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- Conhecimento dos enfermeiros sobre práticas forenses no intra-hospitalarPublication . Ferreira, Cristina Maria Esteves; Ribeiro, Olivério de PaivaContexto: As ciências forenses possuem um papel cada vez mais importante na sociedade atual, na articulação entre o papel dos profissionais de saúde na preservação de provas e vestígios forenses, e a aplicação da justiça. Os enfermeiros são muitas vezes os primeiros a contactar com as vítimas, encontram-se numa posição única para as cuidar, mas também para fomentar a preservação, recolha e documentação de vestígios com relevância médico-legal, pelo que necessitam de conhecimentos apropriados em ciências forenses. Objetivos: Avaliar o nível de conhecimentos dos Enfermeiros sobre práticas forenses no intra-hospitalar (Urgência Geral, Pediátrica e Ginecológica/Obstétrica), e determinar a influência das variáveis sociodemográficas, académicas e socioprofissionais no nível de conhecimento dos Enfermeiros sobre as práticas forenses. Métodos: Realizou-se um estudo quantitativo, transversal de natureza descritiva. A amostra foi constituída por 103 Enfermeiros do Centro Hospitalar do Baixo Vouga. Como instrumento usaram-se dois questionários: o Questionário Geral sobre Enfermagem Forense e o Questionário de Conhecimentos sobre Práticas de Enfermagem Forense. Resultados: 60.2% dos participantes referiu que raramente presta cuidados de Enfermagem a vítimas de violência. 40.8% mencionaram existir protocolos de abordagem em situações de violência no seu serviço. 84.5% disseram não ter frequentado formação extracurricular em enfermagem forense, sendo que 96.1% referiram que gostariam de a frequentar. Os participantes responderam corretamente a 78.3% dos itens do QCPEF, revelando possuírem conhecimentos sobre práticas de enfermagem forense. Verificou-se que não existiam diferenças estatisticamente significativas em relação a nenhum grau académico. Também não se verificou nenhuma diferença entre ter mais experiência no serviço quando comprado com o menor período de tempo; e os que receberam formação na área, e quem prestou mais cuidados a vítimas de violência, também não apresentaram melhores conhecimentos sobre práticas forenses. Conclusões: Neste estudo percebemos que existe uma lacuna nos conhecimentos/prática dos Enfermeiros no Intra-Hospitalar, pelo que se reconhece a necessidade de desenvolver e adotar Protocolos Forenses, o que constituirá um passo importante no desenvolvimento da prática baseada na evidência no que respeita à Enfermagem Forense no serviço de Urgência. As evidências encontradas realçam a necessidade de se investir na frequência de formação específica em Enfermagem Forense. Descritores: Conhecimentos, Práticas, Vestígios Forenses, Enfermeiros, Urgência.
- Qualidade de vida relacionada com a saúde em crianças e adolescentesPublication . Pinho, Luís Miguel Duarte; Costa, Maria Isabel Bica Carvalho; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioIntrodução: A ligação entre qualidade de vida e saúde é complexa e representa um conceito cuja definição é influenciada por múltiplos determinantes. A avaliação da qualidade de vida relacionada com a saúde (QVRS) é considerada de extrema importância na prática pediátrica, já que sua mensuração se tornou um importante indicador de saúde, podendo ser usado para avaliar o impacto das intervenções implementadas. Objetivos: Avaliar a perceção da QVRS; analisar a relação das variáveis sociodemográficas e de bemestar com a QVRS das crianças e adolescentes. Metodologia: Estudo descritivo-correlacional de natureza quantitativa, numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 567 crianças e adolescentes, (49.4%) do sexo masculino e (51.6%) do sexo feminino, a frequentar o 2º e 3º Ciclo do Ensino Básico de um Agrupamento de Escolas da região centro. Na recolha de dados utilizou-se a versão portuguesa da escala Kidscreen-52 (Gaspar & Matos, 2008c), questões sociodemográficas e de bem-estar. Resultados: Os participantes apresentam uma idade média de 12,4 anos (Dp=1,59), a maioria coabita numa família nuclear (77,4%). Relativamente ao repouso e bem estar, as crianças/adolescentes dormem em média 8,15 horas e percecionam-se com boa qualidade de vida avaliada pela escala de faces. As crianças e adolescentes têm uma perceção positiva da QVRS. No entanto as dimensões “Autoestima” (61,3) e “Autonomia” (M= 62,2), são as que apresentam valores mais baixos na perceção da QVRS. Os resultados demonstram que são fatores protetores da QVRS, viver numa família nuclear com ambos os pais (pai e mãe), ser do sexo masculino, ser mais novo e dormir mais horas; e são fatores de risco ser do sexo feminino, dormir menos e ser adolescente, na maioria das dimensões. Conclusão: Os resultados deste estudo poderão contribuir para a melhoria do conhecimento científico na área da QV em crianças/adolescentes e ainda contribuir para a implementação de estratégias que permitam a melhoria da QVRS nos grupos de risco, nomeadamente ações de sensibilização sobre igualdade de género, higiene de sono e reforçar a autoestima e autonomia na adolescência. Palavras-chave: Qualidade de vida relacionada com a saúde; criança; adolescente.
