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- Estilos de parentalidade e funcionalidade familiar : O recurso à urgência hospitalar na adolescênciaPublication . Mota, Ricardo Alexandre Carreira; Silva, Ernestina Maria Veríssimo BatocaEnquadramento: Atualmente, a ciência entende que, estudar a relação pais/filhos é de uma importância vital, pois esta repercute-se no desenvolvimento dos adolescentes, quer ao nível psicossocial, quer em outras áreas de funcionamento. Tendo como pressuposto a ideia sistémica de que as transformações relacionais e sociais atuam nos seus membros, considera-se relevante analisar a perceção que os filhos têm acerca dos estilos de socialização parental. Objetivo: Analisar a influência das variáveis sociodemográficas dos adolescentes nas situações clínicas que motivaram o recurso ao serviço de urgência pediátrica; Identificar os estilos de socialização parentais e a funcionalidade familiar presente nas famílias dos adolescentes. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e transversal, de análise quantitativa realizado numa amostra de 64 adolescentes da região de Viseu, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos, e que recorreram ao Serviço de Urgência Pediátrica do CHTV,EPE. Para recolha de informação foi aplicado um questionário onde foram avaliados alguns parâmetros sociodemográficos, assim como aplicadas a escala de funcionalidade familiar de Smilkstein (1978) e a Escala de Estilos de Socialização Parental na Adolescência (ESPA29) desenvolvida por Musitu e García (2004), e validada para a população portuguesa por Nunes, Luís e Lemos (2010). Resultados: Existe uma percentagem ainda significativa de adolescentes que considera a sua família como disfuncional (9,4%) ou moderadamente disfuncional (18,8%); Nos adolescentes do sexo masculino verifica-se uma percentagem mais elevada (50,0%) do que no sexo feminino (41,0%) de vindas ao serviço de urgência pediátrica, provocadas por acidentes ou traumatismos; Na perceção dos adolescentes, a mãe demonstrou um maior grau de afeto que o pai, o qual geralmente se mostrava mais indiferente que a mãe ou até mais displicente; Conclui-se que, a generalidade da amostra, perceciona que ambos os pais se enquadram no estilo de socialização parental permissivo, caracterizando-se como sendo mais afetuosos do que exigentes. Conclusões: As evidências encontradas realçam a necessidade de se investir na formação e sensibilização dos enfermeiros sobre a importância das relações pais/filhos, nomeadamente ao nível da funcionalidade familiar e dos estilos de socialização parentais. Palavras-chave: funcionalidade familiar; recurso ao Serviço de Urgência Pediátrica; estilos de socialização parentais.
- Hipotermia terapêutica no pré-hospitalarPublication . Marques, Nuno Fernando Ferreira; Cunha, MadalenaA hipotermia terapêutica melhora a sobrevivência e o resultado neurológico após paragem cardíaca ocorrida no pré-hospitalar, pelo que tem sido recomendada a sua utilização em vítimas com recuperação de circulação espontânea. O objectivo deste estudo foi conhecer o efeito da hipotermia terapêutica pré-hospitalar (HTPH) na sobrevivência e nos outcomes neurológicos das vítimas que sofreram paragem cardíaca extra-hospitalar. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura sobre estudos que avaliavam o efeito da HTPH em vítimas que tinham sofrido PCR. Foi efetuada uma pesquisa na PUBMED, EBSCO e Google Académico de estudos publicados entre Janeiro de 2007 e 31 de Maio de 2013. Os estudos encontrados foram depois avaliados tendo em consideração os critérios de inclusão previamente estabelecidos. Dois revisores avaliaram a qualidade dos estudos a incluir utilizando a grelha para avaliação crítica de um estudo descrevendo um ensaio clinico prospetivo, aleatorizado e controlado de Carneiro (2008). Na meta-análise utilizou-se o método Mantel-Haenszel, recorrendo-se ao efeito de modelos aleatórios. Resultados: Cinco RCT’s preenchiam os critérios de inclusão, envolvendo 759 participantes, sendo 378 do grupo de hipotermia pré-hospitalar e 381 do grupo controlo. A análise dos estudos revela que existem diferenças significativas na diminuição da temperatura na admissão hospitalar quando utilizada a HTPH comparativamente à normotermia ou hipotermia terapêutica hospitalar (HTH) (IV=-1,16; IC 95%= -1,40-0,92; p <0,00001). Contudo não são observadas diferenças significativas no que se refere à sobrevivência (RR=0,97; IC 95%=0,79-1,19; p=0,76) e outcomes neurológicos favoráveis (RR=0,98; IC 95%=0,79-1,20; p=0,83). Conclusão: A HTPH diminui a temperatura na admissão hospitalar, contudo não tem influência na sobrevivência e nos outcomes neurológicos favoráveis no momento da alta hospitalar. PALAVRAS – CHAVE: Hipotermia terapêutica, Pré-hospitalar, Paragem cardíaca.