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- Vulnerabilidade ao stresse e bem-estar espiritual nos cuidados informais em cuidados paliativosPublication . Coleta, Joana Filipa Tovim Machado; Cunha, MadalenaIntrodução: O ato de cuidar em cuidados paliativos predispõe o cuidador informal a um estado de vulnerabilidade ao stresse, uma vez que este tem muitas responsabilidades e, na maioria das vezes, não dispõe de apoio necessário para enfrentar uma tarefa tão complexa. O cuidador assume a responsabilidade pelos cuidados prestados à pessoa em cuidados paliativos, constituindo-se numa função que requer preparação. Neste sentido, a espiritualidade surge como um apoio para os cuidadores informais poderem ultrapassar as situações geradoras de stresse e, assim, poderem alcançar um melhor estado de bem-estar espiritual. Objetivo: Avaliar se as variáveis sociodemográficas e a vulnerabilidade ao stresse influenciam o bem-estar espiritual dos cuidadores informais. Métodos: Estudo do tipo descritivo, correlacional de natureza transversal integrado no Projeto: Investigar em Cuidados Paliativos: Contributo para Melhor Cuidar, tendo como investigadores Professores da Escola Superior de Saúde de Viseu do Instituto Politécnico de Viseu a Professora Doutora Madalena Cunha como investigadora responsável. Integra ainda estudantes dos cursos de mestrado e de licenciatura da ESSV. A recolha de dados foi suportada nos seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico, Escala de Graffar, Escala de Apgar Familiar, Escala de Vulnerabilidade ao Stresse e a Spiritual Assessment Scale. Amostra é não probabilística, constituída por 214 cuidadores informais, maioritariamente feminina (86,9%), com uma média de idades de 51.07 anos, residentes em Portugal nos distritos de Viseu, Guarda e Aveiro. Resultados: A maioria dos cuidadores apresenta níveis positivos de bem-estar (74.8%), sendo que 48.6% tem um bem-estar espiritual razoável e 26.2% elevado. Inferiu-se que a menor vulnerabilidade ao stresse, corresponde maior bem-estar espiritual, explicando a vulnerabilidade ao stresse cerca de 6% da variabilidade do bem-estar espiritual (β=-0.238; t=-3.570; p=0.000) Conclusões: Os resultados patenteiam que o bem-estar espiritual é influenciado pelas variáveis sociodemográficas (género, zona de residência, habilitações literárias, funcionamento familiar) e que ao maior bem-estar espiritual corresponde menor vulnerabilidade ao stresse, daí que quanto menor for a vulnerabilidade ao stresse, mais bem-estar espiritual revelam os cuidadores informais. Palavras-chave: Cuidados paliativos; Cuidadores informais; Vulnerabilidade ao stresse; Bem-estar espiritual.
- Eficácia dos sistemas de aspiração de secreções na prevenção da pneumonia associada à ventilaçãoPublication . Melo, Filipe Correia de; Cunha, MadalenaEficácia dos Sistemas de Aspiração de Secreções na Prevenção da Pneumonia Associada à Ventilação Contexto: As infeções nosocomiais são um problema atual das unidades de saúde, todavia, existem formas de diminuir significativamente a sua prevalência através de medidas preventivas. A pneumonia associada ao ventilador (PAV) é uma das mais comuns, afetando sobretudo doentes internados em unidades de cuidados intensivos submetidos a ventilação mecânica invasiva. Num conjunto de medidas preventivas, a aspiração de secreções revela-se de extrema importância. Objetivo: Determinar qual o sistema de aspiração, aberto ou fechado, é mais eficiente em pessoas entubadas e sob ventilação mecânica na prevenção da PAV. Métodos: Revisão sistemática da literatura. Foram selecionados estudos onde foi comparada a eficácia do sistema aberto e fechado de aspiração de secreções na prevenção da PAV. O intervalo de pesquisa de estudos foi estabelecido entre 01/01/2012 e 31/08/2017. Foram selecionados 5184 estudos sujeitos à avaliação do Teste de Relevância I, dos quais 28 passaram ao Teste de Relevância II, ficando 3 estudos para avaliação de qualidade metodológica, sendo aprovados para inclusão na RSL. Resultados: No total dos 3 estudos, 168 doentes foram incluídos no grupo submetido ao sistema de aspiração de secreções aberto e 159 no sistema fechado. A incidência de PAV no sistema aberto foi de 43 doentes e no sistema fechado de 22 doentes. Os resultados da meta-análise demonstram que existe um risco superior no grupo do Sistema Aberto para desenvolverem PAV (RR=2,165; IC 95%= 1,221-3,839; p=0.008). Conclusão: Esta RSL demonstra existir diferença estatisticamente significativa entre o método de aspiração de secreções aberto e fechado, com claro benefício para o sistema fechado, no que à prevenção de PAV diz respeito. Palavras chave: Aspiração, Unidade de cuidados intensivos; Pneumonia associada à ventilação.
