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- Para a caracterização da disciplina de Língua Portuguesa no Ensino BásicoPublication . Pinto, Mariana OliveiraPretende-se, neste estudo, identificar o estatuto que a disciplina de Língua Portuguesa tem no currículo do Ensino Básico, estabelecendo como ponto de referência a Reforma do Sistema Educativo iniciada em 1986. Porém, e uma vez que nos encontramos num período em que estão em curso algumas medidas de reorganização curricular, não poderemos deixar de fazer referência às concepções que as atravessam. Por fim, conscientes de que as justificações do seu estatuto não podem apenas ser encontradas na nossa sincronia, procuraremos na história, de forma necessariamente sucinta, elementos que nos ajudem a perceber a importância hoje atribuída à disciplina.
- O papel da escola e do ensino da Língua Portuguesa no processo de inserção de adultos migrantes nas grandes cidadesPublication . Silva, Nilce daEste artigo apresenta alguns questionamentos a respeito da importância da escola e do ensino do Português para adultos migrantes em situação de pouca escolarização1. Temos como contra-ponto da nossa reflexão: pesquisa realizada com brasileiros supra-escolarizados em Paris e, em situação de pouca escolarização em Gotemburgo. O material produzido pela Previdência Social e UNICEF fala da situação do trabalho infantil em partes do nordeste brasileiro. Mostra-nos como nossa sociedade tolera a exploração das crianças, abreviando o tempo do brincar e do estudar das mesmas, comprometendo os seus futuros. Alguns dos sujeitos desta pesquisa tinham poucas possibilidades de vida digna em seus locais de origem. Partir para São Paulo, torna-se uma possibilidade. Para os migrantes nesta megalópole e para as brasileiras nordestinas casadas com suecos -para obterem a permissão de emigrarem- o fator econômico, a luta pela sobevivência no cotidiano, expulsou estas pessoas de suas terras. Com os brasileiros em Paris, o fator econômico não foi o motivo principal que os levou a deixarem o Brasil. Destacamos : a ditadura militar e a possibilidade de estudos no exterior.
- Para um projecto educativoPublication . Martins, Vítor Manuel TavaresEste pequeno texto de Malaguzzi oferece algumas pistas para a clarificação do conceito e das características que deve ter o Projecto Educativo. Em primeiro lugar, só uma escola que pensa, que estabelece hábitos continuados de auto-reflexão, pode aglutinar certas condições necessárias à realização de um verdadeiro Projecto Educativo. Em segundo lugar, só uma escola que "põe a pensar muitas cabeças", todas as cabeças, todos os agentes educativos - intra e extra muros (os muros dos estabelecimentos de ensino são simbolicamente barreiras e fronteiras que urge destruir!) - pode reunir outros pressupostos indispensáveis ao Projecto Educativo. Em terceiro lugar, só uma escola que "entra em crise", ou seja, que promove uma dinâmica de inovação (para a mudança), num movimento contínuo de adaptações a sucessivas "estabilidades dinâmicas", isto é, que não se deixa estar em apatias e constrangimentos mortificadores, só uma escola assim pode, de facto, conceber e realizar o "documento vértice e ponto de referência, orientador de toda a actividade escolar, baseado na participação (...)" (ALBALAT, 1989) que é o Projecto Educativo. Mas não se esgotam aqui as ideias-chave que caracterizam este macroconceito. É que o Projecto Educativo pode ser também o instrumento privilegiado para se chegar à autonomia da própria escola (artº 2º. do Dec. Lei nº 43/89, de 3 de Fevereiro) e esta torna-se uma condição essencial para se atingirem os fins desejados localmente - a nível meso e a nível micro - ou seja, a sua adequação às características dos utentes e beneficiários, pois "as medidas de política educativa decididas ao nível do estado central mais não podem fazer do que adequar o sistema educativo no seu conjunto ao ambiente geral" (DIOGO, Fernando, 1994). Só com verdadeira autonomia (que "é dada à escola comunidade educativa e não à escola comunidade docente" (FORMOSINHO, Braga, 1991) é que se pode construir uma nova escola e só no âmbito desta faz sentido a emergência do Projecto Educativo.
