Browsing by Author "Pereira, Carla Alexandra Carvalho Matos"
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- Os alunos do terceiro ciclo do ensino básico e a formação em suporte básico de vida.Publication . Pereira, Carla Alexandra Carvalho Matos; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A paragem cardíaca súbita é uma das principais causas de morte na Europa. Cerca de 25 a 50% das vítimas de paragem cardíaca súbita, apresentam fibrilhação ventricular (FV). O único tratamento para FV é a desfibrilhação precoce. Cada minuto de atraso na desfibrilhação diminui a sobrevida; no entanto quando iniciado SBV de imediato esse declínio é mais gradual. O início imediato das manobras de SBV por quem presencia o colapso da vítima, aumenta significativamente a sobrevida da mesma. Neste estudo são avaliados os conhecimentos em SBV e a disponibilidade para iniciar manobras de SBV dos alunos do 3º ciclo de uma escola da cidade de Vila Real, antes e após ser ministrada uma formação sobre SBV. Objetivos: Avaliar os efeitos de uma formação sobre SBV no nível de conhecimentos em SBV dos alunos do 3º ciclo do ensino básico de uma escola da cidade de Vila Real; verificar os efeitos de uma formação em SBV na disponibilidade para a execução de SBV perante uma vítima a necessitar de ajuda. Metodologia: O estudo quantitativo, explicativo com corte longitudinal, quase-experimental com desenho de investigação antes-depois com grupo de controlo, objetivou avaliar o efeito de uma formação em SBV no nível de conhecimentos sobre SBV num grupo de alunos do 3º ciclo do ensino básico, bem como verificar a disponibilidade desses mesmos alunos em iniciar SBV perante uma vítima a necessitar de ajuda. Para isso aplicou-se um questionário de avaliação de conhecimentos e de disponibilidade antes e após a formação, sendo qua a formação ministrada foi diferente no grupo de controlo e no grupo experimental. Foi também efetuada uma avaliação de competências em SBV aos elementos do grupo experimental através de uma grelha de observação. Resultados: Antes da formação, 80.3% dos elementos não possuíam conhecimentos em SBV. Após a formação apenas 5.3% continuavam a não possuir conhecimentos em SBV. Quanto à disponibilidade para iniciar SBV antes da formação, apenas 13.2% da amostra demonstrava grande disponibilidade; 51.3% demonstravam disponibilidade moderada e 35.5% fraca disponibilidade. No final da formação, passaram a apresentar grande disponibilidade 47.4% da amostra; 14.5% passaram a apresentar fraca disponibilidade e 38.2% moderada disponibilidade. No intuito de verificarmos se os conhecimentos e a disponibilidade eram discriminados pelo grupo a que pertenciam, efetuamos um teste t para diferença de médias: o grupo experimental antes da formação apresentava mais conhecimentos e maior disponibilidade que o grupo controlo. Assumindo igualdade de variâncias pelo teste de Levenne verificámos, contudo, que as diferenças não são estatisticamente significativas. Após a formação denota-se um nível de conhecimentos e de disponibilidade no grupo controlo mais elevado que no grupo experimental mas as diferenças encontradas também não são significativas. Conclusão: Ensinar SBV a alunos do 3º ciclo do ensino básico foi bastante eficaz, tendo em conta que os conhecimentos antes da formação eram escassos tendo aumentado consideravelmente após a formação, assim como a disponibilidade para iniciar SBV se necessário. O tipo de formação não foi importante para o nível de conhecimentos adquiridos e da disponibilidade para iniciar SBV; já sobre as competências adquiridas não podemos comparar uma vez que estas só foram avaliadas ao grupo experimental. Podemos sim afirmar que neste grupo as competências foram adquiridas pela totalidade dos elementos. Demonstrando que gestos simples podem salvar vidas, gestos esses fáceis de aprender, de memorizar e de realizar. Palavras-chave: Basic life suport; availability; Knowledge.