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- A importância da musicoterapia nas capacidades e dificuldades de uma adolescente com perturbação do espetro do autismo : um estudo de casoPublication . Brito, Inês Prata; Fernandes, Rosina; Aguiar, Maria CristinaEste estudo pretende explorar a importância da Musicoterapia no âmbito das capacidades e dificuldades de uma adolescente com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA). Procurou-se perceber a sua relevância como meio facilitador de comunicação, socialização, inclusão e reabilitação psicossocial desta adolescente. Posto isto, a música, cujo efeito sobre a mente é inegável, apresenta a vantagem de geralmente ser apreciada pela adolescente com PEA. A metodologia de investigação foi de natureza qualitativa, recorrendo ao estudo de caso de uma adolescente com 16 anos, diagnóstico de PEA, a frequentar o 3º CEB e sessões de Musicoterapia. Participaram no estudo, elementos da família (a mãe), docentes (professora de educação especial) e técnicos que a acompanham (terapeuta ocupacional e musicoterapeuta). Recorremos a diferentes técnicas de recolha de dados: análise documental do seu processo enquanto aluna; entrevistas e questionários - Questionário de Capacidades e Dificuldades (Fleitlich, Loureiro, Fonseca, & Gaspar, 2005) - aos participantes; e observação de 12 sessões de Musicoterapia (observação naturalista e grelha estruturada - Ficha de Observação da Criança: Oportunidades Educativas). Os resultados permitem-nos concluir que, na perspetiva dos participantes, a Musicoterapia desempenha um papel importante como meio facilitador da promoção de capacidades e minimização das dificuldades desta adolescente com PEA, nomeadamente ao nível da comunicação/interação social. Também a investigadora, nas sessões observadas, verificou estes benefícios. Ainda assim, revela-se fundamental continuar a acompanhar a evolução do caso, visto que será necessário mais tempo de intervenção para se consolidarem estas eventuais mudanças que serão certamente mais evidentes a longo prazo.
- Escola inclusiva : perceções de professores sobre dislexia, inclusão e estratégias pedagógicasPublication . Fernandes, Raquel Grilo Oliveira; Ribeiro, Esperança JalesA escola atual destaca-se pelo trabalho desenvolvido no âmbito da igualdade de oportunidades no acesso e sucesso educativos de todas as crianças, defendendo a inclusão de alunos com Necessidade Educativas Especiais (NEE) no sistema regular de ensino, uma preocupação que instiga à criação de condições necessárias à sua plena inclusão. De entre essa diversidade, prevalecem os alunos com Perturbações da Aprendizagem Específicas (PAE), cujas dificuldades condicionam a aquisição de competências académicas e uma participação ativa na vida escolar e social. A nossa investigação prende-se, em particular, com a dislexia. Centramos a nossa análise nas perceções por parte dos professores sobre a perturbação, estratégias pedagógicas e inclusão destes alunos, procurando explorar a relação entre estas dimensões e como se comportam estas variáveis em função de aspetos de natureza sociodemográfica, formativa e profissional dos docentes. Para tal, optou-se por um estudo exploratório e uma metodologia quantitativa, recorrendo-se ao inquérito por questionário para a recolha de dados, junto de uma amostra de 77 participantes representativa da população docente de escolas da região centro de Portugal. Os resultados obtidos permitiram confirmar que existe uma perceção favorável face à presença de alunos com dislexia nas turmas de ensino regular e uma perceção adequada da problemática da dislexia. Contudo, existem diferenças estatisticamente significativas nas perceções dos professores sobre a dislexia e inclusão destes alunos na sala de aula em função da formação dos docentes e do nível de ensino. No domínio das estratégias pedagógicas e em função de variáveis sociodemográficas, profissionais e de formação, concluiu-se que as variáveis em questão não influenciam a perceção dos docentes sobre as estratégias pedagógicas adotadas, destacando-se uma prática docente assente em estratégias educativas inclusivas e diferenciadas. Este estudo constitui-se como mais um contributo para o aumento do conhecimento sobre a perceção que os professores têm em relação à inclusão e à dislexia e para uma reflexão sobre as estratégias pedagógicas adotadas num contexto de escola inclusiva.
- Método multissensorial para a aprendizagem da leitura e escrita em crianças com perturbações neurodesenvolvimentaisPublication . Santos, Catarina Mendes Lopes dos; Amante, Maria João; Silva, Ana IsabelAs dificuldades de aprendizagem de leitura e de escrita são uma constante nas escolas nos dias de hoje. É, portanto, urgente investigar metodologias de ensino que permitam, às nossas crianças, atingir o sucesso académico. Este projeto de investigação pretende, através da construção e aplicação de um programa de ensino baseado na metodologia multissensorial, documentar e compreender as alterações nas aprendizagens de leitura e escrita. Adotando uma metodologia de natureza qualitativa, estudo de caso múltiplo, foram selecionados cinco participantes, por conveniência, com Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental (DID), Perturbações Fonológicas (PF) e dificuldades severas de aprendizagem. A metodologia multissensorial agrega, na sua estrutura, estratégias que contemplam um maior número de ajudas sensoriais, como as visuais e auditivas, tradicionalmente utilizadas, como também as cinestésicas e táteis. O aumento destas ajudas funciona como uma técnica compensatória, possibilitando à criança maior probabilidade de sucesso. Recorrendo a instrumentos, como o Infant/ Toddler Sensory Profile (ITSP) e Avaliação das Competências de Linguagem para a Leitura e Escrita (ACLLE), foi possível respetivamente caraterizar o perfil sensorial de cada participante e analisar a evolução das suas aprendizagens durante o programa, nas áreas da consciência fonológica, leitura e escrita. Após quatro meses de intervenção, semanal, com o programa multissensorial foi possível constatar que surgiram melhorias nas aprendizagens de leitura e da escrita. É ainda de referir que apesar de não ter sido um dos objetivos deste estudo, também se registaram melhorias na consciência fonológica de todos os participantes.