulheres relataram sentimentos face à histerectomia, antes da cirurgia, de confiança na médica particular, desânimo, insegurança no médico de família e medo, e após a mesma: alívio, bem-estar, tranquilidade, mas maioritariamente sentimentos negativos, como: desalento, frustração, perda, revolta, sofrimento inexplicável, tristeza, vazio e vergonha. Conclusão: Por um lado é realçado o papel do Enfermeiro Especialista de Saúde Materna e Obstétrica junto das mulheres sujeitas a histerectomia, com respeito pela singularidade de cada uma, estabelecendo uma relação de ajuda para ultrapassar as inseguranças, os medos, o sofrimento, a angústia, a frustração, o sentimento de perda e de revolta, na garantia da promoção de melhor qualidade de vida. Por outro lado emerge uma visão oposta concretamente nas atitudes dos profissionais de saúde consideradas pelas mulheres como negligentes, desconfortos manifestados pelas mulheres após a histerectomia, fatores que interferem na vivência da sexualidade. Há um longo caminho a percorrer por parte dos profissionais de saúde de modo a ser um facilitador da maximização das potencialidades de cada mulher, apoiando-as na redução das vivências e expectativas negativas que possam emergir da histerectomia. Palavras-chave: Histerectomia; Mulher; Expetativas; Vivências.