Browsing by Author "Rodrigues, Clara Maria Moreira Guedes"
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- Qualidade de vida em mulheres adultas mastectomizadasPublication . Rodrigues, Clara Maria Moreira Guedes; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: O cancro da mama é, atualmente, a patologia oncológica com maior incidência na mulher a nível mundial. Embora o seu tratamento seja cada vez mais eficaz, na maioria dos casos acarreta perda de funcionalidade associada à morbilidade física e emocional, com impacto direto na qualidade de vida da mulher. Conhecer quais as determinantes que interferem neste contexto, permite aos enfermeiros de reabilitação dotarem-se de competências que promovam a recuperação destas mulheres. Objetivos: Avaliar o impacto da mastectomia na qualidade de vida da mulher, compreendendo a relação existente entre as determinantes sociodemográficas, clínicas e psicossociais e a qualidade de vida. Métodos/Procedimentos: Realizou-se um estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, utilizando uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 43 mulheres submetidas a mastectomia do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro – Unidade de Vila Real, seguidas em consulta de folow up de cirurgia e cirurgia oncológica. O questionário utilizado na recolha dos dados integrava três secções de caracterização sociodemográfica, clínica e psicossocial. Foram, ainda, utilizadas a Escala de Funcionalidade Familiar, a EORTC - QLQ-C30 com o suplemento BR23 e a escala da Incapacidade do braço, ombro e mão (DASH), todas testadas e validadas em Portugal. Resultados: A amostra era constituída por 43 mulheres submetidas a mastectomia com média de idade de 49,6 anos, casadas na sua maioria (74,4%), detentoras de curso superior (34,9%) e com rendimento mensal médio que variava entre 501€ e 1000€ mensais (37,2%). Constatou-se que 62,8% destas mulheres foi submetida a cirurgia mamária com esvaziamento axilar e que 69,8% realizou mais que um tratamento adjuvante. Referiram sentir dor “algumas” vezes (39,5%), e quanto a amplitude de movimento do ombro homolateral à cirurgia, verificou-se uma perda entre 10 e 22º nos movimentos de adução horizontal, abdução, flexão e extensão, e 77,7% das mulheres não realizou qualquer programa de reabilitação pós-cirúrgica. Constatou-se que a amostra evidenciava uma “boa” qualidade de vida na generalidade (M=58,13), com uma moderada funcionalidade e baixa sintomatologia, contudo, a incapacidade do braço, ombro e mão está mais presente, evidenciando uma incapacidade moderada (M=47,07). Constatou-se que a idade, a cirurgia com esvaziamento axilar, a dor, a força e a amplitude de movimento do ombro são, para estas mulheres, as determinantes significativas (p<0,05) na sua qualidade de vida. Conclusões: Apesar do número reduzido da amostra, os resultados evidenciam o impacto das determinantes clínicas na qualidade de vida destas mulheres, constituindo-se, assim, como o campo de intervenção do enfermeiro de reabilitação. Palavra-chave: mulheres, mastectomia, qualidade de vida, reabilitação.