- Isabel II e a Bula Regnans in Excelsis, do Papa Pio VPublication . Vargas, Maria EsterRoma, 27 de Abril de 1570. Pretendendo tomar uma atitude de firmeza perante o que considerava ser desestabilização religiosa na Inglaterra, e imbuído do espírito tridentino, que tinha feito sentir a necessidade de posições drásticas por parte da igreja católica relativamente às ideias reformistas da época, o papa Pio V redigiu uma bula, na qual excomungava a rainha Isabel I. Pensava ele que esse documento viria refrear as tendências desfavoráveis a Roma e restabelecer a ordem e a paz sobre todo o reino inglês com a hegemonia do poder papal. Deste modo, dava continuidade, em seu entender, à Contra-Reforma iniciada por Mary Tudor, meia-irmã de Isabel I, e que num curto espaço de tempo (cinco anos) tinha feito rolar as cabeças de inúmeros membros do clero e defensores das ideias anti-papais de seu pai, Henrique VIII, e de seu irmão, Eduardo VI, espalhando o terror e o medo pelo país, de tal modo que ficou conhecida por Maria, a Sangrenta. Contudo, a Bula Regnans in Excelsis teve um efeito contrário ao pretendido por Pio V, dado que a partir de então não houve mais hipótese de entendimento entre Londres e Roma e as grandes vítimas de todo este processo acabariam por ser, não os protestantes, na altura designados por puritanos, mas os próprios católicos ingleses que, por assim dizer, ficaram "entre a espada e a parede". Com efeito, ao terem de escolher entre a excomunhão e a desobediência à soberana do seu pais, acabavam por não terem verdadeiramente qualquer opção, acabando por ser condenados por aquele que à partida os deveria defender. Esta precipitação papal levou à separação definitiva da Igreja de Inglaterra da tutela de Roma, bem como à tomada de medidas rígidas de perseguição aos católicos, pois proibi-los de obedecer a todas as leis civis do país era dar trunfos aos seus inimigos para acusar de traidores todos os apoiantes do Papa. Com o presente estudo, pretendemos dar a conhecer qual o contexto político-religioso deste documento papal, referindo-nos à situação que levou Pio V a actuar deste modo e focando as principais consequências no campo religioso e político, delimitando o campo de análise ao reinado de Isabel I (1558-1603), evitando assim uma dispersão a que o estudo da Reforma em Inglaterra desde Henrique VIII levaria, e que consideramos fora do âmbito do tema proposto.
- Anos 20 : maldição ou bênção para Babbitt?Publication . Lopes, Ana MariaO romance Babbitt, de Sinclair Lewis, foi publicado no ano de 1922, dealbar de uma época reconhecidamente conturbada e controversa: a década de 20. O presente trabalho tem por objectivo averiguar em que medida a mundividência de Babbitt deixa transparecer factores de pendor ideológico, núcleos temáticos e sócio - culturais que, corroborados com outros vectores periodológicos, constituem um universo imaginário, onde as suas coordenadas podem perfeitamente servir de base para que a época em questão possa ser reconstituída. É que, não obstante estarmos conscientes de que o texto literário tem como característica primeira a ficcionalidade, sabemos também que o discurso estético mantém com o mundo empírico uma inevitável e indelével correlação semântica. Também considerámos que seria pertinente incluir algumas breves achegas relativas aos temas que Sinclair Lewis privilegiou nas suas obras, por nos parecerem elementos elucidativos para uma visão mais sólida do seu universo ficcional.
- O conhecimento científico e a enfermagemPublication . Silva, Daniel Marques da; Batoca, Ernestina Maria VeríssimoA proliferação das ciências e das técnicas forma um horizonte feito de lógicas, onde predominam o modo de fazer, a eficácia, a experiência e as distribuições das correlações estatísticas (Petitat, 1998). Vivemos numa era científica na qual predomina o conhecimento racional e o conhecimento científico é, para muitos, a única espécie de conhecimento aceitável. No entanto está a verificar-se uma mudança de paradigma que conduz a uma mudança profunda no pensamento, percepção e valores que formam uma determinada visão da realidade. O universo passa de uma visão mecanicista para a visão de um todo dinâmico, indivisível, no qual as partes são essencialmente inter-relacionadas (Waldow, 1998). Este paradigma tem influenciado a enfermagem e o cuidar tem sido discutido nas suas múltiplas dimensões. As enfermeiras vêem as pessoas como seres totais, que possuem família, cultura, têm passado e futuro, crenças e valores que influenciam nas experiências de saúde e doença. O conhecimento empírico parece avaliar mais o elemento intelectual. Contudo, como diz Watson (1988), a enfermagem é uma ciência humana não podendo estar limitada à utilização de conhecimento relativo às ciências naturais. A enfermagem lida com seres humanos, que apresentam comportamentos peculiares construídos a partir de valores, princípios, padrões culturais e experiências que não podem ser objectivados e tão pouco considerados como elementos separados.
