Browsing by Author "Coelho, Rosa Maria Alves"
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- Determinantes da capacidade funcional do doente após acidente vascular cerebralPublication . Coelho, Rosa Maria Alves; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução – O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado o mais prevalente e incapacitante distúrbio neurovascular, do qual resultam significativos défices neurológicos que se traduzem na perca de uma ou mais funções, com consequências directas na independência da pessoa que experimenta esta doença, bem como acarretando severas implicações na sua vida pessoal, familiar e social. Face a este enquadramento, a presente investigação, pretendeu identificar os determinantes da capacidade funcional (física e cognitiva) do doente após acidentes vascular cerebral e relacionar esses mesmos determinantes com a sua evolução, desde o inicio do período de internamento até ao momento da alta. Métodos – Realizou-se um estudo transversal, descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, na qual participaram 61 doentes, internados numa unidade de AVC de um centro hospitalar português, maioritariamente do sexo masculino (65,57%) e com uma média de idades de 72,54 anos. Para a mensuração das variáveis utilizaram-se instrumentos de medida, de reconhecida fiabilidade, o Índice de Barthel aferido e validado para a população portuguesa: e Escala Rancho Los Amigos, actualmente em processo de validação para a população portuguesa. Resultados – A capacidade funcional, física e cognitiva, avaliada no momento da alta, foi superior à mensurada às 24 horas de internamento. As variáveis que revelaram ter um efeito significativo sobre a evolução favorável da capacidade funcional foram: o sexo, idade, tipo e localização do AVC, tempo de internamento, presença de factores de risco e realização de programa de reabilitação. Genericamente, apresentam uma melhor capacidade funcional os doentes com idades compreendidas entre os 46 e 62 anos, vítimas de AVC do tipo isquémico, com uma localização no hemisfério esquerdo, com um tempo de internamento inferior a sete dias. O programa de reabilitação evidenciou apenas um efeito significativo sobre a evolução da capacidade funcional física. Conclusões – As evidências encontradas neste estudo convidam-nos, no seu todo, para a constante reflexão e continuada implementação, integrada e complementar, de estratégias preventivas que possibilitem a minimização dos riscos de ocorrência de AVC. Por outro lado, e numa perspectiva de diminuir o impacto desta doença nas suas mais diversas dimensões, infere-se que os programas de reabilitação possam e devam focar-se não apenas na recuperação da funcionalidade física, mas também noutros domínios, onde se destaca a reabilitação cognitiva como foco particular de atenção. PALAVRAS CHAVE Acidente Vascular Cerebral, Capacidade Funcional, Saúde, Enfermagem, Reabilitação.