Browsing by Author "Santos, Nuno Martins Miranda"
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- Tempo de demora intra-hospitalar das síndromes coronárias agudasPublication . Santos, Nuno Martins Miranda; Pereira, Carlos Manuel Figueiredo, orient.; Dias, António Madureira, co-orient.TITULO: Tempo de Demora Intra-hospitalar das Síndromes Coronárias Agudas. ENQUADRAMENTO: A doença coronária, por si só, mantém-se no primeiro lugar das causas de morte na União Europeia. O enfarte agudo do miocárdio (EAM) constitui uma importante causa de morbilidade e mortalidade, sobretudo ao nível dos países industrializados, e resulta, habitualmente, de um processo progressivo de aterosclerose coronária. Todos os anos em Portugal ocorrem cerca de 10.000 EAM. Em doentes com enfarte do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, a reperfusão precoce é o tratamento de eleição. Manter o menor intervalo de tempo desde o início dos sintomas até à reperfusão é realçado nas guidelines atuais como uma prioridade. OBJECTIVOS: Determinar o tempo de demora intra-hospitalar das Síndromes Coronárias Agudas e analisar a influência de determinadas variáveis no tempo de demora intra-hospitalar, como a idade, o sexo, a forma de admissão (proveniência e tipo de transporte), a prioridade do Sistema de Triagem de Manchester (STM), a dor torácica, o tipo de Síndrome Coronária Aguda (SCA) e a Via Verde Coronária (VVC). MÉTODOS: É um estudo quantitativo e transversal. Amostra constituída por 204 indivíduos com diagnóstico médico de SCA, internados na UCIC do CHTV, EPE, no período compreendido de 1 de Janeiro de 2010 a 30 de Setembro de 2010. A recolha de dados teve por base o registo informático do Sistema ALERT®. RESULTADOS: Os doentes são maioritariamente do sexo masculino (70,1%) com uma média de idades de 69,75 anos (dp=12,74). 63,2% são provenientes do domicílio, 34,8% foram referenciados pelo centro de saúde/SUB. A ambulância sem médico e os meios próprios são o tipo de transporte mais utilizado (44,1% e 42,6% respetivamente). 96,1% dos indivíduos apresentaram dor torácica. 49,0% dos indivíduos foi diagnosticado EAM sem Supra-ST, 32,4% dos indivíduos foi diagnosticado EAM com Supra-ST e 18,6% dos indivíduos foi diagnosticado angina instável. O tempo médio de demora pré-hospitalar (DPH) foi de 1043,11 minutos e o tempo médio entre o início da dor torácica e a admissão no Serviço de Urgência (TDH) foi de 1044,13 minutos; o tempo médio entre a admissão e a realização de triagem (DAT) foi de 8,60 minutos; o tempo médio entre a triagem e a realização do eletrocardiograma (DT-ECG) foi de 34,09 minutos; o tempo médio entre a realização do eletrocardiograma e a primeira observação médica (D-ECGMédico) foi de 20,48 minutos; o tempo médio entre a primeira observação médica e a administração da primeira terapêutica (D-Médico-Terapêutica) foi de 20,25 minutos; o tempo médio entre a admissão e a alta/internamento do doente (DIH-SU) foi de 281,91 minutos, com um tempo mínimo de 6 minutos e máximo de 1500 minutos. 64,7% dos indivíduos fizeram o 1.º ECG no SU num tempo superior a 10 minutos e apenas 35,3% dos indivíduos fizeram o 1.º ECG no SU num tempo 10 minutos. 74,5% dos indivíduos foram triados através do fluxograma Dor Torácica, 70,6% dos indivíduos foram triados com a prioridade laranja e 72,7% dos indivíduos do sexo masculino e 70,5% dos indivíduos do sexo feminino entraram pela VVC. Relativamente ao DIH-SU, o tempo médio foi de 126,71 minutos (dp=141,023) nos indivíduos com EAM com Supra-ST, 340,76 minutos (dp=246,71) nos indivíduos com EAM sem Supra-ST e 396,61 minutos (dp=324,50) nos indivíduos com angina instável. CONCLUSÃO: Os indivíduos do sexo masculino têm um tempo de demora intrahospitalar inferior aos indivíduos do sexo feminino (p> 0,05). Os indivíduos do grupo etário <55 anos apresentam melhores valores médios do tempo entre a admissão e a alta/internamento (p> 0,05). Os indivíduos transferidos do domicílio apresentam melhores valores médios no tempo de demora intra-hospitalar que os indivíduos que são referenciados por outra Instituição de Saúde (p> 0,05). Os indivíduos transportados em ambulância com médico apresentam melhores tempos médios de demora intrahospitalar (p< 0,05). Os indivíduos com dor torácica apresentam piores tempos médios de demora intra-hospitalar que os indivíduos sem dor torácica, à exceção do tempo entre a triagem e o ECG (p< 0,05). Os indivíduos com EAM com Supra-ST são os indivíduos que apresentam melhores tempos médios de demora intra-hospitalar (p< 0,001). Os indivíduos que entraram na VVC são os indivíduos que apresentam melhores tempos médios de demora intra-hospitalar (p< 0,001). PALAVRAS-CHAVE: Síndrome coronária aguda, Tempo de demora intra-hospitalar, Triagem de Manchester, Dor torácica, Tipo de SCA, Via Verde Coronária, ECG.