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- Erros de medicação em pediatria : estratégias de prevenção adotadas pelos enfermeiros : revisão sistemática da literaturaPublication . Branco, Sara Liliana Melo; Silva, Ernestina Maria Veríssimo BatocaContexto: As crianças, e sobretudo os recém-nascidos, representam um grupo peculiar e de risco acrescido no universo do erro de medicação É consensual a existência de vulnerabilidade desta população no entanto contrasta fortemente com a perceção da ocorrência de erros de medicação por parte dos próprios enfermeiros de pediatria. Objetivo: Identificar a eficácia das estratégias de prevenção de erros de medicação por enfermeiros de pediatria. Métodos: Foi efetuada uma revisão sistemática da literatura com recurso às bases de dados da SciELO, CINAHL®, MedicLatina e MEDLINE, no período de tempo entre 1 de janeiro de 2011 e 28 de Fevereiro de 2018, estudos publicados em Português, Espanhol e Inglês, da qual resultaram 2907 estudos. Dois revisores de forma independente procederam a análise metodológica dos estudos e aplicaram os critérios de inclusão e exclusão. Resultados: Foram três os estudos que resultaram da avaliação metodológica, segundo os critérios estabelecidos pelo JBI. Dois estudos são observacionais e um é de intervenção. Verificou-se uma grande heterogeneidade dos estudos em termos de objetivos, intervenções, metodologias, contextos de cuidados e a tipologia dos erros de medicação aferidos. No entanto os três estudos apresentam semelhança no que respeita à eficácia da implementação de estratégias na prevenção e diminuição dos erros de medicação na população pediátrica, reconhecendo que existem múltiplos fatores que interferem no processo de medicação, desde a preparação até à administração e que são os enfermeiros os responsáveis da administração dos medicamentos ao doente pediátrico. Conclusões: Reconhece-se que adoção de estratégias de cariz educacional, desde que sejam adaptadas ao contexto através de uma prévia avaliação, possibilitam uma redução significativa da taxa de erros de medicação.
- Crianças com diabetes mellitus tipo 1 : conhecimentos dos pais e elementos de referência na gestão do regime terapêutico com perfusão subcutânea contínua de insulinaPublication . Dias, Diana Filipa Fontes; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoEnquadramento: A incidência de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) em crianças com idades inferiores aos cinco anos tem vindo a aumentar nas últimas décadas em países mais desenvolvidos, incluindo Portugal. A fase de desenvolvimento em que a criança se encontra exige adaptabilidade e particularidades na abordagem terapêutica no sentido de promover bom controlo metabólico e um crescimento saudável. Objetivos: Identificar os conhecimentos dos pais e dos elementos de referência da escola (infantário e pré-escola), na gestão do regime terapêutico com sistema de perfusão subcutânea contínua de insulina (PSCI) na criança com DM1, assim como averiguar a opinião dos mesmos sobre a formação/processo formativo “Tratamento da diabetes com bomba de insulina na idade pediátrica”, na gestão do regime terapêutico. Método: Estudo exploratório-descritivo e qualitativo. Numa amostra não probabilística por conveniência constituída por quatro mães e quatro elementos de referência (educadoras de infância e assistente operacional) de crianças com idades compreendidas entre os 21 meses e os 5 anos, com diabetes. Todas as crianças tinham iniciado tratamento com PSCI e eram acompanhadas na consulta de endocrinologia do serviço de pediatria de um centro hospitalar da região centro de Portugal. Como instrumento de recolha de dados optou-se por uma entrevista semiestruturada elaborada para o efeito e os dados emergiram da análise de conteúdo efetuado. Resultados: Unanimidade de opiniões acerca da vantagem da bomba de insulina no regime terapêutico da criança diabética e do seu interface com os glicómetros. As mães revelam conhecimentos e aprendizagens que lhes garantem ter autonomia no uso da bomba infusora. Demonstram ter conhecimento da importância em contabilizar os hidratos de carbono que a criança vai ingerir, mas existe um défice de conhecimentos em relação aos cálculos das unidades de insulina para administração do bolus de correção e para as gramas de hidratos de carbono. Défice de conhecimentos nos sinais e nos sintomas da hipoglicemia e da hiperglicemia e nas intervenções inerentes à sua correção. A alteração do método de administração da insulina para PSCI é percecionada como benéfica por provocar menos dor e angústia nas crianças/pais/cuidadores. Em contexto escolar, a monitorização da glicemia, a contabilização das gramas de hidratos de carbono e a correção da glicemia com insulina é realizada por elementos da escola, mas existe falta de literacia por parte dos mesmos. Foi consensual que a formação contribuiu para a aquisição de conhecimentos e de competências de pais e cuidadores, porém sujeita a fatores espácio-temporais e teórico-práticos a serem ponderados para melhor aprendizagem. Os pais são bons transmissores de conhecimentos e de aprendizagens aos elementos de referência, todavia transmitem o que apreenderam, o que por vezes é insuficiente, resultando em sentimentos de insegurança e de receio, que se colmatavam com o apoio pessoal da equipa de Endocrinologia. Conclusões: Os resultados apurados reforçam a importância das intervenções diferenciadas do enfermeiro especialista em saúde infantil e pediatria, dotando os pais e a comunidade escolar de mais literacia sobre a temática da gestão do regime terapêutico na DM1 de forma a garantir uma prestação de cuidados seguros e adequados à criança.