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- Produção e Caracterização de Compósitos de Matriz Polimérica Reforçados com Fibras NaturaisPublication . Carvalho, Adalgisa Conceição Andrade de; Romão, Cristina Maria Nogueira; Oliveira, Serafim Paulo Melo deCom a crescente preocupação ambiental, a indústria dos materiais compósitos tem vindo a substituir as tradicionais fibras de vidro por fibras naturais de origem vegetal, pois estas podem ser encontradas com abundância na natureza, são biodegradáveis, amigas do ambiente, não são tóxicas e são de baixo custo. Apresentam ainda boas propriedades mecânicas, boas propriedades de isolamento térmico e acústico e baixo peso. Apesar das vantagens supramencionadas, as fibras vegetais também apresentam algumas limitações, como por exemplo: baixa resistência à temperatura e fraca adesão com as matrizes poliméricas sintéticas, principalmente com as termoplásticas, por serem hidrofílicas. A adesão entre as duas fases tem vindo a ser melhorada submetendo as fibras vegetais a tratamentos físicos e/ou químicos. No presente trabalho produziram-se e caracterizaram-se compósitos laminados de matriz de epóxido reforçada com fibras da casca de eucalipto. A casca de eucalipto é considerada como um subproduto de baixo valor económico, ou seja, um resíduo. Este facto e o de não serem encontrados trabalhos de investigação com fibras extraídas da casca de eucalipto, nomeadamente como reforço de compósitos, constituíram a principal motivação para a seleção deste material para o desenvolvimento deste trabalho. Utilizou-se a casca de eucalipto da espécie E. globulus, que é a espécie predominante em Portugal. A resina utilizada é a Surf Clear EVO, uma resina considerada de última geração, desenvolvida com recurso a novas formulações mais ecológicas, ou seja, um material mais amigo do ambiente, pois contém na sua composição 40 % de “Carbono Verde”, proveniente de biomassa. De acordo com a sua ficha técnica é compatível com fibras naturais. Foram produzidas e utilizadas fibras de pequenas dimensões, 40 mm, distribuídas de forma aleatória numa “espécie de manta”. Os compósitos laminados foram produzidos por moldação manual seguido de compressão em molde fechado. Foram também fabricadas placas reforçadas com fibras de sisal, de linho e de vidro, de forma a ter um resultado comparativo. As fibras da casca de eucalipto foram primeiramente extraídas, utilizando o método de maceração, ou seja, as cascas de eucalipto foram deixadas na água à uma temperatura ambiente durante uma semana, em seguida, foram higienizadas com água de forma a eliminar impurezas superficiais. Com as cascas higienizadas, as mesmas foram “batidas” com um martelo, para facilitar o processo da extração das fibras, em seguida as fibras extraídas foram secas de forma natural. Um lote de fibras foi submetido ao tratamento de mercerização numa solução aquosa de hidróxido de sódio com concentração de 30%. As fibras da casca de eucalipto maceradas foram caracterizadas fisicamente, tendo-se determinado as suas dimensões e a densidade, concluindose que possuem uma densidade inferior à da maioria das fibras vegetais. Todos os compósitos produzidos foram estudados microscopicamente e sujeitos a ensaios de tração, constatando que, de entre todos, os compósitos reforçados com fibras da casca de eucalipto, macerada e mercerizada, são os que apresentam menor resistência à tração, 30 e 27 MPa respetivamente, sendo inferior à resistência à tração da matriz sem reforço. Por outro lado, o valor do módulo de elasticidade dos compósitos reforçados com essas fibras é superior ao valor encontrado para a resina individualmente. Em termos de aderência não se observou arrancamento das fibras extraídas da casca de eucalipto. Os compósitos reforçados com fibra de vidro são os que apresentam uma resistência à tração mais elevada, 94 MPa, apesar de não apresentarem um valor de módulo de elasticidade superior aos compósitos reforçados com fibras naturais (linho e sisal). O compósito reforçado com fibra de sisal apresenta um módulo de elasticidade dentro do indicado na bibliografia, 5,7 GPa.
- BIM-FM Methodology Applied to a University BuildingPublication . Pinto, Manuel; Oliveira, António; Sanches, SérgioUm dos grandes desafios da construção civil é melhorar a comunicação entre os intervenientes envolvidos no ciclo de vida da edificação. Para isto, aposta-se na utilização da tecnologia BIM (Building Information Modeling), pois permite aos intervenientes gerirem todas as informações, desde as fases de projeto até a fase de operação e manutenção da edificação. O modelo BIM ao ser utilizado na fase de manutenção, com as informações devidamente preenchidas, facilitará a tomada de decisões nas diversas ações do ciclo de manutenção A fim de melhorar o processo durante a fase de operação e manutenção, objetiva-se com este artigo aplicar a metodologia BIM-FM à gestão das instalações e envolvente exterior de um edifício da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) - Campus Ecoville. Para tal finalidade, procedeu-se à modelação do edifício existente, assim como o aprofundamento no nível de informação e detalhamento. A partir desta fase, constituiu-se uma grande quantidade de informação que veio a ser tratada através de folhas de cálculo COBie, pertinentes, nomeadamente, para a identificação dos elementos da edificação. Recorreu-se também à criação de parâmetros partilhados que auxiliaram na criação de Fichas de Manutenção, utilizadas para apoiar a manutenção da envolvente exterior da edificação. Estas contêm informações, nomeadamente, sobre os dados construtivos, patologias, ciclo de inspeções, limpeza, manutenção e substituição dos elementos.