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- Enfermeiro de referência na promoção da qualidade de vida da criança portadora de hemofilia : perceção dos paisPublication . Navega, Goreti Batista Almeida; Silva, Ernestina BatocaEnquadramento: A Hemofilia e o seu tratamento influenciam a vida diária das crianças e família e têm um impacto na sua qualidade de vida. A hemofilia é uma doença de tendência hemorrágica, ligada ao cromossoma X, que afeta predominantemente os homens. O seu tratamento consiste na reposição do fator em falta, que se preconiza ser sob a forma de profilaxia, objetivando a prevenção de sequelas. O enfermeiro de referência está sempre presente na vida da criança portadora de Hemofilia, promovendo a sua autonomia e incrementando a qualidade de vida e é expectável que possua especialização em saúde infantil e pediátrica. A qualidade de vida percebida pelos pais fornece indicadores objetivando a melhoria dos cuidados. Objetivos: Refletir sobre o percurso formativo para aquisição de competências especializadas em enfermagem de saúde infantil e pediátrica; caracterizar a qualidade de vida da criança portadora de hemofilia, percebida pelos pais; conhecer a satisfação dos pais com o papel do enfermeiro de referência, na promoção da qualidade de vida da criança portadora de hemofilia. Metodologia: Realização de estágios de pediatria, neonatologia e saúde infantil e pediátrica. Em termos do estudo empírico trata-se de um estudo misto, envolvendo uma amostra de 27 pais de crianças dos 0 aos 18 anos, inscritos na APH. Como instrumento de recolha de dados, optou-se por um questionário ad hoc, constituído por respostas abertas e fechadas, com base na revisão da literatura e em questionários de avaliação da qualidade de vida das crianças e cuidadores, revisto por um conjunto de peritos. Resultados: Na aquisição de competências como enfermeira especialista em saúde infantil e pediátrica foi integrado a assistência à criança/jovem e a família, na maximização da sua saúde, passando pelo cuidado da díade em situações de especial complexidade e prestando cuidados específicos em resposta às necessidades do ciclo de vida e de desenvolvimento da criança e do jovem, responsabilidade ética e legal, melhoria continua da qualidade, gestão dos cuidados e responsabilidade pelas aprendizagens profissionais. A média de idades das crianças é 8,37(± 4,82) anos, tendo a maioria como cuidadores os pais. A maioria das crianças (85,2%) faz tratamento sob profilaxia, 22,2% crianças com inibidores, 51,9% teve uma ou mais hemorragias. Em 51,9% das crianças com articulações alvo, o tornozelo é a articulação mais afetada, apenas uma criança refere ter limitações. Metade das crianças (51,9%), segundo os relatos dos pais, não praticam desporto. Das 13 crianças com idade superior ou igual a nove anos, apenas uma autoadministra fator. A qualidade de vida da criança percebida pelos pais é boa, sendo a profilaxia o fator chave, conferindo qualidade de vida e permitindo à criança ter uma vida normal pela diminuição das intercorrências. Para alem da profilaxia, os pais consideram como fatores promotores da qualidade de vida, a criança ser normal e feliz, sem limitações. A maioria dos pais (70,4%) referem que estão muito satisfeitos com o papel do enfermeiro de referência, pela importância na relação de ajuda, nos ensinos e acompanhamento, promovendo a sua autonomia. Quanto à informação dada pelo enfermeiro de referência constatamos que 61% dos pais estão muito satisfeitos e 7,4% estão muito pouco satisfeitos quer com a satisfação da informação quer com acompanhamento, pela não presença do enfermeiro de referência, existindo um enfermeiro de apoio. Os pais identificam os sentimentos e sabem como atuar perante eventos hemorrágicos, recorrendo a mecanismos de coping. Conclusão: O referencial teórico que deu sustento ao desenvolvimento dos estágios foi a teoria de conforto Kolcaba e que está diretamente relacionado com a qualidade de vida relacionada com a saúde. A qualidade de vida das crianças percebida pelos pais é boa, sendo o fator chave a profilaxia. A valorização do papel de enfermeiro é elevada, ratificada pelo empoderamento e a literacia manifestada pelos pais e que se reflete na satisfação com os cuidados, a informação e o acompanhamento. Palavras-chave: qualidade de vida; pais; crianças; hemofilia A e B; perceção; enfermeiro de referência.
