Browsing by Author "Teixeira, Ana Cristina Esteves"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Perceção das puérperas sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dorPublication . Teixeira, Ana Cristina Esteves; Nelas, Paula Alexandra de Andrade BatistaIntrodução: Este relatório pretende descrever o percurso do estágio de natureza profissional enquanto estudante do 6º CMESMO e 11º CPLESMO. A sua conceção tem por base uma análise retrospetiva do processo de aquisição e desenvolvimento de competências inerentes à aquisição do título de EEESMO pela Ordem dos Enfermeiros. O estágio foi desenvolvido em contextos que permitiram cuidar a mulher /família durante o ciclo gravídico-puerperal: a sala de partos; promoção de saúde da mulher, o puerpério; patologia da gravidez; ginecologia e neonatologia. O presente relatório descreve as experiências vividas durante o estágio, as intervenções realizadas, o seu confronto com a melhor evidência científica, bem como a análise crítica e reflexiva, a qual possibilitou não só o meu crescimento enquanto futura EEESMO, como o meu crescimento pessoal. No presente relatório apresentamos ainda um estudo de investigação com o tema “Perceção das puérperas sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dor” uma vez que consideramos que a gestão da dor durante o trabalho de parto é um dever dos profissionais de saúde e um direito das parturientes. Esta é uma forma de promoção de uma vivência gratificante e positiva de um dos momentos mais marcantes na vida de uma mulher/casal, pelo que optamos pelo estudo da perceção da dor após aplicação de técnicas não farmacológicas. Objetivos: Os objetivos principais deste estudo são avaliar quais as técnicas não farmacológicas de alívio de dor mais implementadas, qual o impacto destas técnicas no alívio da dor, qual o impacto das variáveis sociais (idade, profissão, residência, situação profissional, estado civil e habilitações literárias) na perceção da dor após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor e qual o impacto das variáveis obstétricas (número de gravidezes, número de filhos, gravidez atual, programas de preparação para o parto e parentalidade e tipo de parto) na perceção da dor após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor. Métodos: Este é um estudo analítico, descritivo-correlacional, transversal, quantitativo, com amostra não probabilística, intencional por conveniência constituída por 200 puérperas, com uma média de idade de 29,67 anos (Dp=5,43). O instrumento de colheita de dados foi um questionário que permitiu fazer a caracterização sociodemográfica (idade, profissão, residência, situação profissional, estado civil e habilitações literárias), obstétrica (número de gravidezes, número de filhos, gravidez atual, programas de preparação para o parto e tipo de parto) da amostra. Foi ainda incluída uma escala “Impacto das técnicas não farmacológicas no alívio da dor no trabalho de parto” (construída para o efeito). Resultados: Foram encontrados os seguintes valores de alpha global para cada técnica não farmacológica (Bola de pilates = 0,852; Deambulação = 0,849; Massagem = 0,920; Duche quente = 0,904; Musicoterapia = 0,964. As técnicas não farmacológicas de alívio da dor mais implementadas e motivadas pelos enfermeiros foram o duche quente (25%), a deambulação (28,5%) e a bola de pilates (33%). A contrapressão revelou-se a técnica mais eficaz, seguida do duche quente e da deambulação. Segue-se a bola de pilates e a massagem. Constatou-se um claro domínio das participantes em que o nível da dor diminuiu após aplicação das técnicas. As variáveis sóciodemográficas que influenciaram a perceção da dor, após a aplicação das técnicas não farmacológicas de alívio da dor foi apenas a situação profissional, nomeadamente para o duche quente (p=0.016). As variáveis obstétricas que influenciaram a perceção da dor, após aplicação das técnicas não farmacológicas foi apenas o número de gravidezes, nomeadamente para a massagem (p=0.050) e os programas de preparação para o parto, na deambulação (p=0,050). Conclusão: Os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, pelo papel privilegiado que desempenham no acompanhamento da parturiente, têm o dever de informar as mulheres sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dor existentes, colocando-as ao dispor e em prática, durante o trabalho de parto, contribuindo desta forma para uma experiência mais gratificante do trabalho de parto e parto e também para uma transição positiva para a parentalidade. Palavras-chave: Dor; Trabalho de parto; Parturientes; Técnicas não farmacológicas.