Browsing by Author "Guilhoto, Carla Susana Antunes"
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- O erro de medicação na opinião dos enfermeiros de pediatriaPublication . Guilhoto, Carla Susana Antunes; Silva, Ernestina Maria Veríssimo Batoca, orient.Introdução: Os erros de medicação são dos mais frequentes e alguns deles com consequências graves. É por todos reconhecido que a probabilidade de ocorrer um evento adverso relacionado com medicamentos, é três vezes superior nas crianças do que nos adultos. As crianças representam um grupo peculiar e de risco acrescido, no universo do erro de medicação, pois possuem características especificas relacionadas com a sua maturidade fisiológica, sendo necessárias adaptações nas posologias, com cuidados especiais tanto na prescrição, como na preparação e administração do medicamento. Objetivos: Identificar a perceção dos enfermeiros sobre o erro de medicação em pediatria; analisar os fatores que estão na origem do erro de medicação; contribuir para a reflexão sobre a atitude perante a ocorrência do erro de medicação. Metodologia: Estudo qualitativo, numa amostra intencional composta pelos 15 enfermeiros do serviço de pediatria do HSM da ULS, Guarda. Foi utilizada a entrevista e realizada análise de conteúdo. Resultados: Verificamos que 30,9% dos participantes consideram que o “erro na técnica de administração” é o erro de medicação mais comum em pediatria, ao qual se segue a “troca de doente” com 26,9%. No entanto, ao serem questionados sobre o erro de medicação que possam ter cometido ou por eles observado, a “troca de doente” (24,2%) e a “troca de medicamento” (20,7%) são os erros mais apontados, seguidos pelo “erro de dose” e “erro na técnica de administração”, ambos com 17,2%. As causas para o erro de medicação mais referidas foram sobrecarga de trabalho, distração, rotulagem de medicamentos semelhante e letra ilegível. Em relação à atitude do enfermeiro que comete um erro de medicação, 83% pensam que o erro não é comunicado e apenas 27% têm opinião contrária. As estratégias propostas pelos enfermeiros, no sentido de diminuir o erro de medicação foram: “confirmação da prescrição a dois”, “quem prepara, administra”, “correta identificação da medicação”, “aumento da concentração”, “implementação da prescrição eletrónica” e a “diminuição da carga de trabalho”. Conclusão: A maioria dos entrevistados refere que o erro é em grande parte omitido e identificam algumas causas do erro de medicação. Emerge a noção de uma cultura de punição e censura perante o erro de medicação. Relevamos que quando existirem erros devem ser comunicados e aproveitados como uma oportunidade de reflexão e de aprendizagem, para identificação das causas e implementação de estratégias de prevenção. PALAVRAS-CHAVE: Erro de medicação; Pediatria; Perceção dos enfermeiros.