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- Validação sistemática do desempenho em campo da estação portátil de monitorização da qualidade do ar “SmartAirSense – MONITARSENSE”Publication . Remelgado, Ana Catarina Mouro; Pinho, Paulo Gabriel Fernandes deA qualidade do ar é uma área de bastante importância no mundo atual, devido ao facto de esta ter vindo ao longo de alguns anos a ser afetada pela emissão de poluentes atmosféricos maioritariamente a partir de fontes antropogénicas, mas também a partir de fontes naturais. Assim sendo, urge a consciencialização de que é fundamental existir uma monitorização, avaliação, gestão e controlo mais eficiente e rigoroso principalmente em centros urbanos poluídos. O referido anteriormente é deveras importante, não só pela manutenção do equilíbrio dos ecossistemas do planeta, mas também a nível da microescala, pelo facto da exposição do ser humano, tanto de curta como de longa duração, a determinados níveis de concentrações de determinados poluentes atmosféricos pode acarretar problemas à saúde com vários graus de gravidade, podendo ainda diminuir o tempo de duração de vida. Neste sentido, a monitorização da qualidade do ar é realizada através de uma rede de Estações de Monitorização da Qualidade do Ar (EMQA), que utilizam para as suas medições os métodos de referência ou métodos equivalentes, sendo estas denominadas de medições fixas. No entanto, estes métodos cobrem uma limitada área, onde as EMQA situam-se em maior quantidade nas grandes cidades, deixando outras grandes áreas sem este tipo de monitorização. Aumentar a quantidade das EMQA de modo a aumentar a área de influência seria demasiado dispendioso e impraticável. Por isso, uma alternativa é a possibilidade de utilizar redes de monitorização complementar utilizando equipamentos constituídos por sensores de baixo custo, que constituem métodos de medições indicativas. Neste trabalho é avaliado o desempenho em campo de uma estação portátil de monitorização da qualidade do ar constituída por sensores de baixo custo, a “SmartAirSense – MONITARSENSE”, com o objetivo futuro de validar a estação como um método de medição indicativa. Para avaliação do desempenho da estação em estudo foram realizados ensaios de intercomparação com EMQA que utilizam métodos de referência, em vários locais distintos (no IPV e em Lisboa). Procederam-se a comparação dos resultados e o cálculo de estimativas de incertezas para posterior comparação com os Objetivos de Qualidade dos Dados definidos na legislação em vigor, para medições indicativas. Relativamente aos resultados obtidos nos ensaios realizados para o O3, de forma geral obtiveram-se valores de coeficientes de correlação elevados, entre as estações SmartAirSense e as estações de referência. Em relação ao NO2, na a estação do IPV, obtiveram-se valores de correlações quase nulos ou residuais, já nas estações presentes em Lisboa os valores das correlações do NO2 foram elevados. Em relação às PM10 para a estação do IPV apenas se obteve um valor elevado de correlação na alternativa onde se excluiu os dados referentes a episódios com influência de poeiras e partículas provenientes do Norte de África e nas estações presentes em Lisboa obtiveram-se valores de correlação relativamente elevados. Relativamente as estimativas de incerteza de medição verificou-se que para a estação do IPV apenas se obteve valores de incerteza abaixo dos objetivos de qualidade dos dados (O3 = 30%; NO2 = 25%; PM10 = 50%) nas PM10 considerando a alternativa do conjunto de dados excluindo os dados referentes a episódios com influência de poeiras e partículas provenientes do Norte de África (13,9%) e no O3 (12,7%; 15,2%; 20,7%). Por outro lado, nas estações presentes em Lisboa, excetuando o resultado da estimativa de incerteza do NO2 da estação de Benfica (34,2%) que ficou um pouco acima do objetivo de qualidade dos dados, todos os outros resultados de estimativa de incerteza, tanto do O3 (26,9%; 21,9%), do NO2 (13,1%; 10,3%; 19,2%) e das PM10 (21,0%; 27,7%; 21,5%; 22,7%), cumpriram os objetivos de qualidade dos dados.
- Azulejaria Urbana - Inventariação e Catalogação do Azulejo de Fachada em LamegoPublication . Rodrigues Paulo, Vítor Manuel; Marques dos Santos, PaulaA presente dissertação apresenta-se como um projeto colaborativo e dedica-se ao estudo da azulejaria de fachada estabelecendo como barreiras cronológicas o século XIX e inícios do século XX. Como barreiras geográficas compreende a azulejaria presente na freguesia de Lamego (Almacave e Sé), abrangendo todo o revestimento cerâmico presente em dez ruas da freguesia acima referida. Servindo de pilar de sustentação ao presente trabalho, decorreu um amplo processo de inventariação, onde foram recolhidos todos os dados e feito um registo fotográfico do azulejo de fachada desta freguesia, para que se efetuassem fichas de catálogo, que servem como produto final à instituição acolhedora, e de base para o desenvolvimento da componente correlativa com o enquadramento teórico. Baseado numa ideia de “missão cultural” tem como objetivos alertar para o problema da preservação e promover a (re)valorização deste património, com foco para as fachadas urbanas do seculo XX. No projeto destaca-se a necessidade de dar visibilidade ao azulejo como marca da evolução artística patrimonial e cultural da cidade, alcançando assim um nível de popularidade e renovação, em que, se justifica a sua preservação e proteção. Procurar-se-á determinar se, este tipo de património está inventariado e se é uma realidade em risco e se carece de proteção por parte dos proprietários das autoridades municipais, contra as principais ameaças que enfrenta, nomeadamente o furto, a degradação intencional, motivada por vandalismo, ou por intervenções no edificado que não foram previamente acauteladas. Com o que se foi verificando “In Situ” apurou-se que este património, se encontra em risco, apesar de lhe ser reconhecida a dimensão e a diversidade local deste património azulejar, e que o legislador acautelou para evitar a destruição patrimonial, dotando os municípios de meios de intervenção no quadro das suas competências em sede de licenciamento de operações urbanísticas. Aconselha-se ainda, todos os agentes interventivos neste tipo de património, a procurarem soluções e aconselhamento, ao nível de técnicos e técnicas de conservação e restauro, nomeadamente junto das próprias autarquias, ou na n a Direção Regional da Cultura do Norte (DRCN) ou até procurando apoio no museu nacional do azulejo, (MNa) e no projeto “SOS Azulejo” entre outros.