Browsing by Author "Rodrigues, Maria Rosa Correia"
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- Intervenções de enfermagem na abordagem da criança vítima de maus tratos em contexto hospitalarPublication . Rodrigues, Maria Rosa Correia; Costa, Maria da Graça Ferreira Aparício; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: Os maus-tratos caracterizam-se por atos intencionais contínuos e que ocasionam dano físico, psicológico ou social à criança, sendo praticados por um agente agressor em condições de superioridade. Embora não se restrinja ao âmbito doméstico, a prática de maus-tratos pelos pais ou responsáveis constituem a forma mais frequente de violência contra as crianças em contexto hospitalar. Objetivo: Identificar as intervenções dos enfermeiros na abordagem de crianças vítimas de maus tratos em contexto hospitalar. Métodos: Considerando a diversidade de informação relativa à abordagem dos maus tratos a crianças e de forma a serem identificadas as melhores intervenções na prática de enfermagem, baseadas em recomendações científicas, que se definiu levar a efeito uma revisão integrativa da literatura sobre essa temática. Quanto aos métodos de seleção da evidência científica deste estudo, a primeira etapa foi realizada pela utilização da Biblioteca Virtual em Saúde – Descritores em Ciências da Saúde – a fim de se poder validar os descritores, o que deu acesso a outros motores de pesquisa, tais como: PubMed - indexed for MEDLINE, SciELO; B-on, Latindex e Lilacs. Os descritores ou palavras-chave foram: a) “Child” b) “abuse victims” c) “nurse's role”; “a+b” e) “a+c”. Resultados: No que respeita às intervenções necessárias à abordagem da criança vítima de maus tratos, os estudos salientam a importância de: notificação da situação, de forma a ser dada visibilidade ao problema e ao despoletar de toda a intervenção legal; Encaminhamento para outros profissionais, que garanta uma cobertura multiprofissional, nomeadamente do serviço social e psicologia; Existência de protocolos de atuação que sirvam de guia para a tomada de decisão; Capacitação da equipa de saúde, sobretudo dos enfermeiros na abordagem específica destas situações, que garanta cuidados adequados; Acolhimento da criança/família que deve ter em consideração a particularidade da sua situação emocional; Cuidados clínicos imediatos. No que respeita às dificuldades sentidas destaca-se: Ausência de protocolos institucionais; Ausência de conhecimento/capacitação técnica da equipa sobre a violência contra as crianças, o que dificulta a abordagem e o encaminhamento da situação; Reconhecimento/identificação dos sinais de alerta, sobretudo nos casos em que a criança/família negam a situação; Desconhecimento das normas legais instituídas; Falta de consenso na atuação, resultante da falta de preparação e de discussão sobre a temática. Conclusão: Os enfermeiros, por inerência da missão que lhes cabe, devem ser conhecedores dos riscos de carácter psicossocial que estão presentes nas crianças vítimas de maus tratos, de modo a que as suas intervenções sejam consentâneas com cada caso e a fim de se poder minimizar as sequelas que daí possam advir. Têm a responsabilidade particular na deteção precoce de contextos, fatores de risco e de sinais de alarme, nesta matéria, no acompanhamento dos casos e na sinalização dos mesmos. Palavras-chave: Maus tratos; Crianças; Intervenções de enfermagem; Contexto hospitalar.