- O uso da tecnologia da informática na educação. Uma reflexão no ensino com criançasPublication . Rosini, Alessandro MarcoEste artigo reporta alguns fatores importantes da utilização de computadores por crianças e adolescentes na escola e consequentemente seus impactos diretos no aprendizado. A tecnologia da informação representa importante papel no cenário da educação, não devendo entretanto representar uma finalidade em si mesma, mas sim sendo utilizada como ferramenta auxiliar no processo cognitivo.
- Os mosteiros medievais como edifícios de saber. A conquista do território pela implantação de conhecimento desde o século X ao século XII - O caso português como ilustração paradigmáticaPublication . Lopes, HugoA opção pelo estudo dos mosteiros medievais no presente trabalho da disciplina de História e Teoria da Arquitectura, do Mestrado de Desenho Urbano do ISCTE, resultou do tema genérico que pretendo desenvolver na dissertação de mestrado: A Influência das Novas Tecnologias da Informação na Forma das Cidades; Um tema que implica o estudo da produção e transferência da informação, a sua dinâmica e implementação física edificada. A informação como conhecimento e cultura; a sua implicação nas formas, na estética e na estrutura das cidades. A tarefa do homem medieval de "construir um edifício" de saber a partir das parcas heranças escritas que chegaram à sua época tem um paralelo com a construção da base de dados de informação e de conhecimento que se está a gerar com o surgimento das novas tecnologias, especificamente com a Internet e a World Wide Web. Neste contexto, os mosteiros como locais de recolha, depósito e inevitável desenvolvimento do saber medieval, surgem como evidências fundamentais da constituição de um sistema de saber; verdadeiras unidades de estabelecimento do conhecimento. O seu papel na estruturação do território, a expansão e significado das suas fundações na rede geográfica desenvolvida na Idade Média confere-lhe uma imagem que, em termos abstractos, se poderia comparar aos Servidores e às Unidades Pessoais de Computadores que, interligados pela rede digital de comunicações, estruturam a Internet. Foi esta constatação que consubstanciou a opção pelo tema tratado. A informação recolhida para a elaboração deste trabalho e a sua análise poderão, de alguma maneira, servir para melhor enquadrar o tema que se pretende desenvolver na dissertação: como ilustração, como exemplo, ou como fundamento histórico das aventuras do saber e do conhecimento.
- Investigar a comunicação matemática no 1º CicloPublication . Menezes, Luís; Santos, Filipe; Silva, Arlete; Trindade, Maria JoãoEste trabalho apresenta parte da investigação conduzida por quatro professores (três do primeiro Ciclo e um do Superior) que trabalharam num projecto colaborativo focado na comunicação matemática no 1º Ciclo. A investigação foi conduzida em colaboração e teve como objecto de estudo as práticas comunicativas dos professores do primeiro ciclo ao trabalharem a área de Matemática, através da problematização critico-reflexiva feita por cada um. Para permitir uma análise mais profunda das acções comunicativas desenvolvidas por cada um deles, o grupo do projecto começou por discutir alguns trabalhos da área da comunicação matemática, com a presença de episódios de aulas. Os problemas colocados no projecto foram trabalhados até aparecerem boas questões que pudessem orientar a investigação; após esta fase edificou-se um dispositivo de investigação, com o trabalho a desenvolver por cada um dos elementos do grupo, na preparação de materiais, na recolha e análise de dados. O texto que agora emerge corresponde a um relato dos passos dados e traduz um esforço para tornar público alguns pontos desse caminho.
- Vibração Em Regime Livre de Placas Laminadas Espessas pelo Método dos Elementos Finitos Hierárquico (Free-State Vibration of Thick Rolled Plates using the Hierarchical Finite Element Method)Publication . P. Duarte, Rui; Ribeiro, PedroUm elemento finito hierárquico é desenvolvido para estudar o comportamento não linear geométrico de placas laminadas simétricas e assimétricas em materiais compósitos. É aplicada a teoria de Mindlin e as relações não lineares de von Kármán entre as deformações e os deslocamentos, ou seja, são considerados os efeitos da inércia rotacional, das deformações transversas e da não linearidade geométrica devida a grandes deformações. As equações de movimento no domínio do tempo são determinadas aplicando os princípios dos trabalhos virtuais e de d´Alembert. O modelo é aplicado em regime linear calculando as frequências naturais de placas encastradas, estudando a variação das frequências naturais com a espessura das placas e as propriedades de convergência do elemento. O modelo é validado comparando os resultados com os de outros autores. Já em regime não-linear, as equações são transformadas para o domínio da frequência utilizando o método do balanceamento dos harmónicos e a variação da frequência natural de vibração com a amplitude do deslocamento é analisada.