Browsing by Author "Pereira, Carlos Manuel Figueiredo, orient."
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- Emergência pré-hospitalar : o papel do enfermeiro no âmbito da desfibrilhação automática externaPublication . Pinto, Nuno Filipe Costa; Pereira, Carlos Manuel Figueiredo, orient.; Dias, António Madureira, co-orient.Enquadramento: A Emergência Médica no geral e as situações de Paragem Cardiorrespiratória (PCR) em específico têm sido, desde sempre, áreas férteis e profícuas em termos de investigação e análise. Vários estudos e investigações se têm realizado e vários resultados pertinentes têm sido publicados a este respeito. No entanto, relativamente ao trabalho desempenhado pelos profissionais de enfermagem nesta área muito pouco se tem dito. Apesar do exercício profissional dos enfermeiros na atividade pré-hospitalar representar uma mais-valia e um benefício na intervenção clínica precoce, potenciando a excelência dos cuidados prestados, a verdade é que os estudos são quase inexistentes. Após alguns anos de experiência, urge então a necessidade de conhecer melhor esta área de intervenção e de perceber o impacto do trabalho desenvolvido por estes profissionais, nomeadamente nas situações que envolvem PCR. Objetivos gerais: Considerando como ponto de partida todas as situações de PCR ocorridas na Região Centro do país, no 1º semestre de 2013 (n=1598) para as quais houve acionamento de meios pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Centro e cujo registo de PCR se encontra alojado no Registo Nacional de PCR – Pré-Hospitalar (RNPCR-PH), pretende-se perceber de uma forma geral qual a percentagem de vítimas que reverteram da situação de PCR após a intervenção e se existe ou não alguma diferença estatisticamente significativa nesta taxa de sucesso em função do grau de diferenciação do meio enviado para o local: Suporte Imediato de Vida (SIV) ou Suporte Básico de Vida (SBV). Metodologia: De natureza não experimental, foi realizado um estudo quantitativo, descritivo-correlacional e transversal, com um único momento de avaliação. Resultados: Após análise dos resultados encontrados, e dando resposta ao principal objetivo deste trabalho, verificou-se que a intervenção de uma ambulância SIV no local da ocorrência em situações de PCR, aumenta em 4,5 vezes aproximadamente, as probabilidades de se verificar uma situação de recuperação de circulação espontânea (ROSC), OR=4,488 (95%; IC de 2,689 a 7,492). Após a analise univariada, verificámos que PCR testemunhada (χ2=9,815; p=0,002) e quem presenciou o momento do colapso (χ2=14,307; p=0,000) e utilização do equipamento de DAE (χ2=187,245; p=0,000), influenciaram significativamente o tipo de meio acionado, SBV ou SIV. Palavras Chave: Paragem Cardiorespiratória, Desfibrilhação, Enfermagem, Emergência Médica, Suporte Imediato de Vida.
- Insónia, depressão e qualidade de vida em professoresPublication . Almeida, Cristina Maria Abrantes; Pereira, Carlos Manuel Figueiredo, orient.; Duarte, João Carvalho, co-orient.Introdução: Os requisitos profissionais podem interferir com as atividades sociais, psicológicas e físicas, as quais podem condicionar a qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi analisar os determinantes da saúde relacionados com a qualidade de vida (QVRS) numa amostra de professores portugueses do ensino básico e secundário. Métodos: Num estudo transversal foram avaliados uma amostra de professores do ensino básico e secundário de dezassete agrupamentos/escolas públicas selecionadas aleatoriamente do distrito de Aveiro e Viseu, Portugal. Recorreu-se a um questionário autoaplicado para avaliar as variáveis sociais e demográficas, a insónia (critérios da DSM-IV), a depressão (BDI) e para avaliar a QVRS recorreu-se ao formulário SF-12, agrupado em dimensões físicas e mentais (maior pontuação melhor qualidade de vida). A amostra final era composta por 604 professores do ensino básico (443 do sexo feminino, 73,3%), idade = 43,7 ± 7,6 anos. Foi utilizado o teste do qui-quadrado para comparar proporções e Kruskal Wallis para comparar as variáveis contínuas. Resultados: As pontuações totais de qualidade de vida foram associados com o género (34,7±2,7 vs. 33,3±3,6, p<0,001), registando-se valores inferiores no sexo feminino, traduzindo melhor qualidade de vida comparativamente ao sexo masculino. Os determinantes da qualidade de vida foram associados às variáveis género (superiores no género masculino, 34,7±2,7 vs. 33,3±3,6, p<0,01), idade (<30 anos=36,2±3,0; 30-35 anos=33,9±3,0; 35-40 anos=33,7±2,9; 40-45 anos=33,8±3,5; 45-50 anos=33,5±3,9 e ≥50 anos=33,4±3,5, p=0,03), habilitações literárias (bacharelato=32,6±3,7, licenciatura=33,6±3,3, pós-graduação=34,1±3,2, mestrado=34,5±3,2, e doutoramento=35,4±2,8, p=0,03) e satisfação geral no trabalho (não=33,4±3,6 vs. sim=34,5±2,8, p<0,01), insónia (não=34,2±3,0 vs. sim=34,5±3,7, p<0,01), depressão (não=34,1±3,1 vs. sim=30,9±3,8, p<0,01) e satisfação geral dos professores (não=33,2±3,6 vs. sim=34,0±3,2, p<0,01). As dimensões físicas foram associadas ao género, idade, tempo de serviço, prática de desporto, depressão e insónia. Além disso, as dimensões mentais foram associadas ao estado civil, tempo de serviço e prática de desporto. Conclusões: O comprometimento da qualidade de vida nos professores portugueses do ensino básico e secundário encontra-se associado a variáveis socioeconómicas e profissionais. Palavras-chave: professores, qualidade de vida, satisfação profissional.
