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- Satisfação das crianças jovens com a consulta de diabetes : impacto na sua qualidade de vidaPublication . Barata, Ana Sofia Ferreira das Neves; Aparício, Graça; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A Diabetes Mellitus Tipo 1 é uma das patologias crónicas mais comuns da idade pediátrica que implica um tratamento exigente, com o intuito de obter uma boa qualidade de vida. Existe cada vez uma maior a preocupação com a Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde, sendo esta uma medida essencial de resultados em saúde e objectivo primordial da equipa de enfermagem que presta cuidados a criança/adolescente com doença crónica. Objectivos: Determinar o nível de qualidade de vida da criança/jovem com diabetes; identificar as variáveis sociodemográficas que interferem na qualidade de vida da criança/jovem com diabetes e relacionar a satisfação da criança/jovem com a consulta de diabetes com a sua qualidade de vida. Métodos: Estudo quantitativo, de corte transversal, descritivo e correlacional, realizado numa amostra não probabilística constituída por 135 crianças/jovens com diabetes, com média de idade de 13.45 anos (DP = 2.84), que frequentam a consulta de educação terapêutica da diabetes em 6 hospitais da região Centro/Norte de Portugal. Recorreu-se a um questionário composto por questões de caracterização sociodemográfica e clínica, o questionário da Qualidade de Vida Pediátrica (PedsQL 4.0) (Lima, Guerra, & Lemos, 2009) e uma versão adaptada do Questionário de Satisfação do Utente com a Consulta de Diabetes (Chaves et al., 2012). Resultados: Da amostra apenas uma criança apresentava diabetes tipo 2, sendo que a média de tempo de diabetes era de 49,81 meses (DP = 45,19) e a mãe foi indicada como principal cuidador por 84,4% das crianças. Em termos de escolaridade, 34,8% frequentavam o 3º ciclo de escolaridade. No global 45,2% das crianças/jovens sentem-se satisfeitas com a consulta de educação terapêutica da diabetes, enquanto 28,9% e 25,9% se consideram pouco e muito satisfeitas respectivamente. A satisfação mais elevada foi na dimensão orientações (M = 93,56%; DP = 9,47), enquanto na avaliação inicial a média foi de 91,06% (DP = 11,56) e na dimensão relação/comunicação de 79,55% (DP = 19,17). O sexo feminino apresentou valores médios mais elevados em todas as subescalas de satisfação com a consulta de diabetes. Relativamente à qualidade de vida, são as crianças/jovens com idade inferior ou igual a 12 anos e igual ou superior a 15 anos, que tendem a percecionar a sua qualidade de vida como razoável, contudo ser do sexo masculino ou feminino não influencia a perceção da qualidade de vida nas crianças/jovens. As crianças/jovens que se sentem muito satisfeitas com a consulta da diabetes, tendem a percepcionar a sua qualidade de vida como Alta. Pela análise das trajectórias das diversas variáveis estudadas e sua relação com a qualidade de vida verifica-se no modelo final ajustado que todas as variáveis são estatisticamente significativas, explicando a idade 23% da Qualidade de Vida e a relação/comunicação 33%. No seu conjunto estas variáveis explicam 14%, numa relação direta com a qualidade de vida, ou seja, quanto maior a idade e a relação/comunicação melhor a qualidade de vida. Conclusão: Os cuidados prestados pela equipa de enfermagem, sobretudo a relação/comunicação estabelecidos com a criança/jovem são fundamentais para que a criança/adolescente percepcione positivamente a sua qualidade de vida. Palavras-chave: Qualidade de Vida, crianças/adolescentes, diabetes, cuidados de enfermagem.