- Promoção do sono na criança hospitalizadaPublication . Barbosa, Ana Cláudia Carvalho; Costa, Maria Isabel Bica CarvalhoIntrodução: A qualidade do sono é essencial para o bem-estar da criança e influenciador na recuperação e funcionamento do organismo. A nível hospitalar, é reconhecido o impacto que o internamento tem na criança/adolescente e família e num conjunto de atividades de vida, nomeadamente no sono. Durante a hospitalização da criança, um elevado número de fatores que interrompem o sono surge de causas externas que são potencialmente modificáveis. E como tal, durante o percurso formativo, foi imperioso pesquisar medidas que sejam adotadas no sentido de minimizar este impacto. Objetivos: Descrever as atividades realizadas nos diversos contextos de estágio; refletir sobre as práticas com vista ao desenvolvimento de competências comuns e específicas de enfermeiro especialista em saúde infantil e pediátrica e mapear as intervenções não farmacológicas realizadas para a promoção do sono em crianças hospitalizadas com recurso a uma revisão scoping Metodologia: Os contextos de estágio e a aquisição de competências do EESIP são apresentadas sobre o método descritivo e reflexivo. Por outro lado, e no sentido de mapear os estudos existente sobre a promoção do sono da criança hospitalizada, foi realizada uma revisão scoping através do método proposto pela Joanna Briggs Institute, com pesquisa em bases de dados Pubmed, CINAHL e B-on e respeitando os critérios de inclusão e exclusão previamente definidos. A seleção dos estudos, a extração e síntese dos dados foram realizadas por dois revisores independentes. Resultados: O estudo revela que as intervenções não farmacológicas para a promoção do sono nas crianças hospitalizadas foram a massagem, a musicoterapia e o conto de histórias. A massagem aumentou número de minutos de sono nos adolescentes que a receberam. A aplicação de musica clássica aumentou a duração do sono diária e promoveu a indução do sono das crianças. A musicoterapia e o conto de histórias foram efetivos no tratamento de distúrbios do sono em crianças hospitalizadas. Nos cinco estudos incluídos na revisão ainda se apontaram os fatores que provocam distúrbios do sono, nomeadamente, o ruído, a luminosidade e prestação de cuidados pelos profissionais de saúde. Conclusão: A alteração que o sono apresenta é, portanto, uma problemática no contexto da criança hospitalizada e, este problema, exige a implementação de medidas que o minimizem. Os resultados revelaram que as intervenções não farmacológicas mostraram benefícios na minimização de distúrbios de sono aquando a hospitalização da criança. Estes resultados têm implicações clínicas prováveis, pelo que as instituições e os Enfermeiros Especialistas em Saúde Infantil e Pediátrica devem adotar medidas nas suas práticas e rotinas que promovam o sono e, consequentemente, o bem-estar e a recuperação destas crianças. Palavras-Chave: Criança, sono, estratégia não farmacológica, hospitalização.
- Perfil, nível de risco clínico e índice de gravidade de trauma, da pessoa vítima de acidente de viação admitida no serviço de urgênciaPublication . Trigo, Inês João Rodrigues; Ribeiro, Olivério Paiva; Coelho, MauroIntrodução: A prática especializada em Enfermagem Médico-Cirúrgica necessita que se desenvolvam competências comuns e específicas perante a pessoa em situação crítica a vivenciar processos complexos, nomeadamente dar resposta às suas necessidades afetadas, de forma a manter as funções básicas de vida, prevenir complicações e limitar incapacidades, visando sempre a sua recuperação total tão rápido quanto possível. Nesse contexto, os estágios realizados foram exemplo de uma prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade, baseados na melhor evidência disponível, o que serviu de mote para uma investigação sobre o perfil da pessoa vítima de trauma no serviço de urgência de um centro hospitalar da região centro de Portugal. Objetivo: Evidenciar as competências específicas adquiridas em Enfermagem Médico Cirúrgica na área da pessoa em situação crítica e avaliar o perfil da pessoa vítima de trauma no serviço de urgência de um centro hospitalar da região centro de Portugal. Métodos: Estudo quantitativo, de coorte retrospetivo, descritivo e correlacional, com recolha de dados clínicos para identificar o perfil de características diferenciadoras das pessoas vítimas de trauma no serviço de urgência de um centro hospitalar da região centro de Portugal. A recolha de dados abrange os episódios de urgência cuja etiologia seja o trauma, de janeiro a julho de 2020, através da informação a obter pelo Sistema de Informação Alert®, perfil administrativo e consulta dos episódios de urgência, após aplicação dos critérios de inclusão e de exclusão, suportada numa grelha elaborada para a recolha de dados. Resultados: Predomínio no género masculino (60,6%), com média de idade de 46,72 anos, maior prevalência de admissões no mês de fevereiro (22,9%), no turno da manhã (45,0%) e nas sextas-feiras (19,1%), maior atribuição na prioridade urgente (56,6%), fluxograma prevalecente foi o grande traumatismo (72,8%), com um discriminador mais presente de dor moderada (45,3%), como principal diagnóstico o acidente de viação (n=152; 41,0%), com automóvel (67,9%). O nível de risco clínico mais prevalente foi o risco moderado, em 94,7%, com distribuição também mais elevada para ambos os géneros. Conclusão: A partir da análise crítica dos dados obtidos, pretende-se dotar uma abordagem de enfermagem especializada e sistematizada, com consequente sobrevida da pessoa vítima de trauma e com o intuito de otimizar os cuidados de enfermagem prestados. Palavras-chave: Trauma; Acidente de viação; Risco clínico; Índice de gravidade de trauma; Serviço de Urgência.