- Tempo de demora intra-hospitalar das síndromes coronárias agudasPublication . Santos, Nuno Martins Miranda; Pereira, Carlos Manuel Figueiredo, orient.; Dias, António Madureira, co-orient.TITULO: Tempo de Demora Intra-hospitalar das Síndromes Coronárias Agudas. ENQUADRAMENTO: A doença coronária, por si só, mantém-se no primeiro lugar das causas de morte na União Europeia. O enfarte agudo do miocárdio (EAM) constitui uma importante causa de morbilidade e mortalidade, sobretudo ao nível dos países industrializados, e resulta, habitualmente, de um processo progressivo de aterosclerose coronária. Todos os anos em Portugal ocorrem cerca de 10.000 EAM. Em doentes com enfarte do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, a reperfusão precoce é o tratamento de eleição. Manter o menor intervalo de tempo desde o início dos sintomas até à reperfusão é realçado nas guidelines atuais como uma prioridade. OBJECTIVOS: Determinar o tempo de demora intra-hospitalar das Síndromes Coronárias Agudas e analisar a influência de determinadas variáveis no tempo de demora intra-hospitalar, como a idade, o sexo, a forma de admissão (proveniência e tipo de transporte), a prioridade do Sistema de Triagem de Manchester (STM), a dor torácica, o tipo de Síndrome Coronária Aguda (SCA) e a Via Verde Coronária (VVC). MÉTODOS: É um estudo quantitativo e transversal. Amostra constituída por 204 indivíduos com diagnóstico médico de SCA, internados na UCIC do CHTV, EPE, no período compreendido de 1 de Janeiro de 2010 a 30 de Setembro de 2010. A recolha de dados teve por base o registo informático do Sistema ALERT®. RESULTADOS: Os doentes são maioritariamente do sexo masculino (70,1%) com uma média de idades de 69,75 anos (dp=12,74). 63,2% são provenientes do domicílio, 34,8% foram referenciados pelo centro de saúde/SUB. A ambulância sem médico e os meios próprios são o tipo de transporte mais utilizado (44,1% e 42,6% respetivamente). 96,1% dos indivíduos apresentaram dor torácica. 49,0% dos indivíduos foi diagnosticado EAM sem Supra-ST, 32,4% dos indivíduos foi diagnosticado EAM com Supra-ST e 18,6% dos indivíduos foi diagnosticado angina instável. O tempo médio de demora pré-hospitalar (DPH) foi de 1043,11 minutos e o tempo médio entre o início da dor torácica e a admissão no Serviço de Urgência (TDH) foi de 1044,13 minutos; o tempo médio entre a admissão e a realização de triagem (DAT) foi de 8,60 minutos; o tempo médio entre a triagem e a realização do eletrocardiograma (DT-ECG) foi de 34,09 minutos; o tempo médio entre a realização do eletrocardiograma e a primeira observação médica (D-ECGMédico) foi de 20,48 minutos; o tempo médio entre a primeira observação médica e a administração da primeira terapêutica (D-Médico-Terapêutica) foi de 20,25 minutos; o tempo médio entre a admissão e a alta/internamento do doente (DIH-SU) foi de 281,91 minutos, com um tempo mínimo de 6 minutos e máximo de 1500 minutos. 64,7% dos indivíduos fizeram o 1.º ECG no SU num tempo superior a 10 minutos e apenas 35,3% dos indivíduos fizeram o 1.º ECG no SU num tempo 10 minutos. 74,5% dos indivíduos foram triados através do fluxograma Dor Torácica, 70,6% dos indivíduos foram triados com a prioridade laranja e 72,7% dos indivíduos do sexo masculino e 70,5% dos indivíduos do sexo feminino entraram pela VVC. Relativamente ao DIH-SU, o tempo médio foi de 126,71 minutos (dp=141,023) nos indivíduos com EAM com Supra-ST, 340,76 minutos (dp=246,71) nos indivíduos com EAM sem Supra-ST e 396,61 minutos (dp=324,50) nos indivíduos com angina instável. CONCLUSÃO: Os indivíduos do sexo masculino têm um tempo de demora intrahospitalar inferior aos indivíduos do sexo feminino (p> 0,05). Os indivíduos do grupo etário <55 anos apresentam melhores valores médios do tempo entre a admissão e a alta/internamento (p> 0,05). Os indivíduos transferidos do domicílio apresentam melhores valores médios no tempo de demora intra-hospitalar que os indivíduos que são referenciados por outra Instituição de Saúde (p> 0,05). Os indivíduos transportados em ambulância com médico apresentam melhores tempos médios de demora intrahospitalar (p< 0,05). Os indivíduos com dor torácica apresentam piores tempos médios de demora intra-hospitalar que os indivíduos sem dor torácica, à exceção do tempo entre a triagem e o ECG (p< 0,05). Os indivíduos com EAM com Supra-ST são os indivíduos que apresentam melhores tempos médios de demora intra-hospitalar (p< 0,001). Os indivíduos que entraram na VVC são os indivíduos que apresentam melhores tempos médios de demora intra-hospitalar (p< 0,001). PALAVRAS-CHAVE: Síndrome coronária aguda, Tempo de demora intra-hospitalar, Triagem de Manchester, Dor torácica, Tipo de SCA, Via Verde Coronária, ECG.