Browsing by Issue Date, starting with "2001-04"
Now showing 1 - 8 of 8
Results Per Page
Sort Options
- (...) um tal picardo que pinta uns monos e uns grandes sardõesPublication . Calheiros, LuísPatrimónio também é preservação do presente, porque é preciso dar um passado memorável ao nosso futuro. Este texto regista o património "de véspera" (da região), ... móvel, ainda que objectual... bens estimáveis, apesar de significativamente mais efémeros do que as construções duradouras! A ideia de Património releva sempre para um universo de valores de memorabilae excelentíssima, passado preservado, memória conservada, e nomeia, invariavelmente, antiguidades e monumentos. É de um renovar da nomeação que consta este texto, que se quer interventivo e mobilizador. Porque a memória historiável, pretérito edificante, de excepção, testemunhal, materializado o seu registo em necessária política de conservação, porque merecedor da posteridade possível, envolve também o passado recentíssimo (a que o marco cronológico do fim do ano, século e milénio, preteriu contudo para o século passado).
- A propósito do Centenário da morte de... AUGUSTA CRUZ - Cantora Lírica Viseense - (Viseu 13.08.1869 – Lisboa 06.01.1901)Publication . Cruz, Artur Valente daAo propor-me fazer o estudo da vida e obra de Maria Augusta Correia da Cruz, parti do ligeiro conhecimento que da sua existência tinha, quer pelo nome de uma rua da nossa cidade (que liga a praça onde viveu e o Soar de Cima), quer por uma notícia que, em 1991, encontrei no Democracia da Beira de 5 de Agosto de 1891, quando buscava dados para o artigo que então publiquei na revista Feira de S. Mateus/91, que intitulei: Cem Anos Depois...Viseu: Economia, Cultura e Feira de S. Mateus no ano de 1891.
- Carta ao meu corpo: localismo, utopia & atopia (Roteiro essencialista sobre a cultura viseense)Publication . Sousa, Martim de Gouveia eO sertanejo João Guimarães Rosa, que é indubitavelmente um dos mais estimulantes escritores e romancistas de língua portuguesa, desde cedo compreendeu, como o confidenciou a Gunter Lorenz, que observar bem dentro o olho fundo do boi do sertão era olhar para a imensidão do mundo. E logo essa quimera localista se inscreveu na atopia congregadora, aí se insinuando o convite à diferença que promove a audácia de ver melhor, de ver mais longe e de ver da margem, desse modo se criando, à boa maneira de Boaventura de Sousa Santos, uma heterotopia, a que, por conveniência, chamarei também Pasárgada 2, porque me seduz desde logo a ressonância dessoutro formidável poeta brasileiro de nome Manuel Bandeira (Itinerário de Pasárgada , Testamento de Pasárgada e o cativante eco "Vou-me embora p' ra Pasárgada"), e não posso deixar de ficar rendido perante o refinamento arquitectónico do império dos Aqueménidas.
- Por terras do Douro Sul – alguns aspectos da sua riqueza patrimonial.Publication . Ribeiro, AgostinhoTecer considerações sobre o património cultural, seja de que local ou região for, é sempre uma tarefa ingrata a quem se propõe realizar tal objectivo: ingrata, porque sempre ficará muito por dizer, do pouco que sempre se diz; ingrata, porque a amplitude e vastidão do que podemos designar por património cultural fica sempre aquém do que realmente ele é; ingrata ainda pela difícil obtenção de um equilíbrio entre a mera descrição, algo fria e distante, e o tom laudatório, excessivamente emotivo, por parte de quem o pode produzir. Reconheço dificuldades em me conter na mera descrição dessa realidade patrimonial e cultural, sobretudo em se tratando da região a que pertenço. O sentido que devemos emprestar à própria noção de património deve ser percebido nas duas direcções - a de posse e a de pertença - significando assim a assunção de direitos, mas também de deveres, perante um conjunto de bens materiais e imateriais que se herdam e que nos ajudam a melhor apreender o passado colectivo e com o qual ficamos para sempre obrigados a tudo fazer no sentido de o transmitir às gerações vindouras nas melhores condições possíveis. Não sei, portanto, descrever o património cultural da minha terra de outra maneira que não seja esta - objectivo, tanto quanto possível, irremediavelmente panegírico, salpicado, aqui e ali, com algumas pinceladas mais poéticas, sem outra intenção que não seja a de suscitar o interesse de quem tiver lido este breve e despretensioso artigo a fazer uma visita às terras do Douro-Sul.
