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- Bem-estar e qualidade de vida da pessoa com patologia respiratória : contributos do enfermeiro especialista em reabilitaçãoPublication . Fernandes, Ana Raquel Crespo; Martins, Rosa Maria LopesEnquadramento: As doenças respiratórias atingem uma grande parte da população portuguesa, e são responsáveis por limitar as atividades de vida da pessoa, (AVD´s), desencadeando por isso, alterações na Qualidade de vida (Qvd). O papel do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) através de um programa e reabilitação respiratória (RR) adequado, é essencial na melhoria desta Qvd, levando a pessoa maximizar o seu potencial funcional e a encontrar mecanismos de adaptação para a sua vida. Objetivos: Avaliar o bem-estar e a Qvd da pessoa com patologia respiratória submetidos às intervenções do EEER em programa de RR num primeiro e segundo momentos. Verificar a associação entre as variáveis sociodemográficas e clínicas que influenciam a Qvd e estudar o impacto das intervenções do EEER na Qvd da amostra. Métodos: Estudo quase experimental descritivo, correlacional e transversal. Os dados foram colhidos numa amostra não probabilística por conveniência de 40 pessoas com patologia respiratória diagnosticada, e internados no serviço de pneumologia da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda; O instrumento de recolha de dados consistiu num conjunto de questões de caracterização sociodemográfica, questões clínicas, intervenções do EEER, e na aplicação do Saint George´s Respiratory Questionnaire (SGRQ). Resultados: A amostra é maioritariamente do género masculino (70,0%), com idade superior aos 75 anos (55,0%) em média 72,15 anos. 55,0%, são casados ou vivem em união de facto. Mais de metade dos doentes reside em meio rural (62,5%) e 75% da amostra refere ter apoio familiar quase sempre. A avaliação da Saturação Periférica de Oxigénio (SPO2), mostrou (na 2ª avaliação), valores mais elevados, (95-100%), existindo diferenças estatisticamente significativas (p=0,027), o que significa que houve uma melhoria clínica. São os doentes com diagnostico da doença há menos de 1ano os que apresentam melhor Qvd nos vários domínios e fator global, com diferenças estatisticamente significativas no domínio das atividades (X2=8,005; p=0,046) e no fator global (X2=10,106; p=0,018). São os doentes seguidos em consulta que também manifestam melhor Qvd em todos os domínios e fator global, com diferenças estatísticas no domínio das atividades (X2=120,500; p=0,038) e no fator global (X2=108,000; p=0,017). Apurou-se igualmente que são os que recorrem a um EEER para a RR, os que apresentam melhor Qvd em todos os domínios (sintomas p= 0,059; atividades p= 0,198; impacto psicossocial p=0,753 e fator global p=0,158), em prejuízo dos que recorrem a outros profissionais de saúde. Quanto á avaliação da Qvd, constatou-se que a amostra evidenciava uma melhor Qvd no global, (M=42,8021,67) na 2ª avaliação, isto é, após o programa de RR, particularmente no domínio impacto psicossocial (M=34,60 21,61), seguindo-se o domínio dos sintomas (M=44,0421 Conclusões: Existe de facto uma melhoria na Qvd da pessoa com patologia respiratória após o programa de RR, isto é, houve diferenças positivas entre a Qvd inicial e a posterior à intervenção do EEER. As evidências encontradas destacam a importância da intervenção do EEER, aos doentes, no que respeita à melhoria na Qvd. É por isso, pertinente a implementação de um programa RR adequado, individualizado e precoce, de modo a obter um efeito favorável na saúde dos doentes, melhorar a morbilidade e a manutenção de uma Qvd adequada.