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- Reabilitação energética da residência de estudantes do campus do Instituto Politécnico de ViseuPublication . Albuquerque, Bruno Milaré; Almeida, Ricardo Manuel dos Santos Ferreira de; Siliprandi, Elizângela MarceloEdifícios durante sua vida útil consomem, em média, 40% dos recursos energéticos mundiais, e são responsáveis pela emissão na atmosfera de 38% do gás CO2. Esses números contribuem para problemas relacionados com a utilização desenfreada de recursos naturais e pelo aumento da temperatura média do planeta. O aquecimento de ambientes internos contribui com a maior parcela do consumo de energia em edifícios. O consumo final para essa atividade é próximo dos 60% da energia utilizada, e isso é agravado com a utilização de combustíveis fósseis. Dessa forma, a transição para uma economia mundial mais sustentável passa por políticas de melhoria no setor dos edifícios. Assim sendo, o presente trabalho consiste na aplicação do conceito de edifícios com balanço energético nulo na residência dos estudantes do Instituto Politécnico de Viseu, visando obter uma produção de energia suficiente para cobrir o gasto energético do sistema de aquecimento e arrefecimento do edifício. Com a utilização de tecnologia verde para a geração de energia, foi simulado no edifício de estudo, cenários envolvendo diferentes quantidades de painéis fotovoltaicos associados a sistemas de armazenamento de energia com diferentes capacidades, na tentativa de igualar o consumo energético do sistema com a geração de eletricidade. Inicialmente, verificou-se que o edifício possuía longos períodos de desconforto térmico durante as estações do ano, em relação a temperatura interna dos ambientes, sendo justificado um sistema para aquecimento e arrefecimento dos cômodos. Com a utilização dos softwares DesignBuilder e o EnergyPlus, foram feitas as simulações de geração de energia no edifício. Alternando entre as quantidades de painéis fotovoltaicos de 100%, 75%, 50% e 25% da ocupação da cobertura, verificou-se que as duas primeiras configurações tiveram balanços energéticos positivos e as configurações de 50% e 25% necessitaram importar energia a rede para suprir o consumo energético de aquecimento e arrefecimento do edifício. Juntamente com cada um dos cenários de geração de energia, as simulações contaram com a utilização de baterias com capacidades de 150 kWh, 680 kWh e 2040 kWh. Foi constatado que o sistema de armazenamento de energia diminui as quantidades de energia comprada da rede em horários de cheia, período onde o tarifário dos quilowatts hora é mais caro. Para a escolha a ser implantada no edifício de estudo da melhor combinação de painéis fotovoltaicos associados a uma das capacidades de baterias, foi aplicado a metodologia do Custo do Ciclo de Vida (Life Cycle Cost, LCC). Com isso, constatou-se que a configuração com 75% da cobertura ocupada por painéis fotovoltaicos juntamente com a bateria de três capacidade de 150 kWh foi a alternativa mais econômica, e teve no vigésimo primeiro ano o retorno monetário do investimento.