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- Cultura de segurança percecionada pelos profissionais do bloco operatórioPublication . Ribeiro, Nuno João Caçador; Cunha, MadalenaEnquadramento: A gestão de um bloco operatório é norteada pela eficiência, efetividade e eficácia, no sentido de se otimizarem recursos, a melhoria contínua dos processos de cuidados e se assegurar um clima de segurança do doente. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e as variáveis socioprofissionais que interferem na perceção sobre o clima de segurança no bloco operatório. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 101 profissionais a exercerem num bloco operatório, de dois Hospitais da Região Centro, num público (62,4%) e noutro privado (37,6%), sendo uma amostra maioritariamente feminina (59,4%), com uma média de idades de 46,50 anos (±11,457 anos). O instrumento de recolha de dados consta de um questionário com questões de caracterização sociodemográfica, socioprofissional e da Escala de Atitudes de Segurança em Bloco Operatório de Nordén-Hägg, Sexton, Kälvemark-Sporrong, Ring e Kettis-Lindblad (2010), adaptado para a população portuguesa por Pinheiro (2013). Resultados: As estatísticas relativas às atitudes de segurança em bloco operatório revelaram um valor médio mais elevado na satisfação profissional (média=4,290,584) e nas condições gerais de trabalho (média=3,520,850). Os profissionais com habilitações académicas até ao 12.º ano consideram a satisfação profissional, as perceções e noções dos órgãos de gestão e o reconhecimento da fadiga e o stresse como fatores mais contributivos para a segurança em bloco operatório; os profissionais com a licenciatura percecionam o clima de equipa, o clima de segurança e as condições gerais de trabalho. Os enfermeiros destacam o clima de equipa e o clima de segurança, enquanto os médicos consideram a satisfação profissional e o reconhecimento de fadiga e stresse como os fatores mais importantes para a segurança em bloco operatório; na globalidade, os profissionais de saúde com formação sobre segurança do doente, os que o hospital dispõe de normas de segurança do doente e aqueles que admitem a existência de um sistema de notificação de eventos adversos no hospital são os que atribuem mais importância às atitudes sobre a segurança em bloco operatório; os profissionais com um estatuto a tempo integral identificam o reconhecimento de fadiga e stresse, enquanto os que têm um estatuto de tempo parcial consideram mais o clima de segurança e as condições gerais de trabalho; os que são prestadores externos pontuaram mais no clima de equipa, na satisfação profissional e nas perceções e noções dos órgãos de gestão; aqueles que exercem num hospital público ponderam principalmente o clima de segurança, o reconhecimento de fadiga e de stresse e as condições gerais de trabalho, enquanto os que exercem num hospital privado percecionam mais o clima de equipa, a satisfação profissional e as perceções e noções dos órgãos de gestão. Conclusões: O sexo é a variável com maior valor preditivo de atitudes sobre a segurança em bloco operatório, com relação direta, sugerindo que, independentemente do sexo, os profissionais de saúde consideram a satisfação profissional como fator determinante das atitudes de segurança em bloco operatório; a antiguidade no hospital estabelece uma relação inversa, indicando que quanto menos tempo de serviço no hospital menor é a perceção dos profissionais acerca da satisfação profissional. Palavras-chave: Cultura de segurança; profissionais; bloco operatório.