- Violência contra os profissionais de saúde nos serviços de urgênciaPublication . Martins, Helena Gomes; Silva, Daniel Marques; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Os profissionais de saúde dos serviços de urgência são alvo de incidentes de violência tornando-se este facto uma preocupação atual de várias entidades e organizações. Os serviços de urgência propiciam situações de elevado stress para os doentes e acompanhantes, bem como para os profissionais de saúde, criando situações de violência e de insegurança. A violência no local de trabalho para além de gerar transtornos físicos e psicológicos leva a ausências ao trabalho e à diminuição do empenho dos profissionais, diminuindo o seu rendimento. Objetivos: Identificar e caraterizar a violência percecionada pelos profissionais de saúde em serviços de urgência; Descrever a relação das variáveis sociodemográficas e de contexto com a violência nos serviços de urgência; Identificar as consequências resultantes da violência nos profissionais de saúde Métodos: Estudo transversal, de natureza descritiva, numa amostra de 263 profissionais de saúde da região do Algarve sendo 65,8% do sexo feminino e 34,2% do masculino. A recolha de dados foi efetuada em novembro de 2017 por questionário autoaplicado com dados de caracterização sociodemográfica dos profissionais de saúde e do agressor e com questões relacionadas com a caracterização da violência e consequências nos profissionais de saúde. Resultados: Verificamos que 64,3% dos profissionais são vítimas de violência e 66,1% destes não notificam os episódios de violência. O tipo de violência mais frequente foi a verbal (94,1%), seguido da violência física (34,9%). Dentro do serviço de urgência o local mais frequente da violência foi na triagem e na decisão clínica e o principal agressor reportado foi o utente (81,1%) e o familiar (54,4%). A violência ocorre maioritariamente no turno das 16-24h (60,4%) e a maioria dos agressores (80,5%) são do sexo masculino, sem aparentarem doença mental e sem estarem etilizados (40,8%). O tipo de dano mais frequente foi a perturbação emocional, assinalada por (86,4%) dos profissionais, e as consequências mais referidas foram a irritabilidade assinalada por (39,6%) e o desinteresse pela profissão em (23,7%). A maioria dos profissionais não notificou a ocorrência de violência (67,5%). Conclusões: A violência contra os profissionais de saúde no serviço de urgência é uma realidade e traz consequências para os mesmos. Esta realidade será mais visível se os profissionais notificarem os episódios pelos sistemas instalados. Emerge a necessidade de promover o registo das ocorrências de violência e de implementar estratégias de prevenção do fenómeno e de criar fluxogramas para lidar com cada tipo de violência. Palavras-chave – Violência no local trabalho; Profissional de saúde; Enfermeiros; Serviço de Urgência.
- Aleitamento materno : prevalência até ao 3º ano de vida e perceção das mãesPublication . Esteves, Cláudia Cristina Coutinho; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: O aleitamento materno consiste no meio mais adequado de proporcionar alimento e proteção à criança, para além de outras vantagens e benefícios, e promove o estabelecimento do vínculo afetivo da díade mãe/filho. Em Portugal, todavia, continuam a registar-se taxas de prevalência de aleitamento materno inferiores às recomendações mundiais. Objetivos: A investigação incluiu dois estudos. No estudo 1, averiguar a prevalência do aleitamento materno até ao 3º ano de vida, tendo em conta as variáveis sociodemográficas, variáveis maternas e variáveis contextuais à amamentação; no estudo 2, verificar a perceção das mães sobre o aleitamento materno até ao 3º ano de vida, tendo em conta as dificuldades e os benefícios da amamentação e a influência das variáveis obstétricas. Metodologia: O estudo 1 insere-se num paradigma quantitativo, transversal, descritivo e analítico, envolve uma amostra de 83 mães de crianças até aos três anos de idade (exclusive) que recorrem à Consulta de Vigilância de Saúde Infantil de uma unidade de saúde familiar da região centro. Como instrumento de recolha de dados optou-se por um questionário realizado ad hoc, com base na revisão da literatura, revisto por um grupo de peritos. O estudo 2, de natureza qualitativa, teve a participação de 9 mães, a quem foi aplicada uma entrevista semiestrutura objeto de análise de conteúdo. Resultados: A maioria das participantes de ambos os estudos relatou ter companheiros, residir na zona urbana e ter uma profissão. A maioria referiu que frequentou as aulas de preparação para o parto. O seu bebé foi colocado à mama na primeira hora de vida, esteve junto do seu filho nas primeiras 24 horas e amamentou até aos 6 meses, exclusivamente, com leite materno. A influência dos familiares em relação ao aleitamento foi positiva, a maioria das mulheres recebeu visita domiciliária pela equipa de enfermagem durante os primeiros 15 dias de vida do bebé, considerando-a importante. Contudo, foram as aulas de preparação para o parto que se revelaram como fator preditor de aleitamento materno, no primeiro estudo. Conclusão: Os resultados apurados revelam que existe uma maior possibilidade de aleitamento materno em mulheres com aulas de preparação para o parto. O que leva a sugerir que os Enfermeiros Especialistas de Saúde Infantil e Pediatria devem continuar a promover a amamentação nos diferentes contextos, dotando as mulheres de literacia ao nível do aleitamento materno, o que pode ser um adjuvante para o aumento da prevalência de aleitamento materno e evitar o seu abandono precoce. Palavras-chave: Aleitamento materno; Prevalência; Criança; Perceção.