- Património Arquitectónico de Viseu - uma réplica desconhecida do claustro renascentista da SéPublication . Rodrigues, DalilaO património dos lugares, resultado das muitas acumulações que o tempo foi sedimentando, é feito de presenças visíveis e de valor reconhecido, mas também de existências discretas e pouco valorizadas. A relação entre o importante claustro renascentista da Sé e um desconhecido exemplar da arquitectura civil, cujo valor histórico e artístico aqui se divulga, vem ilustrar esta realidade. Mas vem também esclarecer, pela iniludível proximidade formal que existe entre ambos, um dos fenómenos recorrentes na história da produção artística - o da relação entre modelo e cópia interpretativa ou o do impacte da "obra de arte maior" sobre produções sequentes e universos mais limitados.
- Património Histórico-Cultural da Região de LafõesPublication . Oliveira, A. NazaréNo tratamento do Concelho de S. Pedro do Sul, existem algumas coincidências de texto com parte do nosso trabalho "PARA A HISTÓRIA DO CONCELHO DE S. PEDRO DO SUL", cuja publicação iniciámos, no último número da revista "Beira Alta". Porque as temáticas têm pontos comuns, as coincidências eram inevitáveis, ainda que se trate de trabalhos de índole, âmbito e estruturação diferentes. O texto agora publicado em "MILLENIUM" abrange uma área geograficamente mais extensa, uma vez que abarca os três concelhos da Região de Lafões, mas centra-se no património cultural, ainda que com alguns afloramentos históricos. O trabalho cuja publicação iniciámos na "BEIRA ALTA", restringindo-se, embora, ao Concelho de S. Pedro do Sul, tem um tratamento historicamente mais extenso, analítico e aprofundado. Como não podia deixar de ser, aborda, também, o património cultural, mas irá muito além, na medida em que incide em muitos outros aspectos da História do Concelho.
- Tábuas pintadas com "Milagres". Uma crónica da vida dos homensPublication . Correia, AlbertoHouve um tempo em que os Santuários de romaria ostentavam paredes inteiras cobertas de quadros pintados com tintas ainda vivas ou já delidas pela entrada da luz ou o passar dos anos. E era então de ver em dias de festa como os romeiros se detinham, surpresos, face a esses pequenos quadros de género onde se contavam histórias, às vezes a história que um deles vivera e dela assim fizera crónica, sempre histórias de alguém que um dia mergulhara em desgraça e um milagre salvara para espanto de todos.
- Memórias do extinto Mosteiro de S. Francisco do Monte de Orgens (Viseu)Publication . Alves, AlexandreEscreve o erudito cronista viseense, Dr Manoel Botelho Ribeiro Pereira1, nos seus Diálogos Moraes e Políticos, compostos entre 1630 e 1636, que em vida do bispo D. João Homem2, pelos anos de 1410, se fundou hum quarto de legua da cidade o insigne Mosteiro de S. Francisco d'Orgens. Foi seu fundador Fr. Pedro de Alemanços, natural da Galiza, religioso da Observância, a cuja Ordem foi o convento primeiramente dedicado. Teve início numa ermida de S. Domingos, "sujeita à Sé e Cabido", o que originou grandes contendas com a clerezia, mais tarde sanadas por força de um Breve do Papa Martinho V, de 28 de Setembro de 1424. Dois anos depois, em 15 de Maio de 1426, D. Fr. Aimaro (ou Aymerico), bispo de Ceuta e capelão-mor do Infante D. Henrique, daria execução ao rescrito pontifício: demarcou e benzeu o cemitério, confirmando aos frades a posse da ermida e da cerca em redor, que era vinha, doada pelo Cabido3.