Browsing by Author "Dias, Andreia Catarina da Cruz"
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- Qualidade de vida da mulher incontinente urináriaPublication . Dias, Andreia Catarina da Cruz; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Enquadramento: A incontinência urinária feminina é uma patologia muito frequente, com interferência significativa na qualidade de vida. O tratamento desta patologia é hoje possível na maior parte das doentes. No entanto, o primeiro passo para o sucesso terapêutico é a correcta caracterização do tipo de incontinência, fundamentalmente através do exame clínico (história e exame físico) da doente. Devem ser identificadas as eventuais causas reversíveis ou agravantes e realizar o seu tratamento específico. Objetivos: Este estudo tem como objetivos determinar a qualidade de vida das mulheres com incontinência urinária; analisar a influência dos indicadores pessoais obstétricos, ginecológicos, estilo de vida, e impacto da incontinência na qualidade de vida da mulher com incontinência urinária e determinar a influência da vulnerabilidade ao stresse na qualidade de vida das mulheres com IU. Metodologia: O estudo é exploratório, descritivo e transversal com uma componente correlacional, em 200 mulheres que procuraram o ambulatório de urologia e ginecologia dos hospitais de Viseu, Covilhã e Guarda, no período de março a dezembro de 2012. Como critérios de inclusão temos o facto de as mulheres referirem episódios de perdas urinárias de pelo menos uma vez por semana, nos últimos três meses. Foram excluídas pacientes em período gestacional ou em período de amamentação. Utilizou-se um questionário que permitiu a caracterização socio-demografica, caracterização obstétrica e ginecológica e estilos de vida e as escalas: Impacto da IU (ICIQ-SF), Valorização da IU; Qualidade de Vida em Mulheres com IU (KHQ) e Vulnerabilidade ao Stresse (23 QVS). Resultados: Há uma percentagem significativa de mulheres acima dos 58 anos com IU moderada. As mulheres abaixo dos 57 anos tendem a apresentar valores mais elevados de IU de urgência. As mulheres com profissões intelectuais e técnicas apresentam IU de esforço. As mulheres com IU de urgência tiveram parto normal. As mulheres com IU grave têm IU de esforço e IU de urgência. Não foi encontrada associação entre a IU de esforço e a IU de urgência quanto ao estado civil, área de residência, IMC, nº de gravidezes e nº de filhos. Relativamente à vulnerabilidade ao stresse, as mulheres com IU não são vulneráveis contudo, as entrevistadas referiram a existência de stresse no trabalho e nos afetos. As participantes com menos de 57 anos apresentam maior vulnerabilidade ao stresse face ao perfecionismo, inibição, condição de vida e subjugação. As que residem em zona urbana com profissões intelectuais tendem a ser mais vulneráveis ao stresse. As mulheres com IU acima dos 58 anos têm melhor QDV face à sua limitação física e às suas medidas de gravidade. As mulheres com QDV moderada têm profissões técnicas, têm 1 filho e têm um impacto de IU muito grave. As mulheres com QDV fraca fizeram cesariana. As mulheres com QDV elevada têm um impacto da IU moderada. São fatores preditores das dimensões da QDV: (1) perceção da saúde - nível do IMC, perfecionismo e impacto da IU de esforço; (2) impacto da IU - vulnerabilidade ao stresse, IU de urgência e dramatização; (3) limitação no desempenho das tarefas - IU de urgência, vulnerabilidade ao stresse, dramatização e perfecionismo; (4) limitação física - vulnerabilidade ao stresse e IU de urgência; (5) limitação social - impacto da IU de urgência, à deprivação, à dramatização e ao perfecionismo; (6) relações pessoais - inibição, idade e IU de urgência; (7) emoções - inibição, IU de urgência, deprivação, dramatização e carência; (8) sono e energia - idade, carência e deprivação; (9) medidas de gravidade - dramatização, carência, perfecionismo e vulnerabilidade ao stresse. Conclusão: A qualidade de vida das mulheres com IU é influenciada pela idade, profissão, nº de filhos, tipo de parto, impacto da IU, pela deprivação e dramatização associada ao stresse e, ainda, pelo impacto da IU de urgência. Palavra-Chave: Incontinência urinária; Fatores de risco; Qualidade de vida; Saúde da mulher; Enfermagem.