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- Mundo desconectado, mas online: Análise de como o Covid-19 afetou o comportamento do consumidor em compras online durante o período de confinamentoPublication . Pereira, André Filipe Serrano; Abrantes, José Luís Mendes LoureiroO mundo foi apanhado desprevenido, com um vírus que se dizia estar apenas na China, no entanto em apenas três meses afetou o mundo. Segundo dados da Johns Hopkins University ao dia de hoje (23/04/2020) este vírus já chegou a 185 países, sendo os Estados Unidos o mais afetado, aproximando-se perigosamente da faixa de um milhão de infetados (John Hopkins University, 2020). Ao longo dos tempos as empresas têm feito tudo para obter mais vendas. O marketing surgiu numa altura de grande consumismo nos Estados Unidos quando as técnicas até então usadas não estavam a ter resultados. Da mesma forma que as marcas procuram sempre inovar com os seus produtos, os consumidores também evoluem no sentido da procura de novos, bem como na obtenção de experiências diferentes. Comunicar um produto com um simples cartaz ou outdoor já não é suficiente. A evolução dos produtos e dos consumidores exige cada vez mais criatividade aos marketeers (Rohm & Swaminathan, 2004). Dado o grande crescimento no mercado online, as empresas precisam de entender as razões particulares que levam os consumidores a escolher fazer as suas compras à distância. Esta necessidade é particularmente relevante para o mercado digital do retalho, o qual aumenta constantemente. Nele várias empresas competem entre si, desde pequenas até grandes multinacionais como a Worten (Rohm & Swaminathan, 2004). O aparecimento do SARS Covid-19 em dezembro de 2019 na China, ocorrendo os primeiros casos em março de 2020 em Portugal, levou a que o governo português pronunciasse o estado de sítio ou o de estado de emergência. Isto ocorreu pela primeira vez em democracia. Na sua essência esta lei, dá puderes ao governo de limitar temporariamente a liberdade dos cidadãos para um bem comum. Este estado, implicou o fecho de inúmeros estabelecimentos comerciais e a limitação da entrada de cidadãos em espaços que permaneceram abertos durante a sua vigência (Decreto de aprovação da Constituição - Diário da República n.o 86/1976, Série I de 1976-04-10, 1974). O fecho das lojas físicas provocou nas lojas online um crescimento de vendas de cerca de 200% (Cardoso, 2020), o que implicou alterações à forma como os retalhistas trabalham. Muitos tiveram de se reinventar. Apesar de algumas empresas já terem o canal de vendas online a funcionar em pleno e com um grande volume de vendas, tiveram de o reformular para suportarem o enorme aumento de vendas, o mesmo aconteceu com a área logística.O objetivo principal deste estudo é entender como esta pandemia foi impulsionadora de um salto tecnológico nos canais de venda de retalho. Segundo o website Geekwire (2020), 42% da população dos Estados Unidos da América compra os seus produtos alimentares online, quando em 2018 era apenas 22% (Mohsin, 2020). Neste estudo pretende-se perceber qual o impacto do Covid-19, mais concretamente o confinamento da população, no consumo produtos eletrónicos e eletrodomésticos em Portugal, com especial incidência na Worten, nos meses de março a maio de 2020. Para a recolha de dados, optou-se pela implementação de um inquérito seguindo uma abordagem segundo o paradigma positivista. Obtiveram-se 197 respostas válidas. A análise de dados foi efetuada no programa SPSS versão 26, e todos os resultados encontram-se em anexo nesta tese.