Browsing by Author "Lopes, Ana Maria"
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- Anos 20 : maldição ou bênção para Babbitt?Publication . Lopes, Ana MariaO romance Babbitt, de Sinclair Lewis, foi publicado no ano de 1922, dealbar de uma época reconhecidamente conturbada e controversa: a década de 20. O presente trabalho tem por objectivo averiguar em que medida a mundividência de Babbitt deixa transparecer factores de pendor ideológico, núcleos temáticos e sócio - culturais que, corroborados com outros vectores periodológicos, constituem um universo imaginário, onde as suas coordenadas podem perfeitamente servir de base para que a época em questão possa ser reconstituída. É que, não obstante estarmos conscientes de que o texto literário tem como característica primeira a ficcionalidade, sabemos também que o discurso estético mantém com o mundo empírico uma inevitável e indelével correlação semântica. Também considerámos que seria pertinente incluir algumas breves achegas relativas aos temas que Sinclair Lewis privilegiou nas suas obras, por nos parecerem elementos elucidativos para uma visão mais sólida do seu universo ficcional.
- Do mito aos mitos irrecicláveis: reflexõesPublication . Lopes, Ana MariaNo Dicionário da Língua Portuguesa encontramos as seguintes definições de mito: narrativa fabulosa de origem popular; relato das proezas de deuses ou de heróis, susceptível de dar uma explicação do real satisfatória para um espírito primitivo; alegoria, etc. O Dicionário esclarece ainda que a palavra mito provém do grego mÿthos, que significa palavra expressa, dando mais tarde origem à palavra latina mythu, que significa fábula. Nenhuma das definições anteriores parece convincente no contexto da sociedade pós-industrial, pós-capitalista, pós-moderna, pós-humana(?) em que vivemos. Assim, e porque esta matéria me interessa, tanto em termos pessoais, como académicos, centro-me em obras que abordem a temática com maior acuidade.
- Os jovens na "era do jazz" ou "os belos e os malditos"Publication . Lopes, Ana MariaOs anos vinte foram anos de grande bulício e agitação em todas as esferas da vida social, cultural, económica e política. Porém, nenhum aspecto foi tão comentado e tratado com auras de maior sensacionalismo do que a dita revolta dos jovens: uma simples alusão aos anos 20 tem o efeito de evocar a primeira visita ao "speakeasy" (bar secreto escondido no subsolo); a primeira experiência sexual - que a privacidade e intimidade do automóvel proporcionavam -; a procura de uma felicidade concreta e imediata, etc. Contudo, a revolta dos jovens constituiu simplesmente o corolário de um desdém pelas condições económico - sociais vigentes, e não se confinou aos Estados Unidos da América, mas atingiu todo o mundo ocidental, em resultado da primeira grande guerra do século. Dado o "boom" na indústria americana, com as suas fábricas gigantescas e ruidosas e a resultante agressividade em larga escala, o culto da elegância nos modos e no porte (que a época anterior favorecera) foi progressivamente abandonado: com guerra ou sem guerra, cada vez se tornava mais difícil para os jovens adoptarem padrões de comportamento que não se ajustassem ao mundo de negócios em que teriam de competir.