- Ressuscitação pré-hospitalar com solução salínica hipertónica no choque hemorrágico traumáticoPublication . Felizardo, Luís Filipe de Carvalho; Amaral, Maria Odete Pereira; Silva, Daniel MarquesResumo Enquadramento – Diferentes estratégias de ressuscitação têm sido executadas para manutenção da pressão arterial em vítimas de trauma até controlo da hemorragia. As soluções salinas hipertónicas apresentam boa capacidade de expansão do volume sanguíneo, aumento da pressão arterial e podem ser administradas em pequenos volumes e num curto período do tempo. Por outro lado, a administração de soluções hipertónicas para reposição de volume pode também estar associada a importantes desvantagens no tratamento. Objetivos - Assim, o objetivo desta investigação é avaliar a eficácia de duas estratégias diferentes na ressuscitação inicial no pré-hospitalar por choque hipovolémico traumático, através da administração de soluções salinas hipertónicas versus soluções isotónicas de cristaloides, na redução da morbilidade/mortalidade da vítima adulta de trauma. Método – Efetuou-se uma revisão sistemática com recurso à PUBMED, Cochrane Library, Scielo, Embase e Google Académico de estudos publicados entre 1 de janeiro de 2007 a 31 de Agosto de 2017. Foram definidos os critérios de inclusão, designadamente estudos controlados e aleatórios ou revisões sistemáticas, que incluíam vítimas de trauma em choque hemorrágico, adultos, cujo fluido inicial de ressuscitação no pré-hospitalar foi a solução salina hipertónica comparativamente às soluções cristaloides isotónicas. Após a definição destes critérios, os estudos selecionados foram avaliados. Dois revisores realizaram, de forma independente, a avaliação da qualidade dos estudos a incluir. Os outcomes incluíram mortalidade à alta hospitalar e aos 28 dias, pressão arterial sistólica, quantidade de fluidos administrados até às 24h, nível sérico do sódio e resposta inflamatória. No total, 6 estudos científicos compõem o corpus amostral de acordo com os critérios de inclusão estabelecidos para este estudo. Resultados – Como metassíntese e seleção da análise dos artigos, inferiu-se que houve um aumento no momento da admissão hospitalar dos valores de pressão arterial e nível de sódio sérico após administração da solução salina hipertónica, não se verificaram diferenças entre os grupos na mortalidade, com benefício relativamente aos subgrupos que foram submetidos a transfusão maciça e cirurgia nas primeiras 24 horas. No entanto, os potenciais benefícios da ressuscitação inicial com solução salina hipertónica não têm suporte estatisticamente significativo. Conclusão – A solução salina hipertónica é segura quando usada como fluido inicial de ressuscitação do trauma e o choque hemorrágico está presente. Apesar dos potenciais benefícios do uso de solução salina hipertónica durante a ressuscitação, a presente revisão sistemática não foi capaz de demonstrar a superioridade da solução salina hipertónica em comparação com soluções isotónicas na redução da taxa de mortalidade em pacientes hipovolémicos. Palavras-chave – Solução salina hipertónica; Choque hemorrágico; Choque traumático; Ressuscitação.